Gravidez

Audição do Bebê: entenda o desenvolvimento

O bebê é capaz de ouvir sons ainda na barriga. Por volta da 21ª semana da gestação toda a estrutura neurofisiológica auditiva já está formada e ele reconhece a voz da mãe. Mas, antes disso, na 13ª semana, ele já recebe vibrações sonoras por meio da pele e na 17ª semana já consegue perceber sons produzidos pelo corpo materno — e alguns barulhos externos mais fortes. Apesar de já nascerem com uma boa audição, os bebês só a amadurecem após o primeiro mês de vida e vão aprendendo com o tempo a entender e interagir com os sons que os rodeiam.

A audição é muito importante para o desenvolvimento do bebê, pois é ela que estimula o aprendizado da linguagem, sendo também muito importante para o desenvolvimento cognitivo da criança. Por isso, quanto antes um problema for diagnosticado, maiores serão as possibilidades de tratamento e mais eficazes as terapias de estímulo para o desenvolvimento da fala e outras atividades ligadas a esse sentido.

Saiba mais sobre o desenvolvimento da audição do bebê e veja como reconhecer os sinais de que há algum problema:

O desenvolvimento da audição

Assim que nascem, os bebês já reconhecem as vozes dos pais e já prestam atenção aos sons que os rodeiam, especialmente os mais agudos. Por isso, se assustam com barulhos repentinos e altos. Mas seu sistema neurológico ainda não está plenamente desenvolvido para que eles interajam ativamente com esses estímulos.

Aos três meses, seu bebê já responde ao som da sua voz olhando diretamente para você e tenta conversar emitindo outros sons. Ele também já vira a cabeça e os olhos procurando a origem do barulho que chamou sua atenção.

Aos cinco meses, o bebê sabe identificar o som do próprio nome e responde quando é chamado, inclusive presta mais atenção quando você fala com alguém sobre ele. A partir dos seis meses até um ano, ele já articula sílabas simples, como “mamã” e “papa”, tentando reproduzir as palavras que escuta.

O início da fala acontece entre um e dois anos, quando a criança já é capaz de articular palavras simples e interagir verbalmente. Mas cada uma tem seu próprio tempo de desenvolvimento e aprendizagem.

Sinais de que o bebê não ouve bem

Alguns comportamentos do bebê podem indicar precocemente algum problema de audição. Quando o bebê não se interessa por brinquedos que fazem barulho ou os movimenta de forma muito barulhenta, pode estar com dificuldade de ouvi-los. Apesar de não prestar atenção o tempo todo aos sons do ambiente, se o bebê não se assusta com barulhos fortes e repentinos, também pode ser um sinal de que ele não está ouvindo direito.

Observe ainda se quando acorda chorando ele se acalma ao ouvir a sua voz ou se é preciso que ele a veja para se tranquilizar. A partir dos quatro meses fique atenta se ele responde quando chamado e se procura a sua voz ou a origem dos sons, como de onde vem o toque do telefone.

Se você desconfiar que seu filho não está ouvindo bem, fale com o pediatra. Se necessário, ele poderá indicar uma consulta com o otorrinolaringologista para exames mais detalhados.

Teste da orelhinha

Desde 2010, há uma lei que obriga as maternidades públicas e privadas a realizarem o teste da orelhinha — ou triagem auditiva neonatal — nos recém-nascidos para identificar precocemente alguma dificuldade de audição. Se seu filho não fez o teste ainda na maternidade, fale com o pediatra para que seja feito o quanto antes.

Como estimular a audição do bebê

A audição do bebê pode e deve ser estimulada desde os primeiros meses de vida. Use brinquedos e objetos que façam barulhos para chamar sua atenção e estimular sua curiosidade pelos sons. Cante, conte casos e leia histórias fazendo diferentes timbres de voz. Isso ajuda o bebê a identificar e aprender a cadência da linguagem e a diferenciar as emoções, além de estimular o aprendizado de novas palavras.

Agora você já sabe como se desenvolve a audição do bebê! Assine nossa newsletter e receba mais conteúdo como esse!

Categorias: Gravidez

Mais de 100.000 mães acompanham nosso conteúdo!

    Cadastre seu e-mail e junte-se a elas

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    (CRM: 876879RJ)
    Graduação em Medicina pela Universidade Estácio de Sá;
    Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Certificado de Atuação na Área de Endocrinologia Pediátrica (CAAEP)- RJ; Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

    Caro Leitor,

    A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.