Também conhecida como “hormônio do amor”, a ocitocina (ou oxitocina) é um hormônio naturalmente produzido no nosso corpo, responsável por fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho. A ocitocina também dá início e continuidade às contrações do útero durante o trabalho de parto e à liberação do leite durante a amamentação.
Existe também a ocitocina sintética, que é utilizada em situações em que o hormônio natural produzido não é suficiente para iniciar o trabalho de forma natural e ou para ajudar a regularizar as contrações quando elas não estiverem evoluindo de forma adequada.
Dá pra ver a importância da ocitocina no trabalho de parto, não é mesmo? Então, você gostaria de saber mais detalhadamente sobre como esse hormônio atua? Continue a leitura!
A ação da ocitocina
No trabalho de parto
Como já comentamos, a ocitocina é o hormônio responsável por várias ações essenciais para que o trabalho de parto aconteça. E, como toda ação hormonal no nosso corpo, a ocitocina também atua ativando receptores específicos para ela, que vão desencadear a ação.
Quando a gravidez se inicia, ainda não existem receptores para a ocitocina — esses receptores vão se desenvolvendo no útero e em outros locais do corpo ao longo da gestação. No momento do trabalho de parto, a ocitocina se liga a esses receptores, levando à contração do músculo uterino e ao relaxamento do colo do útero, de modo a facilitar a saída do bebê.
Ainda não se sabe ao certo o que estimula a liberação da ocitocina para o início do trabalho de parto. No entanto, acredita-se que o fato se deve a algum estímulo hormonal liberado pelo bebê ainda no útero.
Na amamentação
Da mesma forma que no útero, a ocitocina atua em receptores nas glândulas mamárias, que se contraem e auxiliam na ejeção do leite armazenado. O toque do bebê nos mamilos, a pega correta e o próprio ato de sugar feito pelo bebê no momento da amamentação estimula a produção de ocitocina pelo corpo, levando a uma maior liberação de leite.
Na relação mãe e bebê
Como comentamos no início do texto, a ocitocina também é conhecida como o “hormônio do amor”, pois é a responsável por estreitar a afeição entre mãe e bebê logo após o parto. A ocitocina proporciona uma profunda sensação de relaxamento materno e prazer, uma vez que atua em locais do nosso cérebro que estão ligados às emoções. É por isso que as mães se entregam tanto aos bebês durante o período de lactação.
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Ocitocina sintética: vantagens e desvantagens
A ocitocina é um hormônio naturalmente produzido pelo nosso corpo durante o trabalho de parto, que continua a ser produzida durante a amamentação e possui as diversas funções já mencionadas. No entanto, quando a mãe, por algum motivo, não consegue produzir ocitocina suficiente ou possui problemas para iniciar o trabalho de parto, o médico pode prescrever um medicamento contendo a ocitocina sintética para auxiliar nesse momento.
A utilização da ocitocina sintética possui benefícios e riscos que devem ser levados em consideração no momento do uso.
Benefícios
Confira os benefícios da ocitocina sintética:
- dar início ao trabalho de parto quando ele não ocorre naturalmente;
- regularizar e ritmar as contrações para que sejam mais efetivas;
- contrair o útero após o trabalho de parto e evitar hemorragias.
A utilização da ocitocina sintética também permite que uma mulher que possua alguma doença grave ou alguma situação de risco possa interromper a gravidez em casos de necessidade. Esse fato promoveu um grande progresso no cuidado com as gestantes.
No entanto, apesar de tentador, o uso indiscriminado desse medicamento pode causar disfunções em partos que ocorreriam tranquilamente com o hormônio natural e trazer também muitas complicações para a mãe e bebê.
Riscos
Veja os riscos da ocitocina sintética, quando utilizada de forma inadequada:
- aumento do risco de rotura do útero (pacientes com cesariana anterior);
- contrações mais dolorosas;
- aumento do risco de baixa oxigenação do bebê;
- náuseas e vômitos;
- indução de parto prematuro;
Como todo medicamento, as vantagens, desvantagens e a real necessidade de sua utilização devem ser avaliadas primeiramente por um médico. Existem também condições em que seu uso é desaconselhado, por exemplo, quando a paciente tem alergia a algum componente da formulação. Procure sempre a orientação profissional antes de tomar qualquer decisão!
Dicas para aumentar naturalmente a produção de ocitocina
Existem formas de estimular a produção natural de ocitocina pelo corpo e, assim, evitar que seja necessário o uso do hormônio sintético. São práticas simples que podem ser adaptadas ao dia a dia da mulher. Veja como.
Sexo
O ato sexual produz hormônios semelhantes à ocitocina, responsáveis pela sensação de prazer. O próprio contato físico com o parceiro, desde carícias, abraços e beijos, já é suficiente para aumentar a produção de ocitocina rapidamente.
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Estímulo dos mamilos
Quando os mamilos são estimulados, ato que mimetiza a sucção do bebê, a produção da ocitocina no corpo da mulher também aumenta.
Acupuntura
Prática já utilizada em países asiáticos por muitos anos, a acupuntura estimula também a produção de ocitocina pelo corpo. Sessões regulares ao longo da gravidez e principalmente nos períodos anteriores ao parto podem ajudar bastante.
Para otimizar o efeito, busque por terapeutas que já estejam acostumados a trabalhar com gestantes.
Prática de boas ações
Compaixão, generosidade, honestidade e boas ações em geral também são capazes de aumentar os níveis de ocitocina, uma vez que essas atitudes causam boas sensações no corpo. Essas ações são interpretadas pelo cérebro como sendo benéficas, estimulando, assim, uma maior produção desse hormônio.
A ocitocina é um hormônio fundamental, que desempenha diversas funções no corpo — principalmente as relacionadas à reprodução. O maior desafio, no entanto, é evitar que a fisiologia de nossos cérebros e corpos sejam substituídos pelo uso exagerado de medicamentos.
Por fim, lembre-se sempre de procurar a orientação do seu obstetra para saber quais são as opções mais adequadas para o seu caso.
Gostou do nosso texto sobre a ocitocina no trabalho de parto? Para continuar aprendendo, leia, a seguir, sobre os principais eventos que são considerados sinais de parto!
Categorias: Saúde na gravidez , Tipos de parto / Pós parto
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