Células-Tronco

4 fatos sobre células-tronco que talvez você não saiba

As células-tronco já são realidade para o tratamento de diversos tipos de doenças, além de uma grande esperança para a terapia de muitos outros problemas de saúde que ainda não têm tratamento, como as doenças cardiovasculares e as degenerativas. Um dos principais objetivos dos médicos e pesquisadores da atualidade é a utilização dessas células no tratamento e recuperação de órgão e tecidos danificados, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.

Apesar dessa grande importância das células-tronco para a medicina, muitas pessoas ainda não conhecem ou não têm informações suficientes sobre essas células. Você está entre essas pessoas? Então continue a leitura do nosso artigo e conheça alguns fatos sobre células-tronco!

4 fatos sobre células-tronco

1. Multiplicação e renovação constantes

Diferentemente dos outros tipos de células do organismo humano, as células-tronco têm a capacidade de se dividir e multiplicar constantemente, dando origem aos diferentes tecidos que constituem o nosso corpo, como os músculos e os ossos.

Elas são responsáveis pela renovação celular contínua da pele, do sangue, da mucosa intestinal e de outros tecidos do corpo. Além disso, são capazes de reparar lesões causadas por doenças, pelo desgaste natural ou por outros fatores externos que podem danificar os órgãos e os tecidos do corpo.

As células-tronco podem ser encontradas em diversos tecidos humanos, tal como o cordão umbilical, a placenta, a medula óssea e o fígado.

2. Diferentes tipos de células-tronco

Nem todas células-tronco são iguais umas às outras! Existem dois tipos: adultas e embrionárias, com capacidades de multiplicação e formação de tecidos distintas entre elas. Confira as principais diferenças entre esses dois tipos de células-tronco:

Células-tronco embrionárias

As células-tronco embrionárias podem dar origem a qualquer tecido do corpo, desde a pele até os tecidos que formam o sistema nervoso. Como o próprio nome já diz, as células embrionárias só são encontradas nos embriões e, por esse motivo, a sua utilização esbarra em vários aspectos éticos.

Células-tronco adultas

As células-tronco adultas conseguem formar um número um pouco mais limitado de tecidos do organismo humano em comparação com as células-tronco embrionárias. Esse tipo de célula é encontrado, após o nascimento, no cordão umbilical e em outras partes do nosso corpo, como a medula óssea e o fígado.

Diferentemente das células embrionárias, a utilização das células-tronco adultas, principalmente daquelas retiradas do cordão umbilical, é livre de qualquer questionamento ético, o que facilita a sua coleta e uso nos diversos tratamentos e pesquisas científicas.

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4 fatos sobre células-tronco que talvez você não saiba

Células-tronco do cordão umbilical

O cordão umbilical é muito rico em células-tronco adultas em sua fase mais primitiva, quando há maior potencial de formação de outros tipos celulares e, consequentemente, um amplo leque de aplicações terapêuticas. Existem dois tipos diferentes de células-tronco do cordão umbilical: as que podem ser extraídas do sangue (células hematopoéticas) e do tecido do cordão umbilical (células mesenquimais).

As células-tronco hematopoéticas podem ser encontradas no sangue do cordão umbilical e são chamadas dessa forma por serem as formadoras do sangue. Elas já são utilizadas há mais de 20 anos no transplante de medula óssea para a terapia de diversas doenças de origem sanguínea e relacionadas ao sistema imunológico.

Por outro lado, as células-tronco mesenquimais estão presentes no tecido do cordão umbilical e podem dar origem às cartilagens, aos tendões, músculos, ossos e aos tecidos gordurosos.

3. Armazenamento das células-tronco do cordão

As células-tronco do cordão umbilical são coletadas logo após o nascimento do bebê e encaminhadas para bancos públicos ou privados de armazenamento de células-tronco. O tempo que essas células podem ficar armazenadas, preservando suas funções e características vitais, ainda não foi completamente estabelecido. No entanto, já existem estudos científicos demonstrando que as células-tronco do cordão se mantiveram viáveis após 25 anos de armazenamento.

