Um dos momentos mais esperados pelos pais durante a gravidez é a realização do ultrassom. É durante esse exame que o bebê pode ser visto dentro do útero e informações relevantes para uma gestação tranquila são colhidas pelo médico.
Se você está grávida, já deve ter ouvido falar do ultrassom morfológico, um tipo específico de ultrassom.
Mas qual é a sua função e por que ele é tão importante? Acompanhe!
O que é o ultrassom morfológico?
O ultrassom morfológico, também conhecido como ecografia ou ultrassonografia morfológica, é um exame de imagem recomendado para todas as gestantes. Por meio dele é possível avaliar a formação e o desenvolvimento de todos os órgãos internos e externos do bebê.
Para que serve o ultrassom morfológico?
Ao analisar a formação do bebê e dos seus órgãos, o médico busca avaliar seu desenvolvimento e seu crescimento, além de acompanhar os seus batimentos cardíacos. Também é possível detectar o sexo do bebê neste exame, quando o bebê se apresenta em posição favorável para tal.
É através do ultrassom morfológico que possíveis malformações ou alterações genéticas podem ser precocemente identificadas, facilitando a busca por um tratamento.
Apesar de não ser obrigatório fazer o ultrassom morfológico, cada vez mais entende-se a sua realização como fundamental durante o pré-natal. Se você tem alguma dúvida quanto a este exame de imagem, converse com seu médico!
Quando o ultrassom morfológico deve ser feito?
O ultrassom morfológico é feito em dois momentos durante a gravidez: no primeiro trimestre, entre a 12ª e a 14ª semana — mais conhecido como exame da translucência nucal — e no segundo trimestre, entre a 20ª e a 24ª semana.
No ultrassom morfológico do primeiro trimestre, o principal objetivo é medir o líquido que fica na nuca do feto e que só é visível nessa etapa da gestação.
Também é feito o doppler do ducto venoso e a medição do osso nasal , essas três medidas são essenciais para avaliar parâmetros que possam rastrear o risco da ocorrência de alterações cromossômicas, como as da síndrome de Down.
Já no ultrassom morfológico do segundo trimestre, o processo é mais detalhado. Justamente por isso ele é realizado quando todos os órgãos do bebê já estão formados. Nele é possível ver com detalhes seu posicionamento, funcionamento, tamanho e demais características esperadas.
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O que o ultrassom morfológico detecta?
Como o nome sugere, esse ultrassom serve para avaliar a morfologia do bebê. Assim, por meio dele, é possível ver com clareza os órgãos internos e membros do feto.
O médico avalia se o desenvolvimento está em acordo com a idade gestacional, se há anomalias ou sinais de alerta que indiquem a necessidade de uma investigação mais profunda por meio de outros exames mais específicos e até mesmo o planejamento mais adequado do parto e acompanhamento do bebê após o nascimento em casos onde houverem malformações.
São observados detalhes importantes para a saúde e formação do pequeno. Veja abaixo os principais parâmetros e medidas observados durante a realização do exame.
Medidas da cabeça
Essa medição permite identificar problemas graves na formação do cérebro ou da caixa craniana, como a hidrocefalia e a microcefalia.
Rosto
Analisa-se também a formação e posicionamento dos olhos, nariz e boca. Com isso, é possível identificar deformações faciais e na boca, como a fenda labial ou lábio leporino, e malformações no osso nasal.
Coluna vertebral
O médico avalia o alinhamento das vértebras do bebê e confere se a pele cobre a extensão que vai das costas até o glúteo. Você vai ver como vai ser emocionante ver o tamanho do seu bebê!
Coração
O ultrassom morfológico também permite visualizar as quatro câmaras do coração do bebê e avaliar o funcionamento de todas as válvulas cardíacas, além de examinar as veias e artérias e identificar precocemente alguma anomalia que possa exigir um cuidado especial logo após o nascimento, como sopro ou arritmia.
Órgãos internos
A formação e as funções dos rins, estômago, bexiga e intestinos são verificadas durante o exame.
