Células-Tronco

4 pesquisas sobre células-tronco para ficar de olho

As células-tronco são objeto de pesquisa de vários laboratórios e centros científicos em todo o mundo. Essas células, consideradas imaturas, apresentam capacidade de se diferenciar em outras células de várias regiões do corpo, podendo ajudar no tratamento de doenças e outras manifestações clínicas que ainda não apresentam cura. A maneira como essas células atuam no tratamento desses quadros clínicos ainda é um mistério. Por isso, muitos grupos de estudo desenvolvem pesquisas sobre células-tronco para descobrir mais informações sobre o uso desse material biológico em procedimentos médicos.

Para saber o que está sendo estudado em relação a esse assunto, separamos quatro pesquisas sobre células-tronco que merecem a sua atenção. Confira!

4 pesquisas promissoras com células-tronco

Controle do avanço da degeneração macular

Um grupo de pesquisadores americanos que atuam no Cedars-Sinai Board of Governors Regenerative Medicine Institute, em Los Angeles, estão desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre a utilização de células-tronco na reversão de quadros de degeneração de mácula, um quadro clínico autoimune que pode, em longo prazo, causar cegueira, especialmente em pessoas com idade acima de 65 anos.

A degeneração macular atinge, aproximadamente, 15 milhões de norte-americanos todos os anos e resulta na deterioração da porção central da retina, conhecida como mácula. Como a retina é a parte do olho responsável por receber os estímulos luminosos e enviar sinais nervosos para o cérebro, a consequência de sua degeneração é a perda parcial ou total da visão.

Uma das linhas de pesquisa desse projeto voltado para saúde ocular trabalhou com a aplicação de células-tronco em ratos que apresentavam sintomas da degeneração macular. As células injetadas foram capazes de migrar para a retina debilitada e formar uma lâmina protetora, que inibia a progressão da degeneração da mácula.

Foram observados pelo menos 130 dias a mais de preservação da visão em ratos que receberam a aplicação desse material. Esse tempo é equivalente a 16 anos em humanos, aproximadamente.

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho afirmam que outros estudos ainda são necessários para avaliar como e por que essa proteção acontece, porém já se encontram otimistas em relação aos resultados. O próximo passo da equipe é testar a eficácia e a segurança da aplicação das células-tronco estudadas em animais para o desenvolvimento de alguma medicação ou tratamento próprio para humanos.

Descoberta de gene relacionado com as células-tronco

Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Ciências em Saúde da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, foi capaz de identificar um gene responsável por controlar a produção de células-tronco do sangue, conhecidas como células-tronco hematopoéticas.

A descoberta, que foi publicada na revista científica Journal of Clinical Investigation, relata como o corpo cria e mantém um fornecimento adequado de células sanguíneas e de defesa para o organismo, tanto em situações normais, como em situações de estresse.

Essa informação é extremamente importante para compreender o que ocorre no organismo após o transplante de medula óssea, que é relacionado com a formação de novas células para o corpo doente. E um avanço nas pesquisas sobre células-tronco.

Essa pesquisa, além de ajudar a compreender melhor os processos básicos do corpo humano, abre uma nova linha de hipóteses sobre o gene Ash1L, que está relacionado com o desenvolvimento de doenças como a leucemia. Conhecer o básico permite que os pesquisadores desenvolvam novas teorias sobre como funciona um organismo saudável e como evitar que ele fique doente, agindo biologicamente ou quimicamente nessas reações.

Um dos distúrbios causados por quadros similares à leucemia é a incapacidade de produzir novas células-tronco. Por isso é tão importante compreender como essa situação ocorre e como ela responde ao transplante de novas células para manutenção da saúde.

Progresso na luta contra o Parkinson

Um estudo brasileiro realizado por pesquisadores do Instituto D’OR de Pesquisa e Educação, em conjunto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, conseguiu dar um importante passo em relação ao uso de células-tronco no tratamento da doença de Parkinson.

A doença de Parkinson afeta, aproximadamente, 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é causada por uma deficiência nas células do cérebro que produzem dopamina. Este neurotransmissor é responsável por, entre várias outras funções, nossa capacidade de memorizar informações, de transmitir emoções e de aprender.

Muitos medicamentos desenvolvidos para controlar o Parkinson e técnicas realizadas com implantes elétricos foram incapazes de evitar a progressão da doença. Por isso é tão importante conseguir que o uso de terapias com células-tronco reflitam em possibilidades de tratamento para os pacientes que apresentam esse quadro.

Estudos feitos em animais já mostraram que a terapia com células-tronco pode ser capaz de melhorar significativamente suas funções motoras, informação que chamou a atenção do grupo de pesquisa do Instituto D’OR. Eles utilizaram uma medicação elaborada com células-tronco, já prescrita para tratar alguns tipos de câncer, para avaliar sua ação em ratos que apresentavam sintomas de Parkinson.

Os animais que receberam a medicação elaborada com células-tronco manipuladas apresentaram melhora nos sintomas da doença e maior tempo de sobrevida, quando comparados àqueles que não receberam o mesmo tratamento. O motivo da melhora, de acordo com os pesquisadores, foi o aumento da produção de dopamina por células do cérebro após a aplicação da medicação com células-tronco.

A descoberta, publicada na revista científica Frontiers in Cellular Neuroscience, abre o caminho para que o grupo proponha novos estudos utilizando essa medicação em humanos, aumentando as esperanças para o tratamento da doença de Parkinson.

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Potencial terapêutico das células-tronco do líquido amniótico.

Os estudos sobre as diversas fontes de células-tronco no organismo humano nunca param de ser publicados e divulgados no universo científico. Uma das descobertas mais recentes sobre esse assunto vem da Universidade do Texas, onde pesquisadores descobriram poderes terapêuticos em células-tronco colhidas do líquido amniótico de gestantes.

Os pesquisadores do laboratório de bioengenharia da universidade utilizaram essas células para ajudar a tratar crianças que nasceram com problemas cardíacos congênitos. O uso do líquido amniótico, geralmente descartado após o parto, no tratamento das crianças que foram geradas pela mulher doadora mostra uma alta porcentagem de sucesso, já que a compatibilidade da criança com essas células-tronco é 100%.

O estudo afirma que é possível que as células-tronco do líquido amniótico sejam capazes de se diferenciar em outros tipos de células humanas, especialmente aquelas que formam tecidos endoteliais e vasos sanguíneos.

O laboratório pretende dar continuidade aos estudos que usam células-tronco do líquido amniótico para tratar crianças que nascem com problemas cardíacos congênitos e outras condições relacionadas.

Essas quatro pesquisas sobre células-tronco citadas no texto são somente uma parte da grande gama de estudos que são publicados para tornar a utilização das células-tronco cada vez mais viável no tratamento de doenças que ainda não apresentam cura.

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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