Criança

14 alimentos que a criança não deve comer até os 2 anos

A introdução alimentar do bebê, que passou os primeiros seis meses de vida se alimentando apenas de leite materno, é um período que pode trazer muita insegurança para os pais. Se no início a criança experimenta frutas e legumes em forma de papinha, com o passar dos meses suas refeições começam a se parecer cada vez mais com a refeição da família, composta por cereais, carnes, hortaliças e tudo que seus pais costumam comer.

Mas existem alguns alimentos considerados proibidos para crianças menores de dois anos, que não podem entrar no prato dos filhos mesmo que sejam rotina na dieta dos pais. Se você também tem dúvidas sobre o que pode e não pode em relação à comida de criança. Confira:

Chocolate

Apesar de ser delicioso, o chocolate não deve fazer parte da alimentação das crianças antes dos dois anos. Além de ser rico em gordura, cafeína e açúcar, ele também contém leite em sua composição, que pode causar intoxicação no bebê se ele apresentar alergia ou intolerância à lactose.

Evite oferecer chocolate antes do segundo aniversário da criança, e, depois disso, ofereça com moderação e esporadicamente.

Café

Muitas crianças têm curiosidade em provar a bebida dos adultos, mas café é uma bebida rica em cafeína, e não deve ser oferecido para crianças pequenas — alguns estudos recomendam que ele só seja consumido após os quatro anos de idade.

Bolachas recheadas

Apesar de ser um lanchinho prático, as bolachas recheadas têm uma composição nutricional pobre, composta por altas quantidades de gordura, sódio, açúcar, corantes e até mesmo ingredientes transgênicos, e não devem fazer parte da alimentação das crianças pelo menos até os dois anos. Se quiser oferecer bolachas, escolha as feitas em casa, com ingredientes como aveia, açúcar mascavo e farinha de trigo integral.

Refrigerante

Refrigerante não deveria fazer parte da alimentação de ninguém, mas para crianças é um item que deveria ser terminantemente proibido. As versões tipo cola contém grande quantidade de cafeína e todos eles são ricos em sódio e açúcar, e estão associados diretamente à obesidade e às cáries.

Mesmo depois dos dois anos, devem ser consumidos com moderação. Refrigerante na mamadeira, nem pensar!

Bebidas de soja

A soja é um alimento bastante controverso, e muitos estudos apontam que seu consumo deve ser evitado por crianças. Somado ao excesso de açúcar das bebidas à base de soja, isso é suficiente para evitar seu consumo antes dos dois anos. Além disso, a soja tem grande potencial alergênico, especialmente entre os bebês. Acredita-se que a soja, se consumida em excesso, possa ativar o receptor estrogênico, levando a um quadro de puberdade precoce em algumas crianças. Para evitar problemas, ofereça apenas quando estiverem mais velhos e em pequenas quantidades.

Suco em pó

O suco em pó, com cerca de 1% de polpa de frutas, nem poderia ser considerado suco. Composto principalmente por açúcar e corantes, ele deve passar longe das crianças. Para substituí-lo, evite os sucos industrializados (de caixinha) e escolha versões naturais feitas com a fruta in natura ou em polpa, e controle a quantidade de açúcar na hora de adoçar.

Bisnaguinhas

Macias e adocicadas, as bisnaguinhas são muito utilizadas no lanchinho das crianças, mas na realidade elas são ricas em gordura e açúcar, e deveriam ser evitadas na primeira infância. Para substituí-las, escolha entre os pães integrais, com grãos, ou versões caseiras da bisnaguinha, controlando os ingredientes utilizados ou trocando uma parte da farinha branca por farinha integral.

Oleaginosas (amendoim, nozes, avelãs, castanhas)

Apesar de serem nutritivas e saudáveis, as oleaginosas oferecem risco de sufocamento ou engasgo à criança, por conta de seu formato. Além disso, elas podem conter um fungo chamado aflatoxina, que causa danos ao fígado. Por isso, ofereça apenas após os quatro anos, tomando os cuidados necessários de higiene e manipulação.

Peixes com espinhas

Mesmo que os pais sejam cuidadosos e separem as espinhas no prato da criança, sempre existe o perigo de que alguma parte tenha passado despercebida. Um pequeno espinho pode causar engasgo ou até sufocamento, por isso evite esses peixes até os três ou quatro anos.

Pipoca

Outro alimento aparentemente inocente e que oferece risco de engasgo às crianças menores de dois anos é a pipoca. Apesar de ser considerada um lanche saudável, se preparada no fogão e com pouco óleo, a casquinha dura da pipoca é potencialmente perigosa para as crianças. Evite o consumo até que ela tenha pelo menos quatro anos de idade.

Salsicha

Os embutidos em geral e principalmente a salsicha são cheios de corantes e conservantes, sendo considerados pouco saudáveis em qualquer idade. Porém, para as crianças, a salsicha pode causar engasgos e até sufocamentos — mesmo quando servida inteira ou em rodelas.

Salgadinhos industrializados

Eles fazem sucesso entre as crianças, mas têm uma composição nutricional pobre: ricos em sódio, corantes, gordura e conservantes, os salgadinhos industrializados estão relacionados a aumento de obesidade, colesterol e vários problemas de saúde entre as crianças.

Macarrão instantâneo

Eles podem ser encontrados em vários sabores e chamam a atenção das crianças por conta dos personagens na embalagem e do sabor suave, mas o tempero do macarrão instantâneo é rico em sódio — uma única porção oferece quase 70% do sódio necessário para um adulto, e para uma criança essa porcentagem é muito maior.

Mesmo sem usar o tempero, o macarrão também não deve ser consumido por crianças pequenas: ele é rico em gorduras e pobre em nutrientes.

Balas, pirulitos e chicletes

Com valor nutricional próximo a zero e grandes quantidades de açúcar e corantes, as balas, chicletes e pirulitos aumentam o risco de cáries, a concentração de insulina no sangue e pode causar ansiedade e dificuldade de concentração em crianças pequenas. Algumas balas e pirulitos ainda oferecem risco de engasgo e afogamentos por conta de seu formato. Por isso, evite oferecer esses itens para a criança antes dos três ou quatro anos — quanto mais tarde, melhor.

Evitar esses alimentos antes dos dois anos — ou por mais tempo, se for possível — só traz benefícios à criança: além de diminuir o risco de alergias alimentares e intolerância a algum componente, também diminui o risco de engasgos e melhora a qualidade da alimentação na primeira infância, fundamental para uma vida saudável e livre de doenças.

Você conseguiu evitar esses alimentos nos primeiros anos do seu filho? Tem alguma dúvida sobre como deve ser comida de criança? Deixe seu comentário!

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    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    (CRM: 876879RJ)
    Graduação em Medicina pela Universidade Estácio de Sá;
    Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Certificado de Atuação na Área de Endocrinologia Pediátrica (CAAEP)- RJ; Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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