Células-Tronco

Um panorama sobre o armazenamento e uso de células-tronco no Brasil e no mundo

É impossível se tornar mãe e não ter dúvidas, não é mesmo? E elas começam antes da chegada do bebê. Dentre as principais questões que envolvem o nascimento e desenvolvimento de uma criança, podemos destacar as relacionadas ao armazenamento e uso das células-tronco.

Esses tipos de células são capazes de gerar outras e até reconstituir tecidos, por isso são tão importantes na evolução da medicina. Podendo ser também coletadas do sangue ou do tecido do cordão umbilical, as células-tronco do cordão são uma alternativa para o tratamento de diversas doenças há mais de 30 anos.

No Brasil, o serviço de armazenamento e coleta só chegou em 2001. De lá para cá, muita coisa mudou, inclusive a quantidade de famílias que investem no armazenamento dessas células, que está cada vez maior.

Neste post, você conhecerá um pouco sobre a história do desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo, além de ver como ele se tornou uma alternativa ao tratamento das pessoas ao longo dos anos. É só continuar a leitura!

A história do armazenamento de células-tronco do sangue do cordão umbilical

Hoje, se uma criança for diagnosticada com uma doença hematológica ou do metabolismo, uma das opções de tratamento é o transplante de células-tronco do sangue do cordão umbilical. Tais células podem ser da própria criança ou de um irmão, coletadas no momento do seu nascimento e guardadas em um banco de armazenamento privado ou de um cordão compatível por meio de um banco de armazenamento público.

Dica: Confira o passo a passo da coleta das células-tronco do cordão umbilical

A possibilidade de usar as células-tronco como alternativa terapêutica vem desde a década de 80, quando foi realizado o primeiro transplante usando o sangue do cordão umbilical. A médica francesa Eliane Gluckman foi a responsável pelo procedimento, em 1989. O objetivo era tratar um menino de 5 anos com Anemia de Fanconi. A doença atinge a medula óssea, fazendo com que ela pare ou diminua a produção de hemácias, leucócitos e plaquetas.

Embora o feito tenha sido um marco de sucesso para a medicina, o segmento só se desenvolveu de maneira mais acelerada a partir de 2001, quando a legislação dos Estados Unidos regularizou a pesquisa e armazenamento desse tipo de tratamento. No Brasil foi um pouco mais tarde: apenas em 2003, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou as regras de funcionamento do serviço.

Ainda assim, a evolução do setor público e privado foi bem acelerada. No setor privado, são mais de 4 milhões de amostras guardadas em 86 países. Dessas, mais de 1000 já foram utilizadas, sendo que 500 unidades foram utilizadas em transplantes de medula e outras 500 em ensaios clínicos e pesquisas.

Agora que você já sabe um pouco da história das células-tronco do sangue do cordão é interessante entender como elas estão sendo usadas pela medicina. É sobre isso que falaremos no próximo tópico!

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O armazenamento e uso das células-tronco no cenário atual e sua importância para as famílias

O principal motivo para as famílias guardarem as células-tronco do bebê é a prevenção em relação à saúde no futuro, sendo mais uma opção de tratamento. O material é bastante rico e pode ser usado no tratamento de mais de 80 doenças, incluindo leucemia, falências na medula e outras patologias hematológicas, do metabolismo ou hereditárias.

Ainda assim pode surgir a dúvida: será que vale mesmo a pena esse investimento? Bom, é notório o quanto a medicina evoluiu nas pesquisas de células-tronco. Tanto que, desde 2005, não só as células do sangue, mas também do tecido do cordão passaram a ser coletadas e guardadas. No Brasil essa técnica chegou em 2012.

Além disso, em apenas 30 anos, o material já se tornou uma opção viável de tratamento de doenças graves. Ainda existem estudos avançados das suas aplicações como alternativa terapêutica do autismo, do diabetes tipo 1, da paralisia cerebral, entre outras. Imagine o que os cientistas e médicos poderão encontrar para a melhoria da saúde do ser humano nas próximas três décadas?

Claro que ninguém espera que um ente querido fique doente. Mas existe a probabilidade de isso acontecer. Nesse cenário, optar pelo armazenamento das células-tronco pode ser uma possibilidade a mais na luta contra a doença.

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Em um transplante autólogo, ou seja, realizado com as células-tronco do cordão da própria pessoa, a compatibilidade é de 100%, eliminando o risco de rejeição. Caso o uso desse material seja para um parente direto, como irmão, a chance de compatibilidade total é de 25% e a de compatibilidade parcial é de 50%.

Por isso, armazenar as células pode ser uma segurança não apenas para a saúde da própria pessoa, mas também dos seus familiares diretos. Prova disso são os dados do segmento: 91% dos transplantes que acontecem no mundo com células-tronco armazenadas em laboratórios privados são entre irmãos. Esse cenário já muda quando falamos das infusões em ensaios clínicos com células-tronco do cordão umbilical, pois atualmente em 100% dos casos utiliza-se o material da própria pessoa.

Os possíveis tratamentos e benefícios já possíveis com a utilização dessas células para a saúde e mais o investimento consistente da comunidade científica contribuem para uma visão promissora de futuro. Então, o que esperar do serviço de armazenamento de células-tronco?

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As perspectivas do futuro em relação ao uso de células-tronco

Muito já foi conquistado desde que o serviço de armazenamento de células-tronco do sangue de cordão umbilical se tornou possível. Mas ainda existem muitas possibilidades de avanços na área.

Um dos segmentos de pesquisa de destaque envolve as células-tronco mesenquimais, encontradas tanto no tecido, quanto no sangue do cordão umbilical. Por serem multipotentes e capazes de se diferenciarem em diversas linhagens de células, o interesse científico sobre o assunto vem aumentando com os anos.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriu que essas células podem ser uma alternativa no tratamento do autismo, devido o seu grande potencial de regeneração de tecidos e órgãos, além da sua capacidade de melhorar as respostas imunológicas.

A utilização das células-tronco mesenquimais ainda não é liberada em todos os países do mundo para tratamentos, mas Japão, Nova Zelândia e Canadá já passaram a adotá-las como prática médica. Na maior parte dos países, elas fazem parte de estudos e ensaios clínicos.

Existem, aproximadamente, 380 ensaios clínicos (pesquisas que envolvem pessoas) e 26 mil estudos pré-clínicos (em laboratório) no mundo envolvendo as células mesenquimais. Já imaginou o quanto a sociedade e a sua família podem ganhar com essas descobertas?

É por isso que se conscientizar a respeito do armazenamento e uso das células-tronco é tão importante. Porque essa é uma decisão que pode fazer diferença na saúde das famílias.

Ainda tem alguma dúvida sobre o armazenamento e uso das células-tronco? Então, é só entrar em contato com a Cordvida!

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    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    Dra. Roberta Pasianotto Costa Trofo

    (CRM 98.256/SP)
    Graduação em Medicina - Faculdade de Medicina de Jundiaí, 1999;
    Residência Médica em Clínica Médica e Patologia Clínica/Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP;
    Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC.

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