Inicialmente silenciosa e potencialmente mortal, a leucemia é uma doença caracterizada por alterações das células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas). Com uma taxa de letalidade de 40% (segundo o Instituto Nacional do Câncer), o seu tratamento ainda é de difícil acesso, mas novas opções têm surgido graças ao avanço da ciência.
Quer saber quais os principais sintomas e tratamentos para a leucemia? Acompanhe nosso artigo e se informe sobre essa grave doença.
O que é a leucemia?
A leucemia é caracterizada pela proliferação descontrolada das células do sistema sanguíneo. Mas como isso acontece?
O primeiro passo para entender como a leucemia age é lembrar que a medula óssea é a das células sanguíneas. A medula fica localizada dentro dos ossos e é popularmente conhecida como tutano. É nela que se encontram as células que originam as hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
Na leucemia, as células sanguíneas sofrem mutações genéticas e se transformam em células cancerosas.
Essas células cancerosas possuem como principais características o mau funcionamento, a multiplicação excessiva e descontrolada e uma maior resistência (o que faz com que sobrevivam por muito mais tempo que uma célula sadia e normal).
Podemos classificar as leucemias de acordo com o tempo de desenvolvimento da doença e sua gravidade em: agudas (rápido desenvolvimento e de maior gravidade) e crônicas (desenvolvimento mais lento e de menor gravidade). As leucemias também são classificadas de acordo com o tipo de célula acometida (leucócitos linfóides, leucócitos mielóides, eritrócitos, megacariócitos). É através dessa classificação que o médico responsável consegue determinar o tratamento mais adequado. Vejamos as principais características de cada um dos tipos:
- Leucemia aguda
Caracteriza-se pelo estágio imaturo das células cancerígenas, que se multiplicam de forma descontrolada e causam um quadro grave. Acometem, com mais frequência, crianças.
- Leucemia crônica
Na leucemia crônica, as células afetadas são mais maduras e a evolução da doença costuma ser mais lenta. Com isso, as consequências da doença são vistas após meses ou anos. Mais comum em adultos ou idosos.
A leucemia linfóide, linfoblástica ou linfocítica, por sua vez, atinge os glóbulos brancos linfóides enquanto a leucemia mielóide ou mieloblástica atinge os glóbulos brancos mielóides.
Quais são os sintomas da leucemia?
Em muitos casos, a leucemia crônica é assintomática. Já a leucemia aguda apresenta seus primeiros sintomas quando a medula óssea começa a apresentar dificuldades para produzir células sanguíneas saudáveis. Veja abaixo uma lista com os principais sintomas característicos das leucemias agudas:
- Palidez;
- Cansaço e fraqueza;
- Anemia;
- Aumento do baço e do fígado;
- Sangramentos na gengiva e no nariz;
- Febre;
- Perda de peso;
- Dores nas articulações e nos ossos;
- Manchas arroxeadas e avermelhadas na pele;
- Infecções recorrentes, como pneumonia, infecção urinária e amigdalite.
Segundo dados da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), os sintomas nas crianças são basicamente os mesmos, mas aqueles que causam mais incômodo são cansaço em excesso, dor nas articulações, hematomas e febre.
Como é feito o diagnóstico da leucemia?
O diagnóstico da leucemia deve ser realizado por um médico habilitado, como um oncologista ou um hematologista.
Para um diagnóstico inicial, o hemograma completo é suficiente, pois permite avaliar as condições das células sanguíneas. Caso haja algum indicativo de possibilidade da doença, o exame mais indicado é o mielograma. Com ele, avalia-se diretamente a medula óssea a fim de diagnosticar o tipo de célula acometida. A depender da hipótese diagnóstica, indica-se também a realização da biópsia da medula óssea.
Como a leucemia é tratada?
Em um primeiro momento, o tratamento de eleição para as leucemias é a quimioterapia. Em casos de falha de resposta a diferentes linhas de tratamentos quimioterápicos e imunoterápicos, o transplante de medula óssea pode ser indicado.
Com o avanço da pesquisa científica nas últimas décadas, a utilização das células-tronco no tratamento da leucemia vem ganhando destaque, conforme veremos com mais detalhes no próximo tópico do texto!
Tratamento para leucemia com células-tronco
Apesar de recente e ainda em estudo, o tratamento para as doenças onco hematológicas com células-tronco tem se mostrado muito promissor. Neuroblastoma, doenças metabólicas, anemias, talassemias e leucemias são alguns exemplos das enfermidades que podem se beneficiar com o transplante de células-tronco hematopoéticas. Mas você sabe como é realizado?
As células-tronco hematopoéticas apresentam a incrível capacidade de se transformarem em diferentes tipos de células do sistema sanguíneo, o que as torna uma ótima alternativa para a reparação de doenças da medula óssea – como é o caso da leucemia!
E é aí que entra o tratamento com essas unidades celulares, coletadas e armazenadas especialmente do sangue do cordão umbilical. Interessante, não?
O tratamento da leucemia com as células-tronco do cordão umbilical costuma ser indicado nos casos em que as outras opções terapêuticas não obtiveram o resultado esperado.
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Categorias: Células-Tronco
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