A reta final da gravidez é um momento de grande ansiedade para a futura mamãe e também para o papai e os familiares que esperam a chegada do novo membro da família. Além de ser um período de grande carga emocional, há desconfortos característicos dessa etapa que podem deixar a mulher mais sensível e com dores por todo o corpo. Alguns deles são esperados e inevitáveis, mas outros são sinais de alerta que demandam uma consulta rápida ao médico.
Neste artigo, listamos para você uma série de sintomas comuns e incomuns nos últimos dias da gravidez, falamos sobre os cuidados que você precisa ter nessa etapa e trazemos dicas para você relaxar e planejar o seu parto. Aproveite a leitura!
Quais são os sintomas comuns nos últimos dias da gravidez?
Alguns desconfortos do início da gestação podem retornar, como a azia e o cansaço, e alguns novos aparecem — especialmente, os relacionados ao peso do bebê, tamanho da barriga e maior sobrecarga sobre as articulações.
Os sintomas emocionais também podem deixá-la mais irritada, sensível e chorosa. A boa notícia é que, para a maioria das mulheres, os enjoos da gravidez já terão passado.
1. Desconfortos gastrointestinais
Má digestão, azia, refluxo, gases e prisão de ventre são comuns nos últimos dias da gravidez. Esses desconfortos são uma ação associada entre os hormônios — especialmente, a progesterona — e o crescimento da barriga, que acabam interferindo no funcionamento regular do sistema digestivo.
Os hormônios retardam o esvaziamento do estômago e relaxam a musculatura do diafragma, dificultando o fechamento das válvulas que impedem o retorno do suco gástrico para o esôfago, provocando a azia e a queimação. Eles também tornam o trânsito intestinal mais lento, favorecendo a produção de gases e dificultando a evacuação.
Com o bebê já crescido e ocupando todo o espaço disponível, há uma pressão sobre os órgãos da cavidade abdominal, que são empurrados para cima — reduzindo a capacidade do estômago, o que pode levar a refluxo. A pressão sobre os intestinos dificulta seu funcionamento, causando prisão de ventre.
Para evitar esses desconfortos, a grávida deve ficar de olho na alimentação, escolher alimentos leves e ricos em fibras, além de ingerir muito líquido para ajudar no trânsito intestinal. Se alimentar mais vezes e comer porções menores ajuda a prevenir a azia e má digestão.
Dica: A importância da alimentação saudável durante a gravidez
2. Inchaços, câimbras e varizes
Nos últimos dias, é comum haver um inchaço maior nas pernas e pés, em especial, nos tornozelos. Também podem aparecer câimbras e varizes devido à compressão das veias e artérias das pernas pelo peso da barriga sobre a pelve. Exercícios leves, como caminhada , ioga e hidroginástica ajudam a melhorar a circulação e reduzir esses incômodos. Caso haja necessidade seu médico pode receitar meias de compressão.
3. Problemas de pele
As manchas conhecidas como melasma e as espinhas na gravidez ainda podem maltratar sua pele nessa reta final. Usar protetor solar, lavar o rosto com frequência e evitar o excesso de maquiagem são medidas que ajudam a amenizar o problema, mas é preciso cuidado com o uso de cosméticos, já que muitos são contraindicados na gravidez. Tratamentos para a pele só poderão ser feitos após o nascimento do bebê.
As estrias na gravidez são outra novidade desagradável nessa fase. Muitas gestantes passam a maior parte da gestação sem que apareçam as listras na pele, mas, na reta final, com a pele já muito esticada, elas podem aparecer.
Evite coçá-las para não provocar feridas que podem ser porta de entrada para bactérias e microrganismos que causam infecções. Manter a pele hidratada é a melhor forma de amenizar a coceira e a extensão do problema.
4. Costas e virilhas doloridas
Não precisa se assustar se sentir pontadas e dores na virilha. Esse é um sintoma comum dessa fase, quando o bebê se encaixa na pelve em preparação para o parto, pressionando ainda mais essa região.
As dores nas costas, principalmente, na região lombar, são reflexos dessa movimentação e também do aumento do peso e da carga sobre as articulações. Seu eixo corporal está deslocado, projetando seu corpo para frente, o que também demanda mais da coluna e da musculatura lombar.
Fazer exercícios que fortaleçam essa região e buscar formas de relaxá-la, com massagens ou compressas mornas, auxilia na redução dos desconfortos. O uso de cinta de sustentação própria para gestantes também é uma boa opção.
