O saco gestacional é a primeira estrutura visível no ultrassom de confirmação da gravidez. Antes mesmo de poder ver o bebê em formação ou escutar o seu coraçãozinho, já é possível visualizar essa membrana. Ela surge da divisão celular que ocorre logo após a fecundação do óvulo, sendo a primeira proteção para o desenvolvimento do feto. É a partir dela que será formada a bolsa amniótica, a placenta e as demais estruturas necessárias para proteger e nutrir o bebê até o momento do seu nascimento.
Essa estrutura primária é ainda um indicador importante sobre a viabilidade da gestação, fornecendo parâmetros importantes para o diagnóstico de possíveis intercorrências que indiquem o risco de um aborto espontâneo.
Neste artigo vamos explicar quando o saco gestacional se forma, qual a sua função, como ele ajuda a avaliar se uma gravidez é saudável, quais problemas podem ocorrer com ele e como é possível tratá-los.
Acompanhe cada estágio da sua gravidez com o aplicativo Semanas de Gestação. Clique no banner abaixo e acesse gratuitamente!
Boa leitura!
Quando se forma o saco gestacional?
Logo após a fecundação há a formação do blastocisto, um conjunto de células que vai se dividir em duas partes, uma que formará o embrião e outra o saco gestacional e as demais estruturas necessárias para o crescimento do bebê durante as 40 semanas de gestação. O saco gestacional aparece entre a quarta e quinta semanas de gravidez, mais ou menos quando o beta HCG — hormônio da gravidez — atinge os níveis de 3 mUI no sangue. No entanto, ele é visível apenas a partir da 6ª semana de gestação.
Ao se fazer o ultrassom transvaginal nessa fase da gravidez, será possível visualizar o saco gestacional e dentro dele a vesícula vitelínica, uma estrutura temporária responsável por nutrir, levar oxigênio e sangue ao embrião até que a placenta seja completamente formada e esteja madura para assumir essa função.
Até essa fase o embrião é microscópico e apenas poderá ser visualizado a partir da 5ª semana, mas muitas vezes pode aparecer apenas na 7ª semana. Por isso, os obstetras preferem aguardar até a 8ª semana para solicitar o primeiro ultrassom de avaliação da gravidez, para ter um prognóstico mais seguro sobre o desenvolvimento da gestação. O saco gestacional dará suporte ao desenvolvimento do bebê ao longo de todo o primeiro trimestre ou 12ª semana de gravidez.
Dica: Veja 10 sintomas na gravidez que você nunca deve desconsiderar
O que se avalia no saco gestacional no primeiro ultrassom?
O saco gestacional fornece informações importantes sobre o andamento de uma fase muito delicada da gestação: a implantação e início do desenvolvimento fetal. Na primeira ultrassonografia o médico vai avaliar cinco aspectos do saco gestacional: implantação; tamanho; contorno; forma e conteúdo.
Implantação
É avaliado se o saco gestacional está implantado corretamente dentro do útero, se há uma baixa implantação ou gravidez ectópica, que ocorre nas trompas uterinas geralmente, e raramente, nos ovários.
Tamanho
O saco gestacional cresce na medida em que a gravidez avança, acompanhando o desenvolvimento do feto. Quando ele é menor do que a idade gestacional, há um risco maior de aborto espontâneo. É importante dizer que o tamanho do saco gestacional deve ser avaliado em conjunto com outras informações, pois, um saco menor do que o previsto pode indicar apenas uma ovulação tardia, ou seja, que o óvulo foi liberado e fecundado após o período esperado dentro do ciclo menstrual.
Contorno e forma
Saco gestacional com contorno e forma regulares é sinal de uma gestação promissora, com risco de aborto de menos de 2%.
Conteúdo
No primeiro ultrassom também é avaliado o conteúdo do saco gestacional. Além do líquido amniótico e da vesícula vitelínica, a partir da 7ª semana deve ser possível ver o embrião e ouvir seus batimentos cardíacos. Quando não é possível visualizar o embrião nessa fase, significa que ele não se desenvolveu e a gravidez é inviável. Esses casos são conhecidos como saco gestacional anembrionado ou gravidez anembrionária.
Confira no banner abaixo as recomendações e dicas que podem oferecer no futuro mais segurança e conforto na saúde do seu filho.
Quais problemas podem ocorrer com o saco gestacional?
Além dos problemas de formação do saco gestacional, como forma e contorno irregulares e assimétricos, baixa implantação no útero — que geralmente inviabilizam a gestação — ou a ausência de embrião, há o descolamento do saco gestacional.
Essa condição acontece em sacos gestacionais saudáveis e bem formados, mas que sofrem um hematoma — há um acúmulo de sangue entre o saco gestacional e a parede do útero, podendo levar a um aborto espontâneo. As principais causas para o descolamento do saco gestacional são as quedas nos níveis hormonais e impactos na gestante.
O descolamento de saco gestacional é uma condição grave, que precisa de acompanhamento médico. Quando o descolamento não é maior que 50% é possível reverter o quadro com repouso e uso de medicação prescrita pelo obstetra. Para casos mais graves, a gestante pode ser internada para ser acompanhada de perto pelo obstetra.
Após aproximadamente 15 dias de medicação e repouso absoluto — nesse período a mulher não deve carregar peso, ter relações sexuais ou fazer esforços que possam piorar o quadro clínico — é preciso repetir o ultrassom para conferir se o hematoma está curado. Após a correção do problema, boa parte das gestantes leva a gravidez até o final sem outras intercorrências.
Sinais de descolamento de saco gestacional
Há dois sinais característicos do problema: cólicas abdominais suaves ou intensas e sangramento marrom ou vermelho vivo. Se apresentar esses sintomas, você deve ir imediatamente à maternidade ou serviço de pronto-atendimento. Quanto antes o problema for diagnosticado, melhores as chances de evitar um aborto.
É bom ressaltar que o diagnóstico de descolamento é feito apenas com o exame de ultrassonografia, que permite avaliar as causas do sangramento.
Dica: Descolamento prematuro de placenta: saiba mais sobre o assunto
Descolamento de saco gestacional é a mesma coisa que descolamento de placenta?
Essa é uma dúvida comum, mas esses são problemas diferentes. Até a 10ª semana de gestação a placenta ainda não está formada. O descolamento ocorre no início da gravidez e é contornável na maioria dos casos. Já o descolamento de placenta acontece, em geral, mais para o fim da gestação, sendo mais grave e trazendo maiores riscos de morte do bebê e perda do útero.
Alguns fatores que contribuem para o descolamento de placenta são: pressão alta, uso de álcool e drogas, idade da mulher e traumas. O tratamento é similar em ambas as situações: medicação e repouso absoluto, podendo ser domiciliar para os casos mais simples e hospitalar para os de maior perigo de parto prematuro.
Os riscos de problemas com o saco gestacional são maiores no primeiro trimestre de gravidez, que é uma fase mais sensível para o desenvolvimento do embrião. Iniciar o pré-natal logo que descobrir a gravidez é a melhor forma de evitar complicações, sendo essa uma medida essencial para acompanhar de perto a saúde da mamãe e do bebê.
Clique no banner abaixo e conheça nossos planos de armazenamento!
Esperamos que nosso artigo tenha tirado suas dúvidas sobre o saco gestacional. Confira todas as nossas dicas e saiba mais sobre congelamento de células-tronco com a CordVida!
Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez
Caro Leitor,
A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.