Células-Tronco

Esclerose múltipla e o tratamento com células-tronco

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune grave, isto é, onde o sistema imunológico ataca o próprio sistema nervoso. Com isso, o paciente que sofre desta enfermidade é acometido por severas lesões cerebrais e medulares, provocando problemas sensitivos e motores.

Quer saber um pouco mais sobre os sintomas da esclerose múltipla e o seu tratamento com células-tronco? Acompanhe o nosso texto e se mantenha informado!

O que é a esclerose múltipla?

Afetando especialmente pessoas jovens entre os 20 e 30 anos de idade, a esclerose múltipla é uma doença agressiva e degenerativa que, na maioria dos casos, diminui drasticamente a qualidade de vida do paciente. 

 O sistema nervoso é agredido pelo próprio sistema imunológico, alterando o funcionamento e a estrutura das células nervosas. As causas da doença ainda não são completamente conhecidas. 

Até o momento é sabido que pessoas expostas a determinados vírus (como o retrovírus ou o herpesvírus) nos anos iniciais de vida possuem maiores chances de desenvolver a doença. Acredita-se que esses vírus, de alguma forma, acionam o sistema imunológico do paciente fazendo com que passe a atacar os tecidos do próprio corpo.

Além disso, possuir casos de esclerose múltipla na família parece aumentar a chance do surgimento da doença, assim como de desenvolver outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, hipo e hipertireoidismo, anemia perniciosa e psoríase.

Níveis baixos de vitamina D também parecem ser um indicativo da doença, o que explica o fato dela acometer com mais frequência pessoas de pele branca que moram em lugares temperados. Ainda não se sabe o motivo, mas pessoas do sexo feminino têm uma maior predisposição à esclerose múltipla.

De acordo com os dados divulgados pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MS International Federation) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40.000 pessoas sofrem da doença no Brasil. Nos EUA, cerca de 914 mil pessoas. Mundialmente, esse número passa de 2 milhões.

Irreversível e capaz de afetar várias áreas do corpo, com o passar dos anos a doença piora consideravelmente. Seu diagnóstico é clínico e exige uma equipe médica preparada, capaz de obter as informações históricas relevantes e solicitar os exames adequados.

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

Os sintomas da esclerose múltipla variam conforme as condições clínicas da  pessoa e do estágio em que se encontra. Geralmente, há períodos em que o paciente com esclerose passará por uma remissão da doença e, portanto, seu quadro ficará estável.

Entretanto, as recaídas (também chamadas de surtos) costumam ser debilitantes e a doença tende a se agravar lentamente ao longo dos anos. Entre os principais sintomas da esclerose múltipla – que são muito variáveis de indivíduo para indivíduo e não surgem todos ao mesmo tempo – destacam-se os seguintes:

  • Problemas de visão, como visão turva, duplicada ou borrada e eventual perda de visão;
  • Cansaço em excesso;
  • Dificuldade para executar as tarefas cotidianas;
  • Perda da força muscular;
  • Movimentos oculares involuntários;
  • Dormência ou formigamento das extremidades do corpo;
  • Incontinência fecal ou urinária;
  • Fraqueza;
  • Espasmo, rigidez ou paralisia muscular;
  • Equilíbrio comprometido;
  • Tontura e náusea;
  • Quadros de depressão, ansiedade, irritação e, eventualmente, variação de humor;
  • Fala anasalada ou lenta;
  • Dificuldade para engolir ou falar;
  • Movimentos trêmulos, irregulares ou ineficazes;
  • Dificuldade de concentração;
  • Lapsos de memória;
  • Disfunção erétil nos homens;
  • Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres;
  • Excesso de calor;
  • Demência (nos casos avançados da doença).

É bom ter em mente que na sua fase inicial a esclerose múltipla apresenta sintomas  leves e transitórios, que duram em geral menos de uma semana. Por  conta disso, a maioria dos pacientes ignora os primeiros sinais e sintomas da doença, atrasando o diagnóstico e o tratamento precoces.

Os primeiros sintomas que surgem afetam a visão e o controle da urina desaparecendo em poucos dias (mas sempre voltam!). Com o desenvolvimento da doença, os sintomas motores e cerebelares – como fraqueza e diplopia (visão dupla) – ficam mais evidentes. 

Qual o tratamento para esclerose múltipla?

Até pouco tempo o tratamento mais comum para esclerose múltipla consistia exclusivamente no uso de corticosteróides, imunossupressores e imunomoduladores. O uso do corticosteroide tem como objetivo abreviar a fase aguda da doença. As últimas duas medicações buscam aumentar o intervalo entre as crises.

Há também alguns medicamentos que são utilizados com o intuito de amenizar os sintomas, como os relaxantes musculares para os espasmos, o propranolol para tratar os tremores, a amantadina para a fadiga e antidepressivos para os casos de alterações de humor e ansiedade.

Hoje em dia, com o avanço da ciência, as células-tronco ganharam um papel notável no tratamento da esclerose múltipla em seu estado avançado. Uma pesquisa científica realizada por pesquisadores dos Estados Unidos, Suécia, Inglaterra e Brasil mostrou que o transplante com células-tronco é mais eficaz no combate à doença do que a medicação utilizada recorrentemente.

Nesta pesquisa, participaram 110 pacientes com esclerose múltipla grave. Enquanto 55 pacientes receberam o tratamento medicamentoso convencional, os outros 55 receberam o transplante de células-tronco da medula óssea. No grupo tratado com a medicação, 33 pacientes (60%) tiveram a doença reativada. Já no grupo dos transplantados o número foi muito baixo, de apenas 3 pacientes (6%). Promissor, não?

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Coleta e armazenamento de células-tronco do cordão umbilical

Por conta da sua capacidade de multiplicação e diferenciação, as células-tronco vem ganhando cada vez mais espaço no tratamento de doenças até então sem possibilidade terapêutica. Seu super poder consiste na reparação dos tecidos danificados.

É através da coleta e do armazenamento das células-tronco existentes no tecido do cordão umbilical (células-tronco mesenquimais) que se afirma a possibilidade de tratar inúmeras condições patológicas através da medicina regenerativa. 

E é aqui que o trabalho da Cordvida toma forma: garantimos que a coleta e o armazenamento dessas células seja realizado com toda a segurança, conforto, e a qualidade que você, o seu bebê e toda a sua família merecem!

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    Dra. Edna Harumi Goto

    Dra. Edna Harumi Goto

    (CRM 124.926/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
    Especialização – Residência médica em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
    Especialização – Residência médica em Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
    Práticas em Aférese Terapêutica pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
    Título de Especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
    Últimas posições: Médica Hematologista/Hemoterapeuta, responsável pelo Centro de Processamento Celular da UHHS – Hospital Samaritano

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