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5. Insônia e dificuldades para dormir
Apesar da sensação de cansaço semelhante ao início da gestação, é comum haver dificuldade para dormir e até mesmo insônia na reta final da gravidez. Com a barriga muito grande, é difícil achar uma posição confortável para repousar, além da ansiedade que deixa a mamãe bastante inquieta.
É praticamente impossível dormir de barriga para cima e a recomendação é dormir virada para o lado esquerdo do corpo. Dessa forma, você evita comprimir a veia cava que passa pelo lado direito e leva oxigênio para você e o bebê. Quando essa veia é pressionada, você pode ter um grande mal-estar, com falta de ar, suor frio e enjoos.
6. Falta de ar
É comum no final da gestação a mulher sentir mais dificuldade para respirar, ficar ofegante e ter dificuldades para se movimentar. Além do peso extra, os pulmões também estão comprimidos devido ao crescimento da barriga, o que torna a respiração mais curta.
Evitar esforços desnecessários e usar roupas confortáveis que não apertem a barriga são cuidados que ajudam a melhorar a respiração.
7. Muita vontade de fazer xixi
No fim da gravidez, o útero ocupa uma parte do espaço destinado à bexiga, reduzindo sua capacidade de armazenamento. Com isso, ir ao banheiro com frequência é inevitável.
Algumas gestantes têm até perda involuntária de urina, porque, além do útero aumentado, os hormônios afrouxam a musculatura pélvica, enfraquecendo os músculos de sustentação do assoalho pélvico.
Para evitar e tratar a incontinência, uma boa dica é fazer fisioterapia ou pilates para fortalecer essa musculatura — o que também é importante para facilitar o trabalho de parto normal, especialmente, durante a fase de expulsão do bebê.
8. Contrações de treinamento (Braxton Hicks)
Nem todas as grávidas têm as famosas contrações de treinamento, mas elas são muito comuns de ocorrerem no final da gestação, embora possam começar mais cedo. Para as mamães de primeira viagem, elas podem ser confundidas com os sinais de trabalho de parto, porém, são bem diferentes.
Ficando tranquila, você consegue distingui-las daquelas que indicam que o bebê já vai nascer. As principais diferenças entre as contrações de Braxton Hicks e as de trabalho de parto são a duração, intensidade e ritmo.
Nas contrações de treinamento, a gestante sente a barriga endurecer e pode até sentir dores semelhantes às cólicas, mas elas são de curta duração, e passam se você mudar de posição ou tomar água. Já as contrações do trabalho de parto são ritmadas, dolorosas e aumentam de intensidade ao longo do tempo, não havendo alívio até o bebê nascer.
Dica: Você sabe como identificar as contrações de Braxton Hicks?
Quais são os sintomas incomuns na reta final da gravidez?
É normal haver um aumento dos desconfortos na reta final da gravidez, porém, a gestante deve ficar alerta a alguns sinais que podem indicar que algo não está bem e é preciso procurar ajuda médica. Veja alguns deles.
1. Sangramento vaginal
Perceber um pouco de sangue na calcinha nos últimos dias da gravidez é comum. Uma das razões para esses pequenos rastros de sangue é a perda do tampão mucoso, uma secreção espessa que protege a entrada do útero durante a gravidez e se solta quando o parto se aproxima. A perda do tampão não significa trabalho de parto iminente, pois ele pode se soltar dias ou horas antes do parto.
O sangramento vaginal é preocupante quando ocorre em maior volume, é contínuo e tem cor intensa, podendo indicar um descolamento da placenta e a necessidade de uma cesárea de emergência. Quando há um descolamento da placenta, o bebê pode ficar sem receber oxigênio e nutrientes e entrar em sofrimento fetal. Diante de um sangramento, fale com seu obstetra e vá imediatamente para a maternidade.
2. Alterações na urina
Dor ao urinar, cheiro forte e cor escura da urina são indicações de infecção urinária. Para as grávidas, essa é uma condição particularmente preocupante, pois pode afetar o bebê e desencadear o parto prematuro.
Se tiver esses sintomas, fale com seu médico, para que ele possa indicar o melhor tratamento para evitar a contaminação do bebê ou problemas durante o parto. A infecção urinária durante a gravidez é um risco para o rompimento prematuro da bolsa.
