Células-Tronco

10 dúvidas que as futuras mamães têm sobre a coleta de células-tronco!

Muitas grávidas e futuras mamães se interessam em armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus filhos, visando à possibilidade de seu uso futuro para tratar doenças, mas possuem muitas dúvidas e questionamentos sobre o assunto. Para ajudar a esclarecer um pouco e tranquilizar os pais sobre o processo, listamos e respondemos 10 dúvidas sobre a coleta de células-tronco. Confira!

O que são células-tronco?

As células-tronco dão origem às células adultas que formam os tecidos e órgãos do nosso corpo. Elas têm a capacidade única de autorrenovação e divisão constantes, o que contribui para a reparação de tecidos danificados ou para a substituição de células que vão morrendo.

É justamente por causa dessa capacidade de regeneração e reparação que as células-tronco podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças e estão em estudo para o tratamento de várias outras.

Dica: Como funciona a coleta de células-tronco para cada tipo de parto

Qual a importância das células-tronco do cordão umbilical?

O cordão umbilical é muito rico em células-tronco adultas em sua fase mais primitiva, quando há maior potencial de formação de outros tipos celulares e, consequentemente, um amplo leque de aplicações terapêuticas.

As células-tronco encontradas no cordão umbilical podem ser extraídas do sangue (células hematopoéticas) e do tecido do cordão umbilical (células mesenquimais). Apesar de diferentes, ambas apresentam menos chances de terem sofrido qualquer exposição a vírus, bactérias e ao meio ambiente. Isso garante maior eficiência terapêutica e um menor risco de complicações, no caso de uso.

As células-tronco hematopoéticas já são usadas há mais de 20 anos no transplante de medula óssea em pacientes com doenças sanguíneas graves, como: leucemias, anemias e imunodeficiências. Encontra-se também na fase de ensaios clínicos a possibilidade de recorrer ao sangue do cordão umbilical para tratamento, por exemplo, de lesões da medula espinhal, paralisia cerebral, doença vascular periférica e perda adquirida de audição.

Já as células-tronco mesenquimais podem dar origem às células dos diferentes tecidos do corpo humano e são as mais estudadas, hoje em dia, no campo de medicina regenerativa. Investiga-se o uso terapêutico das células-tronco mesenquimais para o tratamento de doenças como diabetes (tipo I e II), cirrose hepática, doenças cardíacas, Alzheimer, câncer de mama e lesões esportivas.

Diversos tratamentos com células-tronco do cordão umbilical já foram realizados em todo o mundo. Saiba mais no vídeo a seguir.

Como é feita a coleta das células-tronco do cordão umbilical?

A coleta de sangue do cordão umbilical ocorre após o nascimento do bebê e após o cordão ter sido clampeado e cortado. O sangue é extraído do cordão, coletado e colocado em uma bolsa própria, que é transportada até o laboratório para ser processada.

O processo de coleta das células mesenquimais também é muito simples. Basta recolher o maior segmento do cordão umbilical e colocá-lo em um frasco estéril. A bolsa com o sangue e o frasco com o tecido seguem juntos para o laboratório, onde este material será processado, isolando-se as células-tronco para serem em seguida congeladas. Todo esse processo ocorre em menos de 48 horas.

Dica: Células-tronco: como elas atuam no tratamento de doenças

Como as células-tronco do cordão umbilical são armazenadas?

Ambos os tipos de células-tronco do cordão, mesenquimais e hematopoéticas, são armazenadas através da criopreservação, ou seja, preservação por congelamento. O procedimento consiste em congelar as células-tronco em tanques de nitrogênio líquido, com temperatura controlada de -196ºC. Essas condições de armazenamento conservam a integridade das células por longos períodos e permitem que estas células estejam disponíveis no futuro para que, em caso de necessidade, possam ser imediatamente utilizadas.

Dica: Tudo que você precisa saber sobre células-tronco

Por quanto tempo as células-tronco podem permanecer armazenadas?

A ciência estima que as células-tronco do cordão umbilical possam permanecer armazenadas por tempo indeterminado, até que haja necessidade de utilização. Como a técnica da criopreservação é relativamente nova, artigos científicos recentes relataram a viabilidade de células-tronco do cordão umbilical criopreservadas há mais de 23 anos, pois mantiveram características funcionais e de viabilidade adequadas para o uso em transplantes.

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10 dúvidas que as futuras mamães têm sobre a coleta de células-tronco!

A coleta das células-tronco é segura?

Tanto no procedimento adotado para as células hematopoéticas quanto para as mesenquimais, a coleta é feita após o nascimento do bebê e de sua completa separação do cordão umbilical. O procedimento, portanto, é seguro para o bebê e para a gestante. Trata-se do aproveitamento de um material rico que seria descartado.

Dica: Células-tronco: como elas atuam no tratamento de doenças

A coleta das células-tronco é indolor?

Como a coleta das células é feita após o nascimento do bebê e de sua separação do cordão umbilical, o procedimento é indolor para a mãe e para a criança.

A coleta pode ser realizada em qualquer tipo de parto?

A coleta de células-tronco do cordão umbilical pode ser realizada em partos normais ou em cesarianas. Em ambos, os procedimentos são os mesmos, igualmente indolores e seguros.

A coleta pode ser feita em prematuros?

Sim. A coleta de células-tronco do cordão umbilical pode ser realizada a partir da 32ª semana de gestação.

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As células-tronco armazenadas podem ser utilizadas por outros membros da família?

Caso haja necessidade de utilização de células-tronco por outros membros da família, as células armazenadas poderão ser utilizadas desde que sejam compatíveis com o paciente que irá recebê-las.

Você possui outras dúvidas sobre a coleta de células-tronco do cordão umbilical? Entre em contato conosco.

Categorias: Células-Tronco , Gravidez

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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