Coronavírus: o que se sabe até o momento sobre gravidez e amamentação?

Com o crescente número de casos confirmados de coronavírus, COVID-19 no Brasil, muitas dúvidas e inseguranças surgem em relação à doença, inclusive nas gestantes. Entre as principais dúvidas estão os riscos para mulheres grávidas, se podem transmitir para o bebê ou se a amamentação pode transmitir o vírus.
É importante ressaltar que as informações sobre o coronavírus podem mudar a qualquer momento. Estudos são realizados diariamente, dados analisadas e novas orientações são discutidas entre especialistas e instituições médicas em relação ao avanço da doença.
Para esclarecer algumas das principais dúvidas das gestantes elaboramos este conteúdo com algumas questões a partir do que se sabe até o momento sobre o assunto. Confira!
Mulheres grávidas não estão no grupo de risco. Todos os casos de coronavírus que ocorreram, até o momento, em gestantes não evoluíram para formas graves. Mas, ainda assim, a recomendação é de que as gestantes sigam todas as precauções para se protegerem contra o COVID-19.
Até o momento, ainda não há nenhuma recomendação para algum tipo de alteração na gravidez, é como se fosse tudo normal. Mas é de extrema importância realizar o pré-natal e seguir todas as orientações recomendadas pelo médico ginecologista, além de manter a carteira de vacinação em dia. Em caso de sintomas como febre, tosse ou dificuldades para respirar, o médico deve ser comunicado imediatamente.
Ainda não há comprovações de que o vírus seja transmitido da mãe para o bebê. O que se sabe até o momento é que gestantes acometidas pelo vírus, até o dia de hoje, não passaram para o feto, ou seja, não houve transmissão vertical que é o tipo de contaminação que ocorre ainda no útero ou durante o parto. O vírus não foi encontrado nem na placenta dessas mães, nem no líquido amniótico.
Na gestação de mães que contraíram o vírus, nenhum bebê mostrou crescimento intrauterino restrito, algo que costuma ser comum quando há algum tipo de infecção. Não houve também nenhum parto prematuro.
Siga nosso perfil no instagram e veja as últimas atualizações sobre gravidez e coronavírus, com Dr. José Bento e Dra. Débora Tonetti!
Estudos apontam que, até o momento, o vírus não foi encontrado em amostras de leite materno. Dos bebês acometidos pelo vírus, a contaminação ocorreu pela aproximação (contato físico) com a mãe, e não pelo leite materno.
Caso a mãe sinta algum sintoma ou tenha sido acometida pelo vírus, alguns cuidados devem ser tomados durante a amamentação para proteger o bebê:
No Brasil, alguns locais estão pensando na possibilidade de suspender, neste período de quarentena, a amamentação feita diretamente por mães acometidas pelo vírus. Preocupados com a contaminação, a possibilidade do leite da mãe ser dado na mamadeira por outra pessoa poderá ser uma maneira de evitar a transmissão para o bebê.
Ainda assim, é importante lembrar que grávidas, bebês e crianças mesmo não estando no grupo de risco podem transmitir o vírus para outras pessoas, independentemente da forma que são afetadas pela doença. Por isso, o mais importante para conter a pandemia continua sendo o isolamento, além da higienização constante de mãos e objetos.
Fonte: UpToDate, 07 de abril de 2020
Categorias: Gravidez , Notícias pelo mundo
A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.