Células-Tronco

Confira o passo a passo da coleta das células-tronco do cordão umbilical

As células-tronco são células com capacidade de autorreplicação e diferenciação, e dão origem às células adultas que constituem os tecidos e órgãos do nosso corpo.

No cordão umbilical, podem ser encontrados dois tipos de células-tronco: as do sangue (chamadas hematopoéticas), que dão origem a todas as células do sangue, e as do tecido (chamadas mesenquimais), que dão origem a cartilagens, ossos, músculos, tendões e gordura.

Cada uma dessas células tem uma capacidade específica de se transformar em outras e, assim, ser usada no tratamento de doenças específicas.

O uso das células-tronco do sangue do cordão umbilical no tratamento de doenças sanguíneas foi estabelecido há mais de 30 anos, sendo atualmente utilizado no tratamento de mais de 80 doenças, principalmente leucemias, falência medular, anemias, doenças de metabolismo e imunodeficiências.

As células do tecido começaram a ser utilizadas pela ciência mais recentemente do que as do sangue e elas ainda não chegaram à prática médica, mas as pesquisas em diversos centros investigam seu uso no tratamento de doenças extremamente comuns na nossa população, como diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, cirrose hepática, infarto do miocárdio, esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer, autismo, câncer de mama, queimadura e lesões esportivas.

Dica: Células-tronco do cordão umbilical: quais doenças podem ser tratadas?

Além disso, um importante ensaio clínico demonstra que a célula-tronco do sangue do cordão umbilical é capaz de se expandir em até 12,2 vezes, quando colocadas em cultura junto com células-tronco mesenquimais. Isto contribuiu para a recuperação 37,5% mais rápida da medula óssea em tratamento.

Por isso, no post de hoje, explicaremos o passo a passo da coleta de células-tronco do cordão umbilical. Confira!

Passo a passo da coleta das células-tronco do cordão umbilical

1 – Escolha do banco de armazenamento

Escolher o laboratório ou banco de armazenamento ideal pode parecer fácil, mas requer algumas orientações às quais vocês, pais, devem estar atentos.

Caso tenha uma opção em mente, busque informações sobre os padrões de qualidade da empresa (relacionados ao transporte, processamento e armazenamento do material). É importante verificar se o banco possui auditorias e certificações internacionais de órgãos renomados e independentes. Além disso, certifique-se em relação à sua estabilidade financeira e pesquise se a mesma possui certificação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Caso não tenha nenhuma opção de laboratório ou banco de armazenamento, busque indicações de pessoas confiáveis que já utilizaram esse serviço, como seu médico, amigos ou familiares.

Assista ao vídeo a seguir e saiba porque as certificações internacionais são importantes na hora de escolher um banco de armazenamento de células-tronco do cordão umbilical para guardar esse material.

2 – Contato com o banco

No dia do parto, o laboratório ou banco de armazenamento contratado deverá ser contatado pelo cliente, para que a equipe seja devidamente direcionada ao local do parto, onde será feita a coleta do material.

3 – Como é feita a coleta

A retirada ou coleta de células-tronco do cordão umbilical ocorre após o parto, seja ele normal ou cesariana. Normalmente, o procedimento leva menos de cinco minutos e é indolor e seguro, tanto para a mãe como para o bebê.

Logo após o cordão umbilical ser cortado e clampeado, a equipe especializada irá proceder com a coleta do sangue e do tecido do cordão umbilical. As amostras são acomodadas em uma bolsa apropriada para transporte de material biológico e os materiais chegam ao laboratório em até 48 horas.

4 – Recolhimento

No laboratório, a amostra é recebida e cadastrada. Posteriormente, o material biológico passará por uma série de procedimentos laboratoriais, que envolvem a testagem, processamento e, por fim, o armazenamento das células.

5 – Processamento

As amostras do sangue do cordão são submetidas a vários procedimentos para se obter o maior número de células-tronco possível.

Já para o isolamento de células do tecido do cordão umbilical, o processamento pode corresponder ao simples congelamento do tecido ou à extração e preparação das células-tronco mesenquimais, deixando-as prontas para o uso futuro.

Dica: Como funciona a coleta de células-tronco para cada tipo de parto

6 – Armazenamento

Para guardar e armazenar propriamente, as células-tronco podem ser criopreservadas em bolsas criogênicas bipartidas (que conferem um armazenamento de alta funcionalidade e viabilidade, utilizado pelas melhores empresas mundiais), e criopreservadas em um tanque de nitrogênio líquido, responsável por manter a temperatura (-196º C) e, consequentemente, a integridade do material para uso futuro.

Uma vez armazenada, a amostra fica inviolável e protegida contra variação de temperatura e contaminação.

Assista o vídeo a seguir e saiba por quanto tempo as células-tronco podem permanecer armazenadas sem perder as suas características funcionais e de viabilidade adequadas para o uso em transplantes.

7 – Certificação

O banco de armazenamento enviará um relatório contendo todas as indicações sobre o processamento da amostra.

8 – Monitoramento

Os pais serão constantemente contatados de forma a obter informações sobre monitoramento das células-tronco.

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Agora sim. As células-tronco do seu filho estão cuidadosamente armazenadas e disponíveis a qualquer momento, quando houver necessidade de utilizá-las.

Gostou de saber sobre como funciona a coleta e o armazenamento de células-tronco do cordão umbilical? Ainda tem dúvidas sobre o processo? Então entre em contato conosco!

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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