3. Perda de líquido
A perda de líquido nos últimos dias de gravidez também merece atenção, sendo que um grande volume de líquido perdido é sinal de que a bolsa estourou. O rompimento da bolsa ou bolsa rota nem sempre significa que a mulher entrou em trabalho de parto, e, normalmente, a gestante ainda não tem contrações ou qualquer outro sintoma, apesar da perda de líquido amniótico.
Se sua bolsa estourar ou você perceber que está perdendo líquido, vá para maternidade para ser avaliada por um médico. Com o diagnóstico da bolsa rota, o obstetra pode induzir o parto ou fazer uma cesárea, de acordo com a avaliação clínica.
É importante ter em mente que há risco de infecção para o bebê quando o parto não acontece após 12 horas do rompimento da bolsa, pois as bactérias do canal vaginal podem subir para o útero e afetar o bebê, que não está mais protegido pela membrana que forma a bolsa.
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4. Ausência de movimento do bebê
No final da gravidez, é normal que o bebê se mexa menos do que no segundo trimestre. Além da falta de espaço, ele já pode estar encaixado na pelve materna, em posição para o nascimento, o que restringe mais seus movimentos.
No entanto, se você não sentir seu bebê se mexer por mais de 6 horas, a recomendação é falar com o obstetra, para que ele avalie se está tudo bem. A ausência de movimentos do bebê pode indicar alguns problemas que precisam de intervenção médica, como a falta de oxigenação adequada.
Quando o bebê recebe menos oxigênio do que o necessário, o organismo direciona a oxigenação para os órgãos mais vitais, como cérebro e coração, reduzindo a oxigenação dos órgãos menos nobres, como os tecidos musculares, fazendo o bebê ficar mais quietinho. A falta de oxigenação adequada pode levar à danos ao bebê se for prolongada.
Além da baixa oxigenação, outras situações que reduzem o movimento fetal e requerem atenção médica são: baixo volume de líquido amniótico, redução do fluxo sanguíneo da mãe para o bebê e descolamento de placenta.
Se perceber que seu bebê está se mexendo menos que de costume, coma algo doce para aumentar a glicose no sangue e veja como ele reage. Você também pode usar outros estímulos como conversar com ele e passar a mão na barriga. Se o bebê permanecer quietinho por muitas horas, fale com seu obstetra.
Quais cuidados devem ser tomados no fim da gravidez?
O fim da gravidez exige algumas adequações na rotina e uma redução no ritmo para se preparar para a chegada do bebê, que está cada dia mais próxima. Em uma gestação saudável, não há recomendações extraordinárias, mas alguns cuidados ajudam a aliviar os desconfortos, reduzir a ansiedade e evitar sustos e complicações.
Dica: Veja os principais hábitos que você deve mudar para ter uma gravidez saudável
1. Alimentação
Não há exatamente restrições alimentares no final da gravidez — exceto, se você tiver desenvolvido diabetes gestacional —, mas é bom evitar alimentos gordurosos e muita proteína, que são mais difíceis de serem digeridos e aumentam a azia na gravidez.
2. Licença-maternidade
Algumas mulheres trabalham até os últimos dias da gravidez, mas é bom ficar atenta ao seu bem-estar e evitar esforços excessivos que possam causar fadiga, irritação, te colocar em trabalho de parto antes do esperado ou trazer complicações. É preciso um cuidado redobrado para evitar quedas, já que suas articulações estarão mais frouxas e o corpo projetado para frente.
A decisão de quando se ausentar do trabalho é de cada gestante. Converse com seu obstetra sobre o melhor momento para sair de licença-maternidade. A regra geral é de 120 dias de afastamento (4 meses), mas há empresas que concedem 180 dias (6 meses).
3. Exercícios físicos
Se você estiver bem e seu médico liberar, não há restrições em continuar a fazer os exercícios físicos. No entanto, é importante reduzir o ritmo. Quanto mais você se exercitar, maiores serão as contrações e você pode entrar em trabalho de parto mais cedo.
É preciso estar atenta para não sobrecarregar demais o corpo com atividades de grande impacto. O mais indicado são atividades leves, como ioga, pilates, hidroginástica e caminhadas. Elas vão te ajudar a relaxar e manter a sensação de bem-estar sem cansar demais.
