Toda mãe quer sempre o melhor para seu filho, e quando o assunto é a alimentação do recém-nascido, nada pode ser melhor do que o leite materno! Por isso, toda mãe bem informada quer dar o peito. E para além das questões nutricionais, o ato de amamentar promove uma conexão única entre mãe e bebê.
Mas nem sempre o aleitamento transcorre com tranquilidade, sobretudo quando se é mãe de primeira viagem. Com boas informações a respeito do organismo da mãe e da criança, e algumas dicas de como amamentar, esse ato tão natural trará só prazer e saúde para toda a família.Veja como amamentar da forma correta:
Sobram razões para escolher o leite materno
Estudos científicos já comprovaram uma série de benefícios que a amamentação traz para a mulher e seu filho. Para a mãe, há vantagens imediatas, como a redução do sangramento no pós-parto e o alto consumo de calorias, o que a ajuda a voltar mais rapidamente ao seu peso anterior. Até no longo prazo as mulheres que amamentaram ganham em termos de saúde: elas têm menos risco de sofrer com diabetes, câncer de mama, útero e ovário.
Para o recém-nascido, receber o leite materno faz com que ele tenha um ganho de peso mais adequado do que os bebês que recebem fórmula, além de diminuir a probabilidade de ele ter anemia. Os anticorpos que a mãe passa ao filho através do leite também protegem contra infecções respiratórias e gastrointestinais. O alimento de alta qualidade, aliado ao contato e o carinho do colo da mãe, ainda promovem um melhor desenvolvimento neuropsicomotor. Com o passar dos anos, quem foi amamentado ao peito têm menos riscos de ter diabetes e de se tornar obeso.
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Como amamentar
Para começar, escolha um lugar confortável, com bom apoio para as costas e braços (use uma banqueta também para os pés). É preciso levar o bebê até o peito (e não o peito até o bebê). Como ele tem que ficar bem alto, muitas mães se sentem melhores com uma almofada embaixo dos braços. O bebê deve ser posicionado de frente para o peito para não precisar torcer o pescoço.
O recém-nascido tem de abrir bem a boca, para abocanhar todo a auréola. Se ele pegar só o bico, não vai conseguir tirar o leite e ainda pode causar rachaduras e sangramento no seio. Se ele pegar só a ponta, a mãe deve retirar sua boca, introduzindo o dedo mínimo no cantinho do lábio para não machucar, e tentar novamente a pega correta. Mulheres com bico invertido podem ter dificuldades extra na pega, mas todas são biologicamente capazes de dar o peito e produzir leite.
Duas medidas podem ajudar na pega correta: molhar o bico e a auréola com algumas gotas do leite antes de oferecer o peito (assim, por reflexo, o bebê abre um bocão) e puxar com delicadeza o queixo do bebê para baixo na hora em que ele for abocanhar. O ideal é que o bebê fique com a “boca de peixinho” ao mamar, com o lábio inferior “enrolado” para fora.
Amamentação na maternidade
Quanto antes o processo de amamentação começar, melhor. Os médicos indicam que a criança seja colocada ao peito da mãe logo que nasce, ainda na sala de parto — exceto, é claro, se mãe ou bebê não estiverem em condições físicas em decorrência de alguma complicação. Isso não significa que ele vai sair mamando imediatamente: embora os bebês nasçam com o instinto da sucção, nem sempre eles conseguem fazer a pega correta das primeiras vezes. Mãe e filho precisam de um tempo para se adaptar a aprender a melhor forma para a amamentação. As enfermeiras costumam ser uma boa fonte de orientações práticas.
Nesse primeiro momento, a mãe nem terá o leite propriamente dito: o que vem nos primeiros dias é o chamado colostro, um líquido quase transparente, em pouca quantidade, que não vai “encher a barriga” do bebê, mas é rico em anticorpos. O colostro também prepara o aparelho digestivo do pequeno para digerir melhor o leite.
Só tomando o colostro, é perfeitamente normal que o bebê acabe perdendo peso nos primeiros dias de vida. Mas mantenha a calma e não ofereça fórmula! A mãe deve, sim, continuar oferecendo o peito, pois é o estímulo da sucção do bebê que faz com o que o leite desça.
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Em casa, tudo muda de repente
O leite demora em média dois dias e meio para descer. Em geral, é quando a mulher está voltando para casa com seu bebê. Assim, muitas vezes, uma amamentação que parecia transcorrer sem problemas na maternidade começa a se complicar. Isso porque o leite pode vir repentinamente em grande quantidade e o recém-nascido não conseguir mamar tudo o que está sendo produzido. A dica nesses casos é tirar o excesso de leite após o bebê terminar de mamar. Isso evita o ingurgitamento, popularmente chamado de leite empedrado.
Para outras mulheres, o leite pode parecer vir em pouca quantidade. O melhor para aumentar a produção é tomar muita água — é preciso estar bem hidratada para produzir leite — e descansar o máximo possível. Também é bom deixar o bebê mamar em livre demanda, ou seja, sempre que ele quiser, porque quanto mais sucção, maior produção.
Se o bebê parecer dormir logo que pega o peito, é preciso estimulá-lo para que se mantenha acordado. Como o colo da mãe o aquece — e isso provoca sonolência —, tirar um pouco de suas roupas é uma boa ideia, pois faz com que ele desperte.
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Amamentar com amor e sem dor
O período de adaptação pode mesmo ser difícil e algumas rachaduras acabam sendo inevitáveis para grande parte das mulheres. A recomendação médica nesses casos é usar pomadas a base de lanolina (peça indicação ao seu médico) e nunca parar de dar o peito. Em pouco tempo, mãe e bebê aprendem como fazer a pega corretamente e a dor passa.
Aos poucos, o corpo da mulher também vai ajustando a quantidade de leite produzida às necessidades do bebê, reduzindo possíveis dores provocadas pelo excesso de produção e empedramento.
Amamentar vai ser um hábito frequente em sua vida por, no mínimo, seis meses. Então, lembre-se de manter sempre uma boa postura para não acabar com dores nas costas e nos ombros. Sabendo direitinho como amamentar, logo esse ato será só prazer para mãe e filho. E, vale a pena repetir sempre: não existe leite fraco! Seu leite tem tudo que seu recém-nascido precisa, de nutrientes a amor.
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Categorias: Gravidez
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