Células-Tronco

O que acontece com o cordão umbilical após o parto?

O parto é um momento muito especial e cercado de magia e emoção! Ele marca a chegada de uma nova vida ao mundo e faz parte do imaginário de toda futura mamãe. No entanto, apesar desse encanto, existem certas partes dessa hora que precisam ser mais conhecidas para que a família tome decisões conscientes.

Uma coisa importante e que merece atenção é saber o que acontece com o cordão umbilical após o parto. Poucas pessoas compreendem sua função, o porquê dele ser cortado e, atualmente, os motivos que levam as famílias a armazenar as células-tronco do cordão em prol da saúde familiar futura.

Para responder todas as questões sobre esse tema, preparamos o artigo a seguir. Nele vamos falar sobre o que acontece e o que pode ser feito com o cordão umbilical após o parto e também sobre a possibilidade de armazenar as células-tronco presentes nessa estrutura. Confira!

Afinal, o que é o cordão umbilical?

Pode parecer um assunto sem importância, mas muita gente não sabe ao certo o que é o cordão umbilical. Ele é um anexo exclusivo dos mamíferos que serve para fazer a comunicação entre o organismo materno e o do filho, ligando o bebê à placenta.

Ele é constituído por uma veia e duas artérias, além de uma substância gelatinosa chamada Geleia de Wharton. Além de fornecer glicose e nutrientes, também realiza a troca gasosa, essencial para a vida do bebê. Dessa forma, como os pulmões dele ainda não estão em funcionamento (só estarão após o parto, na hora em que ele finalmente chorar!), a placenta fica responsável por cumprir o papel de levar oxigênio e retirar gás carbônico.

Vale lembrar também que essa estrutura passa anticorpos maternos para o bebê, que ainda não tem um sistema imune desenvolvido, e serve para retirar os metabólitos produzidos pela criança, como ureia e amônia.

O que acontece no parto?

Após o nascimento do bebê, o médico clampeia o cordão umbilical e o corta, separando a estrutura do recém-nascido e liberando o bebê para ser examinado por um pediatra e entregue à mãe.

Mas o que é feito com a outra parte do cordão umbilical, que não está mais ligada à criança?

Tanto o sangue contido nele quanto o tecido pelo qual o cordão é formado são ricos em células-tronco. Muitas grávidas e futuras mamães já estão se interessando em armazená-lo, de olho nas possibilidades que a medicina oferece com tratamentos de diversas doenças e também no que a ciência pode trazer para o futuro.

Todos os dias, cada vez mais famílias decidem armazenar células-tronco do cordão umbilical.  Esse serviço cresceu dramaticamente nos últimos 25 anos e hoje está presente em 86 países no mundo.

Dica: Conheça 5 benefícios de armazenar células-tronco

O que são células-tronco?

As células-tronco são aquelas que dão origem aos tecidos e órgãos do nosso corpo. Por essa razão, elas têm a capacidade única de auto renovação e divisão constantes, o que contribui para a reparação de tecidos danificados ou para a substituição de células que vão morrendo.

Atualmente, elas vêm sendo usadas no tratamento de diversas doenças e acredita-se que no futuro possam ser a saída para muitos males. Hoje, pode-se afirmar que a medicina regenerativa é uma das áreas mais contempladas pelos estudos científicos.

Qual a importância das células-tronco do cordão umbilical?

O cordão umbilical é riquíssimo nesse tipo de célula em sua fase mais primitiva, quando tem ainda mais potencial de formar outros tipos celulares. Isso amplia o leque de aplicações terapêuticas e pode ser uma alternativa para tratar problemas no futuro do recém-nascido ou de um membro da família.

Essas células-tronco podem ser colhidas do sangue ou do tecido do cordão umbilical e, por isso, têm menores possibilidades de terem sido expostas a vírus, bactérias ou outros fatores ambientais que podem comprometer sua viabilidade.

Assista ao vídeo a seguir e entenda o que é o armazenamento de células-tronco do cordão umbilical.

Como é feita a coleta das células-tronco do cordão umbilical?

A coleta dessas células é um processo simples, rápido, seguro, indolor, não gera qualquer risco para a mãe ou para o bebê e pode ser realizado após partos normais ou cesarianas.

O sangue do cordão é coletado somente após o cordão umbilical ser clampeado e cortado e o bebê ser entregue ao pediatra.  Já para as células do tecido do cordão, basta recolher o maior segmento do cordão umbilical que seria descartado e o colocar em um frasco especial.

Todo esse material é transportado para o laboratório escolhido pela família. Lá, ele é processado para que as células-tronco sejam isoladas e finalmente congeladas. Todas essas etapas até o armazenamento no tanque de nitrogênio devem ocorrer em até 48 horas da hora do parto.

Dica: 10 dúvidas que as futuras mamães têm sobre a coleta de células-tronco!

Como as células-tronco do cordão umbilical são armazenadas?

Elas são armazenadas por meio de uma técnica de congelamento chamada de criopreservação. Trata-se de um processo de congelamento usando nitrogênio líquido que reduz a temperatura da amostra gradualmente até atingir a temperatura de -196º Celsius.

Essa condição especial faz com que as células-tronco fiquem inativadas por períodos bem longos de tempo e também permite que estejam disponíveis no futuro para uso imediato caso a família precise.

Por quanto tempo as células-tronco podem ser guardadas?

A literatura científica atual relata a viabilidade de células-tronco do sangue do cordão umbilical criopreservadas há mais de 24 anos. Isso sugere que, uma vez criopreservadas nas condições corretas, as células-tronco podem permanecer viáveis por tempo indefinido.

A coleta das células-tronco é segura?

Muitas mamães têm medo que a coleta das células-tronco cause alguma dor ou problema, mas o fato é que isso não acontece, afinal, o procedimento só é feito após o parto, quando o cordão já está separado do bebê. O material que pode ser valioso no tratamento de doenças e pode também trazer esperança é oriundo — acredite — de um material que normalmente é jogado no lixo. No Brasil mais de 99% dos cordões umbilicais são ainda, infelizmente, descartados como lixo hospitalar.

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A coleta pode ser feita em qualquer tipo de parto?

Sim, A coleta pode, normalmente, ser feita em qualquer tipo de parto, normal ou cesárea, desde que ocorram com mais de 32 semanas de gestação e não haja complicações infecciosas durante o trabalho de parto. Todos os procedimentos são realizados por profissionais capacitados pelo próprio laboratório ou pela equipe médica da família.

A CordVida é referência em armazenamento de células-tronco do cordão umbilical. Conte conosco e invista na saúde da sua família.

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

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