Células-Tronco

Entenda como é feito o processo de armazenamento das células tronco

Neste artigo, entenda como acontece todo o processo de armazenamento das células-tronco do cordão umbilical. Para sanar algumas informações importantes, listamos algumas explicações para você. Confira!

Armazenamento das células-tronco do cordão umbilical

A possibilidade de armazenar as células-tronco retiradas do cordão umbilical logo após o parto tem sido muito discutida nos últimos tempos. Quando um médico obstetra questiona os pais se eles desejam ou não guardar o material genético de seus filhos para que o mesmo possa servir como fonte de tratamento de inúmeras doenças futuras, surgem muitas dúvidas. Veja as respostas para as principais dúvidas a seguir:

O que são células-tronco e para que servem?

A primeira coisa que uma pessoa precisa saber é com o que está lidando e quais as vantagens de se investir no armazenamento desse material. As células-tronco dão origem às células adultas que constituem os tecidos e órgãos do nosso corpo. É justamente por causa dessa capacidade de regeneração e reparação que as células-tronco podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças e estão em estudo para o tratamento de várias outras. A segunda coisa é que existem dois tipos de células que podem ser coletadas no momento do parto:

Dica: 10 dúvidas que as futuras mamães têm sobre a coleta de células-tronco!

Células-tronco do sangue do cordão umbilical

Essas células são usadas como terapia consagrada há mais de 30 anos, podendo ser usadas para tratar diversas doenças de origem sanguínea e relacionadas ao sistema imunológico. Atualmente, existem mais de 80 doenças que já foram tratadas com o auxílio dessas células, como as leucemias e linfomas. Além disso, várias outras se encontram em estudos avançados, tais como: paralisia cerebral e doenças autoimunes.

Células-tronco do tecido do cordão umbilical

São pesquisadas para o tratamento de diversas doenças, como as cardíacas, diabetes e lesões esportivas. Pesquisas também mostram maior eficiência de transplantes de medula quando as células-tronco de tecido do cordão são usadas em conjunto com as células-tronco do sangue, apresentando uma melhora de até 6 vezes na velocidade de recuperação (pega) da medula.

No vídeo a seguir, entenda o que são as células-tronco mesenquimais e saiba porque guardá-las.

Quem faz a coleta?

A coleta do sangue ou do tecido do cordão pode ser realizada pelo próprio obstetra ou por enfermeiros. Ela ocorre depois do nascimento do bebê, após o cordão ter sido clampeado e cortado, podendo ser realizada em partos normais ou cesarianas, de forma indolor e segura tanto para a mãe quanto para o bebê.

O sangue coletado é, então, colocado em uma bolsa própria, refrigerado e encaminhado para o laboratório. Lá ele é submetido a múltiplas etapas de processamento para a obtenção do maior número possível de células-tronco. Em seguida, as amostras com as células-tronco do sangue são armazenadas em tanques separados de nitrogênio líquido a uma temperatura de -196ºC. Esse método é chamado de criopreservação.

No caso do tecido do cordão, o maior segmento do cordão umbilical é coletado, acondicionado em um frasco estéril e encaminhado ao laboratório. Lá chegando, o material pode ter as células isoladas e congeladas, deixando-as prontas para o uso futuro. Alternativamente, o material pode ser congelado como um todo, sem nenhum tipo de manipulação para separar as células-tronco. Vai depender do procedimento de cada laboratório.

Dica: O que leva os pais a armazenarem células-tronco dos seus bebês

Há riscos para a saúde da mulher ou do bebê?

Não. A coleta do sangue do cordão umbilical não causa dor e tampouco traz riscos para a mãe ou bebê. O sangue de cordão umbilical é coletado imediatamente após o nascimento do bebê e sua completa separação do cordão umbilical.

A coleta pode ser feita tanto em partos normais como em cesarianas, através de um procedimento indolor. Não há necessidade de procedimentos anestésicos ou de incisões adicionais no corpo da mãe ou do bebê. É um material muito rico e que quando não armazenado, acaba sendo jogado fora.

Há contraindicação?

Não. Qualquer pessoa pode optar por colher e armazenar as células-tronco e guardá-las para uso futuro. A coleta pode ser realizada a partir da 32ª semana de gestação.

Quanto tempo as células-tronco podem ficar guardadas?

A literatura científica já relatou que células do sangue do cordão umbilical armazenadas com técnicas de criopreservação há mais de 23 anos mantiveram características funcionais e de viabilidade adequadas para o uso em transplantes, ou seja, isso sugere que quando coletadas e acondicionadas de maneira correta, sua durabilidade e usabilidade podem ultrapassar décadas.

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Entenda como é feito o processo de armazenamento das células tronco

Valor do investimento

O valor do investimento é normalmente composto por:

  • Uma taxa para cobrir os custos da coleta e do processamento, incluindo o procedimento no hospital, o material, o transporte, o processamento no laboratório e todos os testes.
  • Uma taxa de armazenamento das células-tronco que, em geral, é paga anualmente.

Não há um preço fixo tabelado para a coleta e armazenamento de células-tronco. Isso pode variar muito de acordo com o tipo de célula a ser armazenada, com a técnica de criopreservação, com a região que a pessoa mora e da distância do transporte a ser realizado entre o hospital e o laboratório.

Você pensa em realizar o armazenamento das células-tronco do cordão umbilical do seu bebê? Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato conosco!

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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