A ultrassonografia é hoje um exame de fácil acesso para a maioria da população devido ao seu baixo custo e grandes benefícios diagnósticos. Utilizado para visualizar e avaliar órgãos internos e estruturas externas do corpo, seu uso é relativamente recente na medicina.
Embora o ultrassom tenha se desenvolvido durante as duas grandes guerras, os primeiros aparelhos apenas começaram a ser utilizados na área médica nas décadas de 1940 e 1950. O uso dessa ferramenta é cada vez mais amplo e o exame pode ser feito em diferentes partes do corpo: abdômen, articulações, mamas, nervos, coração, entre outros, sendo ainda um grande aliado do acompanhamento obstétrico e pré-natal.
Neste artigo vamos falar de um tipo específico de ultrassonografia: o ultrassom intravaginal. Trazemos para você informações sobre o que é esse exame, quando é indicado, qual sua importância para a saúde feminina e como ele é realizado. Confira!
O que é o ultrassom intravaginal?
O ultrassom intravaginal é o exame de ultrassonografia realizado pela via vaginal. Esse exame também pode ser chamado de endovaginal (dentro da vagina) e transvaginal (através da vagina). Ele é utilizado para avaliar os órgãos e estruturas pélvicas da mulher, como útero, trompas uterinas, ovários, endométrio, colo uterino, bexiga, intestinos, etc.
Quando o ultrassom intravaginal é indicado?
O ultrassom intravaginal permite visualizar, de forma mais próxima e com melhor nitidez, as estruturas dos órgãos pélvicos femininos. Entre suas indicações estão a investigação e acompanhamento em casos de suspeita de endometriose; o preparo, avaliação e acompanhamento da localização do DIU (Dispositivo Intrauterino, um método contraceptivo interno, implantando no útero); o rastreamento de nódulos e massas pélvicas, como mioma e câncer; esclarecimento de sangramentos anormais e problemas menstruais, entre outros diagnósticos.
Na medicina obstétrica, o ultrassom intravaginal é o primeiro a ser realizado, assim que o teste de gravidez é positivo , em geral a partir de 6 semanas de gestação. O objetivo principal é para avaliar as condições iniciais da gestação: se houve a implantação do embrião no útero, se o embrião está nas trompas, se a gravidez é gemelar ou única, conferir o tempo gestacional através da medida do tamanho do embrião (quanto mais precoceo exame, mais preciso será a datação da gestação), diagnosticar descolamento de placenta, etc. Ele também é utilizado como auxiliar durante o tratamento de fertilização assistida e na medida do colo uterino (investigação de incompetência istmo cervical).
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Como é utilizado o ultrassom intravaginal no tratamento de infertilidade?
Esse exame é um auxiliar no acompanhamento dos tratamentos de infertilidade e para o controle do crescimento dos folículos ovarianos após o uso da medicação para estímulo da ovulação. Esse controle deve ser feito a cada dois dias ou diariamente, de acordo com a avaliação clínica da paciente, para acompanhar o crescimento ovular e identificar os riscos do desenvolvimento da síndrome do hiperestímulo ovariano.
Como é feito o ultrassom intravaginal?
Para a realização do ultrassom intravaginal é utilizada uma sonda especial (transdutor) que será introduzida na vagina da mulher. Para proteger contra contaminações e infecções, essa sonda é recoberta com um preservativo. Também é utilizado um lubrificante, para reduzir o desconforto da paciente. É um exame indolor, mas que pode gerar algum desconforto para a mulher devido à manipulação da sonda na cavidade pélvica.
O exame pode ser realizado durante o período menstrual. No entanto, caso a mulher esteja usando um tampão menstrual deverá retirá-lo antes da realização do exame.
Em geral, não é necessário nenhum preparo específico para fazer esse exame. Exceto nos casos em que se deseja avaliar a existência de endometriose. Vamos falar dessa preparação no próximo tópico.
Como é feito o preparo para a realização do ultrassom intravaginal nos casos de endometriose?
Para as mulheres que vão fazer o ultrassom intravaginal para rastreamento, diagnóstico ou acompanhamento de endometriose o preparo começa no dia anterior ao exame. Nesses casos, é necessária uma limpeza intestinal para avaliar se a doença atingiu também esse órgão e qual a sua extensão.
Em geral, no dia do exame e no que o antecede, é necessário fazer uma dieta com alimentos mais leves, que produzam pouco resíduo intestinal, como sucos coados, chás, água de coco, gelatina, sopas ralas, pão, arroz, etc. Alimentos que aumentam a produção de gases intestinais e de bolo fecal, como leite e derivados, frituras, feijão e outros grãos e sementes, não devem ser consumidos.
Além da dieta, também será necessário tomar um medicamento com efeito laxante, sempre com orientação do médico que solicitou o exame. Beba bastante líquido para evitar a desidratação que o laxante pode causar. Na hora do exame não é necessário estar com a bexiga cheia.
Uma hora antes do exame também será necessário usar um laxante por via retal para limpar o intestino baixo. Essa limpeza é para eliminar os resíduos de fezes e gases nessa região, para ter uma melhor visualização de lesões do endométrio, principalmente nos intestinos e ovários.
Lembre-se sempre de conferir com a clínica onde fará o exame se há mais algum preparo específico, já que o procedimento pode variar de acordo com o local onde será realizado.
Qual a importância do ultrassom intravaginal?
O exame de ultrassom intravaginal é uma ferramenta de grande importância para a saúde feminina, podendo ser usado para prevenção, diagnóstico, controle e acompanhamento de diversas doenças que podem acometer a região pélvica das mulheres.
Nos casos de câncer de colo uterino, útero e ovários, por exemplo, o exame é utilizado em conjunto com outros, como o Doppler, para avalia o fluxo de sangue na região acometida pelo tumor. Com essa avaliação é possível identificar se há um padrão na formação de novos vasos sanguíneos que possam irrigar o tumor e indicar sua malignidade.
Quando o ultrassom intravaginal é contraindicado?
Esse exame não é indicado para mulheres que nunca tiveram relações sexuais e para aquelas que têm intolerância à introdução de equipamentos no canal vaginal.
Quais são os riscos do ultrassom intravaginal?
O ultrassom intravaginal é um exame seguro. Como todo ultrassom ele não emite radiação, já que as imagens se formam através dos ecos sonoros emitidos em alta frequência. Assim, ele pode ser repetido sempre que necessário, sem risco para a mulher ou para o embrião, nos casos do ultrassom obstétrico.
Após o exame não é necessário nenhum cuidado especial e a mulher pode retomar sua rotina normalmente.
Qual a duração do exame?
A duração do exame varia de acordo com os órgãos a serem avaliados e da extensão da pesquisa diagnóstica. Em geral, o mais comum é que não dure mais do que 20 minutos.
Agora que você já sabe o que é o ultrassom intravaginal e seus principais usos na saúde feminina, veja também quais são as 8 dúvidas comuns do ultrassom gestacional.
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