Quando acaba a licença-maternidade, começam os dramas que a mamãe enfrenta em ter que voltar a trabalhar após meses de uma relação intensa de muito amor com o seu filho, que começou quando o neném ainda estava no útero.
As principais preocupações são o medo de perder o laço afetivo criado com o bebê e o sentimento de culpa por ter de deixá-lo longe de você. A boa notícia é que existem formas de manter esse laço mesmo quando vocês não estão juntinhos e de espantar o sentimento de culpa.
Alguns comportamentos amenizam o impacto desta distância tanto para a mãe quanto para o bebê. Vamos conhecê-los?
Deixe o bebê sozinho por instantes
Uma das dicas é deixar o bebê sozinho por períodos determinados. Comece deixando-o no berço por alguns minutos enquanto você fica em outro cômodo. Depois vá aumentando esse tempo, mas sempre observando as reações do bebê (use dispositivos que captam som e o choro do bebê).
Quando for deixá-lo só por mais tempo, fique muito atenta desligando o som e a TV para não deixar de escutar o bebê. De vez em quando, se aproxime devagar do quartinho sem que ele a veja, apenas para checar se está tudo bem.
Depois, experimente deixá-lo por algumas horas com alguém que ele conheça, enquanto você sai pra fazer compras, por exemplo. As avós, tias, madrinhas, vizinhas de confiança e babás são boas opções para deixar o bebê em segurança.
Fique com o celular por perto, pois se o pequeno chorar demais, você poderá voltar pra casa, evitando um possível (embora pequeno) trauma. Depois, em outro dia, refaça o teste, mas fique fora por pouco tempo e vá aumentando até o bebê se sentir confortável com a cuidadora.
Decida com quem o bebê vai ficar
Na hora de escolher quem vai ficar com o bebê enquanto você sai para trabalhar, pense em pessoas próximas, como as avós, uma tia, a madrinha, a babá ou mesmo uma vizinha.
É importante que a pessoa seja de sua extrema confiança e conheça muito bem os cuidados básicos com o bebê, como trocar fraldas, dar o banho dar a papinha ou o leite (se for do peito, você pode deixar o seu leite armazenado na geladeira) e demais cuidados.
Não se esqueça de preparar uma relação com os horários em que o bebê costuma dormir e se alimentar. Essa decisão deve ser tomada com bastante antecedência para que a pessoa a assumir tal tarefa se prepare.
A creche é uma boa opção
A creche costuma levar vantagem por permitir a socialização da criança, estabelecer limites sociais e favorecer imunidade em função do contato com os vírus que circulam pelo ambiente.
Se você decidir que o bebê deve (ou precisa) ficar em uma creche, deve observar como é a estrutura física que vai aconchegar o seu filho. Pergunte a outras pessoas que você conhece e que já deixaram os bebês em determinada creche, conheça a pessoa que cuida das crianças, olhe todas as instalações e observe se o local é completamente seguro.
Cheque se há piscinas ou poços e se estão fechados, veja se as tomadas são protegidas, atente-se para a limpeza do local e tudo o que mais lhe vier à mente e não se acanhe em perguntar aos funcionários sobre qualquer dúvida que você tiver. Lembre-se de que é a segurança do seu bebê que está em jogo. Seja educada e cortês, mas não leve dúvidas para casa.
Ao optar por determinada creche, é fundamental observar os seguintes aspectos: limpeza, espaço físico, procedência e experiência dos profissionais que estão trabalhando no local, procedência e forma de preparo dos alimentos servidos às crianças entre outros aspectos.
A importância dos brinquedinhos
Os brinquedos preferidos do bebê também serão uma ótima “companhia” e distração para ele. Por isso, estimule-o a se distrair com os brinquedinhos que ficam na banheira durante o banho dele e com os outros (de encaixar, livrinhos de figuras, que fazem sons, etc.) Assim, ele tirará um pouco o foco da mãe e terá uma boa distração para quando você não estiver em casa.
Deixe seu cheirinho e sua voz
Outra dica que pode funcionar, principalmente no primeiro mês de ausência (quando os bebês são muito pequenos) é deixar perto dele uma peça de roupa sua para que ele sinta seu cheiro e fique confortável — mas escolha uma peça pequena e certifique-se de que o cuidador não deixe o bebê sozinho com ela para evitar sufocamentos.
Além disso, deixe com a cuidadora sua voz gravada para que o bebê escute-a de vez em quando. Ele vai pensar que você está lá! Grave coisas que você costuma falar ou cantar pra ele, mas lembre-se de que isso só funciona com os bebês muito pequenos.
O bebê pode ficar perto do seu trabalho
No caso de optar pela creche, leve em consideração a proximidade com o seu local de trabalho. Isso permite que na hora do almoço você passe por lá pra dar um beijinho no bebê e para amamentá-lo.
A proximidade com o trabalho também resolve o problema de perder horas no trânsito, o que deixa a mamãe muito cansada, já que quando chegar em casa, ela ainda vai assumir os cuidados com o filhote.
Leve o bebê com você
Pode parecer um sonho, mas há muitas empresas — em geral, as muito grandes — que têm creches próprias e, é claro, nesse caso você não vai mesmo querer optar por outra coisa. Se você trabalha há pouco tempo em uma empresa de grande porte, vale a pena ir até o setor de recursos humanos e perguntar a companhia oferece esse serviço ou se é conveniada com alguma creche.
Aproveite todos os momentos
Para aliviar a sua saudade do bebê e vice-versa, outra dica fundamental é que a mamãe curta ao máximo todos os momentos que dedicar ao seu bebê. Isso trará segurança a ambos e ajudará a amenizar a saudade na hora em que estiverem longe um do outro.
Durante as mamadas e na hora do banho, aproveite para fazer carinho no seu filho e olhar fundo em seus olhinhos. É nessa troca de olhares entre mamãe e bebê que ocorre a liberação do hormônio ocitocina, que faz a gente (e o bebê também) se sentir bem. Ela também é liberada no momento de um abraço e em outras manifestações de carinho.
Não se culpe! Veja o que dizem um estudos recentes
Se após ler os itens acima você ainda estiver se sentindo culpada, vai gostar de saber sobre um estudo recente feito em 24 países pela Harvard Business School (EUA), que mostrou que filhos de mães que trabalham fora podem se beneficiar no futuro.
Se os bebês forem meninas, quando se tornarem mulheres terão mais chances de conseguir ocupar cargos elevados. Se forem meninos, ao se tornarem homens terão a tendência de ajudar mais em casa — e se tornarem-se pais, tendem a dedicar mais tempo aos seus próprios filhos.
Outro estudo, dessa vez da Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) mostrou que o cérebro de crianças filhas de mães que demonstram muito afeto entre si têm maior desenvolvimento de uma área ligada à memória e ao aprendizado (o hipocampo) se comparadas às crianças que receberam menos carinho das mães.
Agora que você já sabe como ficar em sintonia com o seu bebê mesmo quando não estiver por perto, após voltar ao trabalho com o fim da licença-maternidade, que tal compartilhar esse artigo em suas redes sociais? Seus familiares saberão que você é uma mamãe exemplar e que a criança que eles adoram se sente protegida e amada. Compartilhe!
Categorias: Licença-maternidade
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