Durante a gravidez, todo cuidado é pouco. Sintomas aparentemente benignos como febre ou manchas na pele podem representar doenças sérias que aumentam a chance de parto prematuro ou colocam em risco a vida da mãe e do bebê.
Apesar desse fato alarmante, o ideal não é que a gestante passe os nove meses ansiosa e preocupada, mas que saiba tudo o que pode fazer para proteger sua criança de qualquer alteração.
Mas afinal, quais as doenças comuns que podem ser perigosas durante a gestação? Quais sintomas elas causam? Por que elas são mais perigosas na gravidez? O que fazer para se proteger delas? Vamos responder a essas e outras perguntas aqui no post de hoje. Confira!
1. Infecção do trato urinário
Praticamente toda mulher já teve uma infecção urinária ao longo da vida e sofreu com a ardência ao urinar e a dor constante na parte mais baixa da barriga. Apesar de muito comum, no entanto, a infecção urinária raramente é grave e pode ser tratada com um curto tratamento de antibióticos.
A situação é um pouco diferente para as gestantes, já que a grávida pode não perceber os sintomas da infecção ou acreditar que se trata de um desconforto natural dessa fase da vida. Além disso, o trato urinário da gestante é mais suscetível a infecções graves que afetam os rins e se espalham pelo corpo. Esse processo inflamatório pode afetar o crescimento do bebê ou aumente o risco de parto prematuro, quando não for diagnosticado e tratado adequadamente.
2. Gengivite
Provocada pelo acúmulo de placa bacteriana e por maus hábitos de higiene bucal, a gengivite é geralmente uma infecção leve com inchaço gengival e pequenos sangramentos. Contudo, as substâncias inflamatórias liberadas pela gengiva infectada durante a gravidez são suficientes para acelerar o trabalho de parto e fazer com que o bebê nasça antes do previsto.
Como a criança prematura tem mais chances de necessitar de cuidados intensivos ou apresentar baixo peso e problemas respiratórios, a gengivite afeta diretamente a saúde do bebê.
3. Zika
Geralmente assintomática em adultos, a zika é capaz de provocar alterações graves no desenvolvimento fetal, como a microcefalia. Como a doença chegou recentemente ao Brasil, pouco ainda se sabe sobre possíveis tratamentos para as crianças afetadas ou métodos para evitar a transmissão do vírus da mãe para o bebê.
Assim, caso a gestante apresente febre, manchas na pele, vermelhidão ocular ou dores nas articulações, é importante passar por uma avaliação médica e investigar a possibilidade de uma infecção por zika.
4. Doenças sexualmente transmissíveis
Sífilis, herpes e HIV são algumas das doenças sexualmente transmissíveis que podem trazer riscos extras às gestantes. A infecção por essas doenças está longe de ser inofensiva na população em geral, mas nas gestantes há o risco de transmissão para o bebê em desenvolvimento.
Uma vez infectada, a criança sofre os efeitos da doença ainda dentro da barriga da mãe e pode nascer com diversas malformações (lesões de pele, calcificações no cérebro, aumento do tamanho do fígado e do baço, surdez, retardo mental etc.) ou mesmo ser abortada espontaneamente.
5. Catapora e citomegalovírus
Transmitidos pelo ar, o vírus da varicela (catapora) e o citomegalovírus costumam gerar infecções brandas ou mesmo assintomáticas em pessoas saudáveis. Porém, nas gestantes, esses vírus também contaminam o feto e provocam alterações no desenvolvimento.
Crianças com infecções congênitas de catapora podem apresentar baixo peso, hipoplasia de membros, cegueira, hidrocefalia e baixa imunidade. Já a infecção por citomegalovírus pode provocar icterícia, aumento do tamanho do fígado e do baço, retardo de crescimento intrauterino, microcefalia e pneumonia.
6. Toxoplasmose
A toxoplasmose é mais uma doença que não costuma gerar qualquer problema para a população em geral, mas que pode atrapalhar o desenvolvimento fetal quando acomete a gestante.
Sua transmissão ocorre através do consumo de cistos do protozoário Toxoplasma gondii presentes em vegetais mal lavados, carnes cruas e fezes de gatos. Os únicos sintomas da doença costumam ser as alterações fetais.
7. Diabetes e hipertensão
O diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica são as doenças mais comuns na população mundial e só costumam gerar consequências após décadas do diagnóstico.
Durante a gravidez, no entanto, o impacto pode ser mais precoce e afetar a saúde da mãe e do bebê. São comuns alterações no ritmo de crescimento intrauterino, no peso do bebê ao nascimento, no funcionamento do sistema respiratório e no momento do parto.
Para a mãe, há maior chance de descolamento de placenta, hemorragias, pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome HELLP, por exemplo.
Como prevenir essas doenças?
A prevenção de doenças durante a gestação é um cuidado essencial para a manutenção da saúde da mulher e do bebê. Aqui vão algumas dicas:
Realize o pré-natal
Realizar todas as consultas de pré-natal é a melhor forma de ter certeza de que a gravidez está progredindo bem e que o bebê está se desenvolvendo de forma adequada. Use as consultas para tirar dúvidas com o médico e receber orientações dietéticas e não se esqueça de realizar todos os exames de sangue, de urina e ultrassons solicitados.
Vá ao dentista
Algumas pessoas acreditam que gestantes não podem realizar tratamentos odontológicos, mas isso é um mito. Na verdade, a gestante deve manter um acompanhamento regular com o dentista, realizar limpezas e tratar qualquer cárie ou fontes de infecção local.
Caso o tratamento possa trazer algum risco para o bebê, o dentista, o obstetra e a gestante devem discutir e avaliar a situação em conjunto, criando o melhor plano.
Cuidado com doenças infecciosas
Qualquer infecção durante a gestação tem o potencial de afetar o desenvolvimento do bebê e gerar alguma malformação, mesmo quando os sintomas maternos são extremamente leves.
Por isso, é essencial que a gestante mantenha o seu cartão de vacina atualizado, aplique repelente diariamente, evite o contato com pessoas doentes e não se exponha a doenças sexualmente transmissíveis, utilizando o preservativo durante todas as relações sexuais se necessário.
Tenha hábitos de vida saudável
Para que o desenvolvimento do bebê ocorra dentro de condições ideais, a gestante deve levar uma vida saudável, ter uma dieta rica em saladas, cereais, frutas, laticínios e carnes magras, realizar exercícios físicos de baixo impacto, beber muita água, controlar o ganho de peso e evitar o consumo de álcool, cigarro ou outras drogas.
Fale com o médico em caso de dúvidas
Sempre que a gestante apresentar um sintoma novo ou diferente do normal, ela deve passar por uma avaliação médica. Isso descarta qualquer patologia mais grave e permite que a mulher descubra quais medicamentos podem ser usados para aliviar os sintomas com segurança.
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Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez
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