4. Relações sexuais
As relações sexuais estão liberadas no final da gravidez, a menos que haja alguma restrição médica. Se você já ouviu falar que o sexo estimula o parto, saiba que é verdade, mas não é motivo para preocupação com um parto prematuro.
De fato, o sêmen tem uma substância chamada prostaglandina, que estimula as contrações uterinas, no entanto, para ter um efeito capaz de adiantar um parto, é preciso que as relações sejam frequentes e regulares — o que é improvável nessa reta final, quando há uma queda na libido da mulher e o tamanho da barriga dificulta encontrar uma posição confortável.
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Como relaxar no final da gravidez?
O cansaço e a dificuldade para dormir, aliados à ansiedade e certa preocupação com o parto, deixam as grávidas bem tensas no final da gravidez. Há aquelas que já não aguentam mais carregar a barriga e há outras que acham que o tempo passou rápido demais, e elas gostariam de mais alguns dias para finalizar os preparativos para a chegada do bebê.
Tudo isso movimenta um turbilhão de emoções e é preciso encontrar formas de relaxar para passar por essa fase da forma mais tranquila possível e receber o seu pequeno com disposição e alegria. Abaixo, listamos algumas dicas para ajudá-la a relaxar e aliviar as tensões dessa reta final da gravidez.
1. Durma sempre que possível
Dormir não é fácil nos últimos dias da gravidez. Há uma grande sensação de calor, a barriga dificulta achar uma posição e respirar bem, e ainda tem aquele cansaço. Por isso, sempre que for possível, se entregue a uma boa noite de sono ou soneca no meio do dia. Dormir te ajuda a relaxar e descansar, deixando o bebê mais tranquilo, afinal, ele também sente toda a sua ansiedade.
2. Faça escalda-pés e massagem nas pernas
Os pés e tornozelos inchados pesam bastante e um escalda-pés com uma massagem nas pernas vai ajudá-la a relaxar e dissipar a tensão dessa região do corpo, melhorando a circulação e aumentando a sensação de bem-estar. Uma bacia com água morna e sachês de chás de camomila, erva-doce ou produtos com cheirinho de bebê certamente vai ajudá-la a relaxar e curtir as emoções dos últimos dias, dissipando as tensões.
É também um carinho gostoso e um momento de intimidade do casal, que pode aproveitar a ocasião para curtir o final desse período de espera e compartilhar as ansiedades. Não podemos esquecer que, para o papai, também é uma grande mudança a proximidade do parto.
3. Ouça músicas calmas e relaxantes
Se acomode da forma mais confortável possível, feche os olhos e se entregue a uma música calma, que transmita tranquilidade e paz, acalmando os pensamentos e as tensões. Você pode colocar essa música enquanto faz o escalda-pés, se deixando relaxar completamente e até dormir um pouco se tiver vontade.
4. Faça passeios sozinha ou em boas companhias
Uma caminhada leve por parques, praças e outros lugares agradáveis ao ar livre é uma boa forma de relaxar na reta final da gravidez. Caminhe no seu ritmo, ouvindo os sons da natureza à sua volta, sem pressa.
Desfrute da boa companhia de amigos para tomar um café da tarde, conversar um pouco e falar de outras coisas além da gravidez e do parto. Você pode aproveitar esses dias para ir ao cinema, ao teatro ou outro espetáculo cultural. Após o nascimento do bebê, esses programas vão ficar em pausa por um tempo.
5. Assista TV
Se faltar disposição para ir ao cinema, você pode ver um filme ou seriado em casa mesmo, na TV ou no computador. A dica é evitar notícias e programas que lhe deixem mais tensa, ansiosa e preocupada com o parto. Programas de entretenimento, filmes leves e documentários sobre como cuidar do bebê podem ser opções bem mais interessantes e relaxantes.
6. Prepare os últimos detalhes do enxoval
Organizar as coisas do filhote é uma boa forma de reduzir a ansiedade do final da gravidez. Ver as roupinhas escolhidas com tanto carinho organizadas e preparadas vão deixar você mais segura quanto aos preparativos, podendo ver se está faltando alguma coisa e providenciar com calma.
É um bom momento para deixar as malas da maternidade prontas — a sua e a do bebê. Verifique na maternidade o que será preciso levar, para evitar volumes desnecessários. Muitos hospitais disponibilizam toalhas para a mamãe e usam roupas da instituição enquanto o bebê está internado.
Dica: O que levar para a maternidade para garantir o seu conforto?