Capacidade de utilização das células-tronco do cordão

O bebê será sempre 100% compatível com as próprias células-tronco para o tratamento de diversas doenças. No entanto, para doenças que tenham influência genética, a recomendação é utilizar células-tronco compatíveis e que não contenham a característica genética em questão (como as células de um irmão saudável compatível, por exemplo). Qualquer membro direto da família também poderá usar as células-tronco armazenadas de seu bebê para um transplante, desde que haja compatibilidade. No caso de irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe apresentam uma probabilidade de 25% de serem 100% compatíveis. Para outros familiares, a probabilidade de compatibilidade é menor, sendo semelhante à probabilidade de encontrar um doador fora da família. No entanto, as células-tronco do cordão umbilical oferecem maior probabilidade de se encontrar doadores parcialmente compatíveis.

4. Vantagens das células-tronco do cordão

Uma das principais vantagens das células-tronco do cordão umbilical é que elas nunca foram expostas a vírus, bactérias ou outros fatores ambientais que podem comprometer sua viabilidade.

Outra vantagem, é que a coleta das células-tronco do cordão não é invasiva, sendo, por isso, indolor e livre de riscos para a mãe ou para o seu bebê. Além disso, essas células são mais imaturas do que as células-tronco retiradas da medula óssea, exigindo um grau menor de compatibilidade para o sucesso do transplante.

Por último, a probabilidade de rejeição das células do cordão é menor do que a das células-tronco da medula de outro indivíduo e como ficam criopreservadas, estão disponíveis imediatamente em caso de necessidade.

Tratamento de doenças

Um dos principais fatos sobre células-tronco do sangue do cordão umbilical é que elas são utilizadas no tratamento de 80 tipos diferentes de doenças, como os linfomas, as leucemias, as falências medulares, as metabólicas e as imunológicas. Nas últimas décadas, mais de 20.000 pacientes foram tratados a partir de transplantes de células-tronco do sangue do cordão.

Além disso, centenas de estudos estão sendo conduzidos com o intuito de utilizar essas células na terapia de outras doenças, como paralisia cerebral, autismo, doença de Crohn, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, artrite reumatoide, infarto do miocárdio e muitas outras. Por esse motivo, as possibilidades de tratamento com as células-tronco aumentam a cada dia.

Já o uso terapêutico das células-tronco do tecido do cordão é estudado por grandes centros de pesquisa de vários países para o tratamento de: diabetes tipo I, diabetes tipo II, cirrose hepática, infarto agudo do miocárdio, miocardiopatia dilatada idiopática, queimadura aguda, doença de Alzheimer, autismo e lesões esportivas, entre outras.

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4 fatos sobre células-tronco que talvez você não saiba

Pesquisas científicas

Outra possibilidade de utilização das células-tronco é nos estudos laboratoriais ou científicos. Como exemplo, podem ser citados os estudos pré-clínicos de eficácia e segurança de novos medicamentos, toxinas e outros produtos farmacêuticos. Visto que essas células podem se transformar em uma grande variedade de tipos celulares, esses novos produtos podem ter a sua segurança e eficácia testada em relação aos diferentes tecidos do corpo humano.

Essas células também podem ser utilizadas na pesquisa de doenças e outros problemas de saúde, como as malformações congênitas, sem a necessidade de submeter voluntários humanos aos riscos dos estudos. Por esse motivo, a utilização das células-tronco diminui os entraves éticos dessas pesquisas, o que possibilita a obtenção de resultados mais rápidos e efetivos.

Gostou de conhecer esses 4 fatos sobre células-tronco e a sua importância no tratamento de doenças? Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre essas células, compartilhe o nosso artigo nas suas redes sociais e ajude outras mamães a conhecer um pouco mais sobre esse assunto.

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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