Criança

Saiba quais alimentos causam cólicas no bebê

Presentes em boa parte dos bebês com até 5 meses de idade, as cólicas estão entre os problemas que costumam levar as mães ao desespero. O motivo exato por trás dessa condição ainda é desconhecido; no entanto, alguns especialistas alegam que, em alguns casos, são os alimentos que causam as cólicas no bebê, ou melhor, que contribuem para elas.

Embora não haja estudos que comprovem essa teoria, acredita-se que determinadas substâncias podem não ser bem aceitas pelo sistema digestivo, ainda imaturo, dos bebês.

Seja qual for a razão desse desconforto, é importante levar em consideração o que os médicos dizem. Neste artigo, especificamente, vamos abordar justamente essa questão dos alimentos, apresentando os possíveis fatores que podem colaborar com o problema. Continue a leitura e confira!

Alimentos que causam cólicas no bebê

1. Leite

Não o leite da mãe, é claro! O leite a que nos referimos aqui é o de vaca, que contém uma proteína totalmente diferente do leite materno e que pode ocasionar uma reação adversa no organismo do bebê.

A formação de gases e o aumento dos movimentos do intestino são alguns dos exemplos desses efeitos colaterais que, por sua vez, acabam resultando nas cólicas.

Os nutrientes e as substâncias absorvidas pela mãe podem ser passadas ao bebê durante o aleitamento materno.

Por informação, saiba que o Ministério da Saúde recomenda a amamentação como fonte de alimentação exclusiva dos bebês até os seis meses de idade. O leite de fórmula só deve ser dado em casos específicos, sempre com a orientação médica.

2. Chocolate

Para a tristeza de muitas, os chocolates também podem contribuir para as cólicas no bebê. A razão disso é relacionada às proteínas do leite, já que este é um dos ingredientes para a fabricação de muitos tipos de chocolate.

A cafeína, presente em pequenas quantidades nos grãos de cacau, é outra substância que pode ter uma ligação com o desconforto. Assim, controle o consumo dessa guloseima, pelo menos enquanto estiver amamentando, tudo bem?

3. Leguminosas

Lentilhas, ervilhas, soja, feijões e outras leguminosas são alimentos que possuem determinados tipos de carboidratos os quais o organismo tem dificuldade de absorver, o que pode ocasionar uma fermentação no intestino.

Se a flora intestinal da mãe estiver meio fragilizada, essa fermentação tende a ser ainda maior, podendo passar para a criança por meio da amamentação. Em razão disso, o ideal é que você reduza o consumo desses alimentos, especialmente se eles lhe causam algum mal-estar estomacal, por mais leve que seja.

4. Vegetais crucíferos

Apesar de serem recomendados como parte de uma alimentação saudável, os vegetais crucíferos, como o brócolis, a couve e o repolho, podem passar suas características para o leite materno.

O enxofre presente nesses alimentos resulta no aumento dos gases, tanto na mãe quanto no bebê, que recebe essa substância durante o aleitamento, favorecendo as cólicas.

5. Carnes vermelhas

Por passarem por um processo de digestão mais prolongado, as carnes vermelhas também fazem parte dos alimentos que causam cólicas no bebê. Aqui, ocorre praticamente o mesmo problema das leguminosas: a fermentação no intestino.

Entretanto, vale ressaltar que não há evidência científica ou documentada que comprove essa hipótese. Os especialistas recomendam, apenas, o bom-senso por parte das mães.

De uma forma geral, preste atenção nos alimentos que causam o seu desconforto para, então, reduzir ou até mesmo evitar o consumo deles. É preciso entender que a sua alimentação interfere na qualidade do leite materno. Por isso, não custa ter cuidado com o que você consome.

6. Café

A culpa aqui não é do café em si, mas sim da cafeína, como já mencionamos. Esse composto, na verdade, não causa as cólicas. O que acontece é que, por ser um estimulante, pode deixar a criança ainda mais agitada, dificultando o problema.

O que comer enquanto estiver amamentando

Enquanto lactante, procure ao máximo manter os hábitos saudáveis da sua gravidez. Frutas, verduras, grãos, cereais integrais e boas fontes de proteína devem ser consumidas com frequência, não esquecendo também do ferro e do cálcio.

Os alimentos ricos em gorduras saudáveis também devem estar presentes na sua alimentação, pois são extremamente benéficos para o bebê. Castanhas, nozes, salmão, atum, sardinha, abacate e azeite de oliva são alguns dos exemplos. Já as gorduras saturadas, como as frituras, por exemplo, devem ser evitadas.

No que diz respeito à sua fome, não se preocupe caso você tenha vontade de comer a cada instante. Nessa fase, seu corpo está trabalhando incansavelmente na produção do leite.

O cuidado que você deve ter é para não ingerir muita comida de uma vez só, já que isso, certamente, resultará em um mal-estar. O ideal é fazer pequenos lanches nos intervalos das principais refeições. Em relação às guloseimas, não há problema algum em consumi-las, desde que você não exagere.

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Saiba quais alimentos causam cólicas no bebê

O que caracteriza as cólicas no bebê

Para que você não tenha dúvidas, é interessante saber as particularidades das cólicas no bebê. Geralmente, a condição segue o que os especialistas chamam de a regra dos três: choro por três horas seguidas, mais do que três vezes por semana e com duração mínima de três semanas.

Os sintomas incluem:

  • crises de choro intenso;
  • gases na hora do choro;
  • movimentos que envolvem o encolhimento das perninhas e o arqueio das costas durante o choro.

Para concluir, tenha em mente que as cólicas fazem parte do processo de desenvolvimento do sistema digestivo do bebê. Embora não seja agradável ver a criança com esses desconfortos, saiba que a saúde dela não está em risco.

Procure manter a calma, sempre, e lembre que tudo vai passar. Entretanto, não hesite em procurar ajuda médica caso o problema se mantenha após os seis meses.

Os motivos dessa condição podem ser vários, mas saber quais são os alimentos que causam cólicas no bebê pode reduzir sua ocorrência — mesmo que não existam estudos que, de fato, provem isso.

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Categorias: Criança , Gravidez

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    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    (CRM: 876879RJ)
    Graduação em Medicina pela Universidade Estácio de Sá;
    Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Certificado de Atuação na Área de Endocrinologia Pediátrica (CAAEP)- RJ; Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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