Gravidez

Infecção urinária na gravidez: quais os cuidados necessários?

Cerca de 10% das mulheres podem ter infecção urinária na gravidez, mesmo sem ter sintomas, de acordo com estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pesquisadores mostraram que 30% das que contraem a doença, se não tratadas corretamente, podem ter complicações graves.

A falta de tratamento adequado pode causar, inclusive, aborto em casos mais severos da doença. Por ser comum, é essencial que a mulher faça o pré-natal e todos os exames durante a gestação corretamente.

Evitar, e curar a infecção urinária na gravidez é muito importante para a sua saúde e a do seu bebê. Por isso, confira a seguir como se livrar dessa doença de uma vez por todas!

Problemas causados pela infecção urinária na gravidez

A infecção, normalmente, começa sem nenhum tipo de sintoma e não traz complicações para a grávida. Só que, se não tratada, transforma-se em uma doença perigosa. Por isso, o ideal é tomar os antibióticos receitados pelo médico, mesmo sem sentir nenhum sintoma. Isso só é possível com os exames em dia.

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Caso a gestante não faça o tratamento adequado enquanto a doença ainda é assintomática, as consequências podem ser graves, de acordo com a pesquisa da USP. A infecção gera uma verdadeira lesão nos sistema urinário e reduz a capacidade renal. Você vai passar a urinar muitas vezes e a não guardar nutrientes essenciais para a sua saúde e a do seu filho.

Complicações

Além disso, por conta do pH e das mudanças hormonais, o crescimento no número de bactérias é rápido, e isso pode se transformar em uma infecção maior, como nos rins, por exemplo. Além de ser uma doença difícil de tratar, ela pode causar aborto ou parto prematuro.

Para a criança, além da possibilidade de não nascer, outras situações podem ocorrer. Ela pode vir ao mundo com baixo peso, pneumonia ou asma e até mesmo ter o seu desenvolvimento intrauterino modificado e atrasado.

A infecção urinária precisa ser tratada com seriedade e responsabilidade. Não deixe de fazer os exames e siga corretamente todas as instruções passadas pelo seu médico.

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Formas de contaminação da doença

A principal contaminação ocorre exatamente pela forma do corpo da mulher, mais precisamente o canal da uretra, que, por ser curto, facilita a entrada e a disseminação de organismos como as bactérias.

Além disso, o fato de estar grávida é um agravante nessa situação. As transformações hormonais e o pH influenciam no avanço desses microrganismos, como você viu no tópico acima. Há também o aumento da umidade da vagina e a compressão dos ureteres (responsáveis pelas vias do canal urinário).

A junção de todos esses fatores faz com que a gestante tenha possibilidades altas de contrair uma doença como essa. Os sintomas também devem ser levados em consideração, mas a prevenção é sempre a melhor escolha.

Sintomas da infecção

São diversos os sintomas que a mulher pode ter ao contrair uma infecção urinária durante a gravidez. Os principais são queimação e dor ao urinar, mas outros podem ajudar a entender esse problema:

  • febre;
  • mudança de temperatura corporal;
  • muita vontade de urinar, a todo momento;
  • urina com odor intenso;
  • sangue, pus;
  • dor na relação sexual;
  • sensação de não conseguir esvaziar a bexiga;
  • bexiga pesada;
  • dor na região lombar (rins).

Esses sintomas ocorrem em fases diferentes da doença dentro do seu corpo. Quando chega à fase da dor lombar, por exemplo, pode ser que a infecção tenha ido para os rins. Ao primeiro sinal, procure o médico imediatamente e comece o tratamento.

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Prevenção da infecção urinária na gravidez

Além dos exames e do acompanhamento médico, você pode tomar algumas atitudes no dia a dia que evitem a proliferação das bactérias no sistema urinário:

  • não segurar o xixi de forma alguma;
  • limpar a vulva sempre que for ao banheiro, sem encostar o papel higiênico no ânus;
  • lavar a região vaginal com sabonete neutro sempre que tiver relações sexuais;
  • beber bastante água e demais líquidos saudáveis.

Ter alimentação equilibrada é bom, não somente para evitar infecções, mas também é importante para a saúde e o desenvolvimento correto do bebê.

Descoberta e tratamento ideal

Além dos antibióticos que vão ser receitados pelos especialistas, é preciso que você siga todas as orientações que passamos nos tópicos anteriores. A água é um grande aliado na luta contra a infecção urinária na gravidez, por exemplo. O médico também vai passar informações específicas para curar o tipo de bactéria que causou a infecção.

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O exame de urina serve para detectar modificações no sistema urinário. Ele é um pré-teste, na verdade, já que não diz qual é realmente a bactéria que entrou no seu organismo. Após fazê-lo, o especialista vai pedir uma cultura de urina. Ela identifica de forma específica qual microrganismo invadiu a sua bexiga. Assim, vai poder passar os medicamentos e o tratamento específico para derrotar a infecção.

Após isso, o médico vai pedir, a cada três meses, pelo menos, um novo exame de urina para saber se tudo está bem ou se a bactéria voltou. Esse acompanhamento é essencial para evitar um alastramento da doença, que pode gerar o rompimento da bolsa e o parto prematuro.

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Além do ginecologista e obstetra, até mesmo um urologista pode ser contatado para tentar resolver o problema de uma vez por todas. Ele é o especialista em doenças urinárias, por isso deve ser levado em consideração.

Diante de tudo o que dissemos até aqui, o essencial é que você entenda a importância de um acompanhamento médico feito com frequência e qualidade. Não se trata de obedecer a ordens médicas, mas de buscar o melhor para a sua saúde e a do seu bebê.

Se tiver entendido isso, já é um avanço enorme para evitar e tratar todas as doenças que podem ocorrer durante a gestação.

Caso tenha aprendido com estas informações sobre a infecção urinária na gravidez e quiser saber mais sobre uma vida saudável e feliz nesse período tão importante da vida de uma mulher, assine a nossa newsletter. Assim, você vai ter acesso a conteúdos diversos que vão ajudar nessa linda aventura que é ser mãe!

Categorias: Gravidez , Saúde na gravidez

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

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