Moda gestante: aprenda como escolher peças confortáveis e naturais para o corpo!

Vestir-se bem e confortavelmente durante a gestação é importante tanto para a segurança da mãe e do bebê quanto para elevar a autoestima da gestante. E em um período como esse, é necessário ir além das preocupações e pensar em maneiras de não prejudicar a saúde. Por isso, ficar atenta às dicas da moda gestante é fundamental para uma gravidez tranquila, sem sustos e com muito estilo.
A seguir, veja como escolher peças naturais e confortáveis!
Durante a gravidez, é comum que aconteça não apenas o ganho de peso em si, mas também o acúmulo de líquidos. Isso faz com que o corpo ganhe alguns centímetros a mais e pode fazer com que algumas roupas fiquem muito apertadas e incômodas.
A partir do sexto mês, a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia desaconselha o uso de roupas apertadas em geral, especialmente calças. Além de prejudicar a circulação e poder atrapalhar até mesmo a locomoção, calças apertadas favorecem o aparecimento de candidíase, uma infecção vaginal. Embora ela não seja perigosa para a gestação em si, pode contaminar o bebê no parto, então é melhor evitar roupas muito justas.
A barriga, principalmente, é a região que mais inspira cuidados em relação ao uso de roupas confortáveis. Com a expansão do útero e consequente crescimento da barriga, roupas apertadas podem se tornar um incômodo e, por isso, o recomendado é optar por calças com elástico na região da cintura, assim como blusas e vestidos que possam se adaptar ao crescimento da barriga.
O ideal é que a barriga não sofra qualquer tipo de impacto, aperto ou incômodo com o uso de roupas. Se você vestir uma peça e ficar com uma marca, mesmo que leve, isso é indicativo de que a roupa não deve ser utilizada.
Em contrapartida, é possível apostar em peças que destaquem essa parte do corpo. Blusas estilo cropped ou com abertura na barriga e vestidos com cintura marcada são ótimas opções para compor o visual.
Na hora de escolher as peças da moda gestante, é muito importante pensar em peças consideradas curingas e que se adaptem ao longo de todo o desenrolar da gestação. No começo da gravidez você ainda vai conseguir utilizar as peças que já estão no armário, mas a partir de 8 ou 12 semanas já vai ser necessário começar a mudar as peças.
Assim, vale a pena comprar itens que sirvam para cada trimestre inteiro ou mesmo para toda a gestação. Uma calça jeans com corte mais reto e mais solto e com elástico na barriga, por exemplo, pode funcionar para boa parte do período gestacional.
Vestidos cuja amarração possa ser ajustada, blusas de manga estilo boca de sino e shorts de pano mais solto também funcionam muito bem para fazer parte dos visuais ao longo de todo o desenvolvimento do bebê.
Quem estiver no primeiro trimestre de gestação deve ter uma preocupação extra com o uso de roupas escuras. Isso porque peças em tons mais fechados tendem a atrair mosquitos e pernilongos, incluindo o Aedes aegypti. Esse mosquito é transmissor, entre outas doenças, do zika vírus, o qual está associado à ocorrência de microcefalia em bebês segundo algumas pesquisas.
Com isso, a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria é evitar roupas escuras nesse período e, se possível, durante toda a gravidez. Roupas muito apertadas também favorecem a ocorrência da picada de mosquito, assim como peças totalmente sem mangas ou com pouca cobertura.
Tecidos naturais, como o algodão, são mais recomendados do que peças feitas de poliéster, por exemplo. Isso se deve, primeiramente, ao fato de que peças naturais tendem a causar menos alergias no organismo.
Grávidas que tiverem problemas dermatológicos, como dermatite de contato, devem tomar ainda mais cuidado com a escolha de tecido.
Além disso, tecidos naturais são melhores em períodos muito quentes. Devido a suas fibras, eles permitem que a pele transpire mais facilmente, o que ajuda na regulagem de temperatura do organismo.
Independentemente do tecido, entretanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria também recomenda que todas as roupas, mesmo que novas, sejam lavadas e higienizadas antes do primeiro uso. Isso porque normalmente as peças contêm componentes químicos que, em contato com a pele, podem provocar alergias.
Um erro muito comum entre gestantes é comprar peças grandes demais em busca de disfarçar a barriga de gravidez ou os quilos ganhados durante a gestação. O resultado é que não apenas as roupas não ficam bonitas, como também são pouco naturais ou confortáveis.
Por isso, o ideal é escolher peças que não exagerem na quantidade de pano de maneira desnecessária. Prefira aquelas que te sirvam no momento da compra também.
Além de se preocupar com as peças de roupa, você também deve dar atenção a quais sapatos farão parte do seu visual. Nessa fase da vida, o recomendado é utilizar sapatos baixos, que sejam seguros e tenham proteções, como sola antiderrapante. Isso evita que aconteçam lesões musculares ou quedas, que além de causar dor poderiam também prejudicar o desenvolvimento do bebê.
Caso não abra mão do salto alto, o ideal é mantê-lo, no máximo, em três centímetros. Um sapato maior do que esse aumenta os riscos de queda devido à mudança de eixo gravitacional do corpo, além de agravar o problema de dor nas costas e de circulação. Uma tese de mestrado intitulada “Avaliação baropodométrica da Influência dos Saltos Altos em Indivíduos Normais”, inclusive, mostra que acima de três centímetros o efeito do salto é o mesmo, então o melhor é que a gestante se restrinja a esse limite.
Depois de colocar essas dicas em prática ficará mais fácil ter um guarda-roupas que favorece seu estilo, sua beleza e também o desenvolvimento do seu bebê de maneira mais saudável.
Quais peças já fazem parte da sua rotina? Tem alguma dificuldade em encontrar bons looks de moda para gestante? Conte para nós a sua experiência nos comentários!
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