Curiosidades da gravidez

Afinal, grávidas podem andar de avião?

Ter dúvidas se as mulheres grávidas podem andar de avião é muito comum e envolve tantas questões que fazem com que o tema seja um tabu entre os mais leigos (como vários amigos e familiares da futura mamãe). Algumas dessas pessoas têm frases prontas e afirmam que não se deve voar de jeito nenhum, já outras dizem que não há problemas, embora não saibam dizer o porquê.

Tais conselhos são confusos e divergentes por uma razão: algumas gestantes podem e outras não podem viajar de avião. Os motivos são vários e nós os explicaremos detalhadamente no texto abaixo para que a mamãe e seu bebê fiquem seguros e saudáveis durante o voo.

Confira o que levar em conta antes de marcar uma viagem aérea:

Quando as grávidas podem andar de avião sem restrições?

As gestantes podem voar no primeiro e no segundo trimestre da gravidez (até 27 semanas, ou 25, no caso de gêmeos) se não apresentarem algumas condições de saúde como: diabetes, pressão alta, sangramentos, serem portadoras de doenças que requerem um acompanhamento intensivo, além das que já tenham vivenciado partos prematuros ou abortos espontâneos em outra gravidez.

E embora as viagens possam ser feitas a partir do primeiro trimestre, as gestantes que apresentam muitos enjoos podem preferir viajar apenas a partir do segundo, quando as náuseas cessam ou diminuem.

Quais são as doenças que podem impedir a viagem de avião?

As futuras mamães que apresentam as condições listadas abaixo não devem viajar de avião sem antes consultar o médico que acompanha sua gravidez.

  • Diabetes e diabetes gestacional;
  • Hipertensão;
  • Sangramentos de escape (spotting);
  • Vítima de abortos;
  • Partos prematuros anteriores;
  • Doenças que exigem acompanhamento intensivo.

Nessas situações, consulte seu obstetra antes mesmo de marcar a viagem.

Já nos casos abaixo, a mamãe não deve viajar de avião, a não ser em casos emergenciais e com atestado médico.

  • Anemia severa;
  • Anemia falciforme,
  • Insuficiência placentária;
  • Propensão à formação de coágulos sanguíneos.

Mesmo as mamães que não passam por algumas das situações mencionadas podem apresentar, durante o voo, um pequeno risco de desenvolver varizes, hemorroidas e tromboembolismo. Mas isso pode ser corrigido com o uso de meias elásticas (com compressão indicada pelo médico) para evitar ou diminuir o inchaço nas veias ao longo do trajeto.

Em certos casos — viagens para grandes distâncias, por exemplo —, o médico poderá prescrever algum medicamento para ativar a circulação. Fazer pequenas caminhadas dentro do avião também ajuda a ativar a circulação sanguínea das pernas e a evitar cãibras e inchaços nos pés e panturrilhas.

Existem restrições por parte das companhias aéreas?

Algumas companhias restringem viagens para gestantes com mais de 28 semanas para evitar partos prematuros. Também poderá ser necessário em gravidez entre 28 a 35 semanas (ou 26 a 31, se você estiver grávida de gêmeos), e a mulher precisa preencher uma Declaração de Responsabilidade fornecida pela empresa.

Certas empresas exigem, inclusive, que a gestante viaje acompanhada de seu médico, mas isso se estiver com 36 semanas de gravidez ou mais, ou seja, já no finalzinho da gravidez. Para evitar aborrecimentos, cheque a política da companhia aérea antes mesmo de marcar a viagem.

Uma dica para evitar maiores transtornos é pedir um atestado ao seu médico. Outra recomendação fundamental é levar em consideração as semanas de gestação que você estará na volta.

Quais os riscos da exposição à radiação?

Você pode ter ouvido dizer que, ao se submeter à radiação natural em viagens de avião, a gestante corre o risco de o bebê nascer com anomalias ou de sofrer um aborto espontâneo. Na verdade, os médicos afirmam que apenas as mulheres que viajam com frequência durante a gravidez correm um pequeno risco de ter tais problemas.

No entanto, essa regra é diferente para as comissárias de bordo grávidas. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) as tripulantes não podem voar enquanto estiverem gestando um bebê. Mas se você é comissária de bordo, não se preocupe com isso, pois as gestantes ocuparão cargos administrativos na empresa até o fim da gravidez.

Outra dúvida comum é quanto a receber radiação ao passar pelo portão de segurança do aeroporto. No entanto, não há motivo para se preocupar com isso, pois a máquina só produz um campo eletromagnético. Apenas as malas passam por Raio-X e, ainda assim, com baixo nível de radiação.

Existe um tipo de aeronave ideal para uma mulher grávida voar?

Há limitações também quanto ao tamanho do avião. As futuras mamães não devem voar em aeronaves muito pequenas, pois elas não têm cabines pressurizadas. Como a pressão do ar na cabine é inferior nas altitudes mais baixas, sua pressão arterial e seus batimentos cardíacos vão aumentar com o intuito de seu corpo absorver todo o oxigênio que você necessita.

Algumas doenças são pioradas com as variações de pressão no avião, mesmo em pequenas proporções. Tais problemas de saúde já foram citados anteriormente, mas as mamães precisam saber quais são eles:

A anemia severa ou falciforme, insuficiência placentária ou propensão à formação de coágulos sanguíneos. A mamãe e o bebê podem ter dificuldade na adaptação à mudança de pressão dentro da aeronave, devendo, portanto, evitar andar de avião.

Outra aeronave pequena é o helicóptero. As futuras mamães podem andar até a semana de número 35.

Qual a importância de valorizar o conforto da gestante dentro do avião?

Em geral, as poltronas do avião não são nem um pouco confortáveis, o que é ainda pior para as grávidas. Além disso, o seu lindo (mas pesado) barrigão a fará precisar levantar inúmeras vezes para fazer xixi. E isso será um incômodo ainda maior se a gestação estiver avançada. Então, pense bem antes de entrar em um avião.

Mas se você precisa mesmo viajar, reserve o assento que fica perto da asa, no meio da aeronave. Nesse local, a estabilidade no decorrer do voo é maior. Optar por um lugar no corredor facilitará as constantes idas ao banheiro. Aliás, evite ficar sentada por muito tempo, para não ter inchaços nos pés e cãibras. Tente caminhar de hora em hora e procure sempre esticar as pernas, trabalhando os músculos da panturrilha.

Quais são os cuidados com a alimentação durante o voo?

A alimentação da mamãe pode, sim, afetar negativamente o bem-estar da gestante no avião. Portanto, procure evitar alimentos que causam gases, pois em grandes altitudes eles tendem a se expandir e causar incômodos. Também evite bebidas como refrigerantes, café, chá e sucos cítricos, pois eles têm ação diurética — o que colabora para aumentar as idas ao banheiro. Os refrigerantes à base de guaraná ou cola, o café e também o chocolate contêm cafeína, que pode deixar a gestante ansiosa e agitada.

Além disso, não fique sem comer para não sentir enjoos, náuseas, azias e tonturas. Por isso, tenha na bolsa ou na mala de mão frutas secas, barras de cereais, bolachas integrais e uma garrafa de água, para manter o corpo bem hidratado — é mais seguro do que ter que esperar que a aeromoça lhe traga um copo d’água.

Agora que você, futura mamãe, já sabe em quais casos as mulheres grávidas podem andar de avião, e em quais o embarque em uma aeronave é restrito ou proibido, que tal nos seguir nas redes sociais e continuar acompanhando nossas dicas e novidades? Estamos no Facebook, Instagram e YouTube!

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

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