O uso do cigarro na gravidez pode ser tentador para algumas pessoas devido a seus efeitos imediatos de relaxamento, mas seu uso em longo prazo pode causar muitos danos à saúde — inclusive de quem está por perto, que se transformam em fumantes passivos.
A mulher que está grávida deve passar longe do cigarro para que fique mais saudável e tenha condições biológicas adequadas para que seu bebê se desenvolva bem. Mas parar de fumar não é uma tarefa fácil: 24% das mulheres fumantes não largam o cigarro mesmo após descobrirem que estão grávidas. Porém, é preciso ter foco e muita força de vontade para virar as costas ao vício e pensar na vida nova que está sendo gerada.
Veja as consequências que o cigarro na gravidez traz:
Respiração do bebê e risco de morte
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, filhos de mães fumantes têm a capacidade pulmonar duas vezes menor do que bebês de gestantes que não fumaram durante a gravidez.
O cigarro no organismo faz com que o sistema vascular materno-fetal fique comprometido, ou seja, o transporte de nutrientes e oxigênio da mãe para o bebê fica falho, trazendo como consequência maior a possibilidade de nascimento abaixo do peso e até mesmo prematuridade. Além disso, há um grande risco de morte e o bebê pode falecer repentinamente, causando aborto espontâneo.
Cérebro menor e problemas de comportamento
Em geral, crianças afetadas pelo tabaco parecem demonstrar um menor volume de massa branca e cinzenta no cérebro. A massa branca é responsável pelo processamento das emoções, atenção e decisão, e a massa cinzenta envolve o controle muscular, emoções, fala e memória. Com essas áreas prejudicadas, a criança pode desenvolver quadros de ansiedade e depressão.
Consequências para a mãe
A nicotina causa estreitamento dos vasos sanguíneos e, aliada à pressão natural que a gravidez causa nas veias do abdômen, a circulação nas pernas fica comprometida. Como consequência, a mãe tem um aumento do risco de trombose, que é a formação de coágulos dentro das veias. A trombose pode causar embolia pulmonar, quando o coágulo se aloja no pulmão, ocasionando falta de ar e dor durante a respiração — e dependendo do tamanho do coágulo, pode-se desenvolver insuficiência respiratória aguda.
Há também a trombose na placenta, que pode evoluir para insuficiência placentária, que é a impossibilidade de passar oxigênio e nutrientes para o bebê. A gravidade desse quadro é variável, mas os casos mais graves podem levar o bebê à morte.
Não há uma quantidade segura de cigarros que a mãe possa fumar durante a gravidez e no período de amamentação. Quanto maior a quantidade de cigarros consumida, maior a probabilidade de alterações do organismo tanto da mãe quanto do bebê. Então fique atenta, conheça-se melhor e mude suas atitudes, pois isso será fundamental para que você e seu filho fiquem bem!
Pesquise sobre novos hábitos saudáveis que possa substituir o cigarro na gravidez e, se necessário, procure ajuda médica e psicológica. Aproveite também para baixar o e-book “11 decisões de hoje que impactam a saúde do seu filho amanhã” para conhecer outros hábitos que devem ser evitados e práticas que fazem bem para a saúde do seu pequeno!
Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez
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