Como devo planejar o parto?
Você já ouviu falar em plano de parto? Ele é um documento em que a mulher detalha os procedimentos que gostaria de ter durante o trabalho de parto e serve como guia para a equipe da maternidade atender, sempre que possível, aos desejos da grávida. É também um roteiro importante para a futura mamãe planejar ao máximo como deseja o grande dia e ir se tranquilizando.
Nesse documento, você define a maternidade em que deseja ter o seu bebê, ou se vai optar por um parto domiciliar. Em ambas as alternativas, é importante testar os caminhos e conhecer a distância e o tempo de deslocamento de casa até o hospital, para evitar complicações em caso de urgência.
Você também indica nesse roteiro se deseja ou não anestesia durante o trabalho de parto, se quer alternativas não medicamentosas para alívio da dor, como banho morno, uso de bola e outros acessórios.
É possível definir ainda se tem preferência pela posição em que quer ter o bebê — a ginecológica é a mais conhecida, mas não é a única e você pode, por exemplo, optar pelo parto de cócoras, com quatro apoios ou em uma banheira, se a equipe médica que lhe atender fizer esse tipo de parto.
É importante também que você faça um planejamento financeiro para o parto. Os planos de saúde com obstetrícia cobrem os procedimentos do parto com a equipe plantonista, mas, se você optar pela exclusividade do seu obstetra, é comum que seja cobrada uma taxa de disponibilidade. Verifique antes com seu médico para não ter surpresas.
É muito importante que todos estes itens acima sejam discutidos com o obstetra da sua escolha, para que os riscos sejam avaliados e considerados no planejamento do parto. Muitas vezes, dependendo do paciente, das complicações possíveis e das alterações durante o pré natal, essas escolhas podem ser inviabilizadas.
1. Escolha da doula
Também é no plano de parto que você indica se terá uma doula para auxilia-la durante o parto. Lembrando que toda gestante tem direito, previsto em lei, a um acompanhante durante todo o tempo em que estiver na maternidade — ao longo do trabalho de parto e também no pós-parto.
Algumas maternidades disponibilizam uma doula da própria instituição, o que não impede que você contrate uma profissional de sua confiança. No entanto, é preciso verificar se o hospital considera a doula uma acompanhante, ou pede um cadastro prévio para que ela possa auxiliá-la no dia do parto e se o obstetra está de acordo.
Veja como hábitos e atitudes saudáveis podem proporcionar uma experiência segura para você e seu bebê.
2. Flexibilidade do plano de parto
Apesar de ser um guia, o plano de parto não pode ser rígido, pois o processo do parto pode trazer situações imprevistas, em que algumas de suas escolhas podem não ser possíveis e outras intervenções, como uma cesárea ou uso de fórceps, podem ser necessárias para garantir o seu bem-estar e o do bebê.
Após fazer seu plano de parto, converse sobre ele com o seu obstetra para que vocês decidam em conjunto as melhores práticas de acordo com seu estado clínico e as expectativas para o seu parto.
3. Escolha pelo armazenamento de células-tronco do cordão umbilical
É também na fase de planejamento do parto que a família deve decidir sobre o armazenamento das células-tronco do cordão umbilical do bebê. Essa é uma decisão muito importante e de longo prazo, que oferece ao seu bebê mais opções de tratamento, caso ele ou um familiar compatível venha a precisar de um tratamento com células-tronco.
É importante dizer que, atualmente, mais de 80 doenças já são tratadas com essas células e outras pesquisas estão em desenvolvimento para ampliar seu uso em terapias de condições graves, como: o autismo, paralisia cerebral, diabetes, doenças cardíacas e muitas outras. A coleta do material é feita logo após o nascimento, sem nenhuma interferência no trabalho de parto. É indolor e totalmente segura para o bebê e para a mamãe.
O grande dia está chegando e, com alguns cuidados, você vai passar com toda a tranquilidade possível por esses últimos dias. Logo, você terá seu bebê nos braços e todos os desconfortos e sintomas serão esquecidos, dando lugar a novas descobertas com o recém-nascido em casa.
Planeje tudo com carinho e atenção e garanta ao seu filho o melhor que puder oferecer em seu futuro. E não deixe de falar com o seu obstetra sobre qualquer sintoma diferente ou dúvida que tiver na reta final da gravidez.
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Categorias: Terceiro trimestre de gravidez
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A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.