Células-Tronco

Tratamento com células-tronco: o depoimento de uma mãe

A chegada de um bebê muda a rotina de toda a família antes mesmo do seu nascimento. Os pais começam a pensar no nome, na decoração do quarto, no enxoval, como será o parto… Seja o primeiro neném ou o segundo, as alegrias e preocupações são as mesmas.

Com uma das famílias atendidas pela Cordvida não foi diferente. A chegada de uma criança foi muito esperada por todos. Cada detalhe foi planejado com amor para receber a nova integrante da família, até mesmo os cuidados futuros com a sua saúde.

Nunca se espera que um filho, especialmente uma criança, possa ficar doente.  Em 2014, uma das nossas clientes foi impactada por uma das notícias mais difíceis que uma mãe pode receber: os médicos haviam encontrado um tumor no abdômen da sua filha. “Para tudo” disse o médico, pois agora começava uma nova fase para toda a família.

Acompanhe neste post uma linda história de amor, esperança, superação e positividade de uma família brasileira que nos dá uma verdadeira lição de vida.

O início de uma história de superação

Em agosto de 2014, uma criança de apenas 4 anos, filha de um casal cliente da Cordvida, acordou no meio da tarde com ínguas aumentadas no pescoço. “Liguei para o médico, padrinho e pediatra da minha filha, que no mesmo dia a examinou, pediu uma bateria de exames e nos mandou para um cirurgião. Nada foi encontrado”, conta a mãe.

Como os caroços não sumiram, os pais resolveram fazer um exame geral na filha. “Ela fez um ultrassom do abdômen e a médica pediu o telefone do pediatra. Antes de fazer os demais exames, o padrinho dela ligou e contou que tinham encontrado um tumor no abdômen”. Essa frase mudou a vida da família para sempre.

Em menos de 72 horas, a criança foi diagnosticada com neuroblastoma. Internada, fez a primeira cirurgia para retirar o tumor e em seguida começou a quimioterapia. “Fomos pegos de surpresa. A doença estava em estágio avançado, já tinha entrado em metástase e, inclusive a medula tinha sido acometida”, explica a mãe.

Começava, nesse momento, uma longa batalha. A união, a força e o amor foram fundamentais para vencer cada fase da doença.

Sobre neuroblastoma

Apesar de se tratar de um câncer raro em adultos, na infância ele é um pouco mais provável de ocorrer. Este câncer se inicia em um tipo de célula neurológica chamada neuroblasto.

Os tipos de tratamento utilizados podem incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia, transplante de células-tronco e imunoterapia. Em muitos casos, mais de um tipo de tratamento é necessário.

O tratamento utilizando as células-tronco do cordão umbilical

Após o choque da descoberta da doença, o sentimento de impotência tomou conta dos pais. “Quando um filho está em tratamento é algo difícil de descrever”, ressalta.

Embora tivesse guardado as células-tronco, ainda não sabia qual a abordagem do tratamento e se poderia utilizá-las. Antes de optar pelo transplante, os médicos consideraram diversos fatores, como as características da doença, qual a melhor chance do paciente em diferentes tratamentos, entre outros.

No caso desta criança, como a doença estava avançada, vários órgãos já haviam sido impactados pelo câncer, inclusive a medula óssea. Todo o foco do tratamento inicial foi a quimioterapia e o auto-transplante de células tronco do sangue do cordão, que foi armazenado quando era um bebê. “Fomos informados que 99% das crianças não chegavam ao final do tratamento. Ficamos três anos apenas cuidando da medula e, graças a Deus, a nossa filha sobreviveu”.

Após um período de longas conversas com os médicos, internações e tratamento quimioterápico, em 2017, veio a sensação de alívio ao saber que o transplante poderia ser feito e era mais um passo importante para o tratamento da doença. “Melhor ainda foi saber que não teríamos dificuldades em encontrar alguém compatível para a cirurgia pois, as células eram dela mesma”, explica a mãe.

O transplante da criança foi autólogo, usando as células-tronco retiradas do sangue do cordão umbilical da própria criança na hora do seu nascimento. Essa abordagem vem sendo utilizada há mais de 20 anos no tratamento de doenças.

Além disso, as células estão imediatamente disponíveis. O transplante dessa cliente, por exemplo, foi realizada em setembro de 2017, no hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. O laboratório Cordvida que fica em São Paulo, enviou as células que estavam armazenadas diretamente para Curitiba, já que estavam prontamente disponíveis para a infusão. “Na utilização das células tive uma surpresa. A diretora médica da Cordvida falou com a médica responsável pelo transplante da minha filha e informou que não teve custo algum para o transporte das células”, relata a mãe ao lembrar de uma boa notícia em um momento tão delicado e tenso.

O transplante ocorreu sem intercorrências e a medula da criança já passou a funcionar normalmente. A família comemora todos os meses o “aniversário” da sua nova medula. Contudo, ainda há um longo caminho para a doença não fazer mais parte da rotina de todos.

Esse não parece ser um problema para os pais, já que superação é uma palavra que norteia toda a família.

“Durante o tratamento da nossa pequena, meu marido também adoeceu e precisou fazer um transplante no fígado. Em um ano passamos por duas situações tensas”, recorda a mãe da família.

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Uma nova vida para todos

Nada disso, entretanto, desanimou essa família. “Somos um grande time. Meu filho mais velho me deu muita força, meu marido também, nossos amigos e parentes ajudaram bastante”, afirma a mãe. E é assim mesmo que a família vem enfrentando essa fase de recuperação da sua caçula: com muita força e trabalho em equipe.

A primeira etapa foi superada com sucesso por todos. Claro que nem sempre foi fácil, mas os pais nunca desanimaram frente aos desafios. “São três anos de uma nova vida. Temos privações, mas, ao mesmo tempo, a nossa filha pode ter coisas que não teria se não fosse essa situação. Aprendemos a redirecionar o olhar e valorizar o que pode ser feito. Agora, após o transplante, por exemplo, achei máscaras decoradas para combinar com as roupas e montar um look bonito para ela”, conta a cliente da Cordvida.

Lidar com a doença de forma leve e amorosa foi fundamental para a criança não desistir nos momentos difíceis. Para ajudar no processo de perdas do cabelo, por exemplo, o pai escreveu o livro “Fada Pilara e Marujo Gadeinha”.

“Ela achou legal e adorou quando precisou cortar o cabelo por causa do tratamento. E até hoje ela não sofre com isso”, conta. Editada pelo Colégio Bom Jesus, além de ajudar a filha da família na época, a obra é distribuída gratuitamente nos hospitais para outras crianças na mesma condição.

Hoje, a caçula está com 8 anos e começa a voltar para a escola. A família ainda precisa visitar os médicos com frequência e ficar atenta a cada sinal do seu corpo. Mas a expectativa agora é que o tratamento termine. “Deus esperou o momento certo para que o transplante ocorresse. Não deu qualquer problema após o procedimento. Agora, estamos aguardando com muita fé os resultados dos exames e os próximos passos”, afirma a mãe.

A cliente da Cordvida sabe da importância da conscientização tanto dos pais quanto dos médicos sobre o processo de guardar células-tronco. Por isso, recomenda para todas as futuras mães que na hora do planejamento de chegada de um filho considerem seriamente armazenar esse material. “A medicina muda diariamente, então, é um recurso que melhora cada vez mais e pode beneficiar a criança. Que preço tem a vida de um filho? Não tem preço.”, conclui a mãe.

Quer saber mais sobre como as células-tronco do cordão umbilical têm ajudado no tratamento de outras famílias? Entre em contato com a Cordvida.

Categorias: Células-Tronco , Notícias

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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