Seu bebê já faz xixi e o médico avalia se a urina, formada pelo líquido amniótico que ele engole, está passando como deveria pelos rins e pela bexiga. Algumas vezes não é possível observar o bebê urinando durante o exame; mas não se preocupe: isso acontece porque provavelmente o feto aliviou a bexiga minutos antes do exame começar!
Embora sejam os últimos a amadurecer, sendo usados para respirar apenas após o nascimento, os pulmões também são avaliados.
Órgãos genitais
É no ultrassom morfológico que boa parte dos pais descobre se o bebê é um menino ou uma menina! Se nos ultrassons anteriores o posicionamento do bebê dificultou visualizar o sexo, no morfológico as chances de desvendar o mistério são bem maiores, pois o médico consegue ver a genitália externa o feto com mais detalhes. Caso o bebê não colabore e novamente fique numa posição ruim, o médico pode incentivá-lo a se movimentar com alguns toques na sua barriga. Emocionante, não?
Membros superiores e inferiores
Os dedinhos das mãos e dos pés do bebê são contados e é feita a medição do tamanho do fêmur e de outros ossos, para verificar o tamanho do bebê e se o crescimento está dentro do esperado ou se há algo que precisa ser investigado com mais atenção.
O ultrassom morfológico avalia apenas o crescimento do bebê?
Não, há outras características que também são avaliadas durante a realização deste exame de imagem.
Além de verificar a formação do feto, no ultrassom morfológico também são verificadas as condições da placenta, do cordão umbilical e do fluxo sanguíneo das veias e artérias que levam nutrientes e oxigênio da mãe para o bebê. O volume do líquido amniótico também é verificado, assim como o comprimento do colo uterino.
Essas são informações importantes para confirmar que via tudo certo com a sua gestação e que você pode aproveitá-la tranquilamente.
Como é feito o ultrassom morfológico?
O ultrassom morfológico pode ser feito em 3 modelos tecnológicos diferentes:
- 2D: o mais tradicional, com as imagens em preto e branco;
- 3D: aqui as imagens ganham 3 dimensões, permitindo ver melhor alguns detalhes, como o rostinho do bebê. Neste formato, a imagem fica muito parecida com uma fotografia! Também é muito importante para detalhar alterações na formação do bebê.
- 4D: neste modelo, além das imagens tridimensionais os movimentos do bebê são capturados em tempo real.
O procedimento
A realização do exame é muito simples e indolor. Com a gestante deitada na maca com o tronco semi levantado, o médico (após espalhar um gel transparente na barriga e na região pélvica) desliza uma sonda por toda a região abdominal.
Através da transmissão de ondas sonoras que são captadas pela sonda, as imagens do bebê aparecem na tela e são avaliadas pelo médico.
Em alguns casos, o exame também pode ser feito por via intravaginal ou endovaginal, quando uma sonda especial é inserida pela vagina da gestante, para uma melhor visualização do colo uterino.
Em ambos os casos, o exame dura em média de 30 a 45 minutos e alivia muitas das preocupações dos pais!
É preciso um preparo especial para fazer esse exame?
Não, você não precisa de um preparo especial para realizar esse exame. Recomenda-se, no entanto, que você seja acompanhada por alguém de confiança (como o parceiro, alguém da família ou um amigo).
Essa indicação acontece por uma questão de conforto: se houver alguma alteração ou anomalia no bebê, é importante que a gestante possa contar com o apoio emocional e psicológico de alguém querido e próximo a ela.
Qual a diferença entre o ultrassom morfológico e o ultrassom comum?
O ultrassom comum, também chamado de ultrassom obstétrico, é um exame que tem por finalidade verificar as condições gerais da gestação, como situação da placenta, volume do líquido amniótico e posição do bebê no útero. Este exame de imagem, mais simples, costuma ser solicitado ainda no primeiro trimestre.
Já o ultrassom morfológico é muito mais detalhado, fornecendo informações mais ricas sobre o desenvolvimento e formação do bebê e também indicando possíveis malformações.
O ultrassom morfológico tem uma grande importância no pré-natal e permite diagnosticar cerca de 90% das anomalias fetais. Ter esse diagnóstico precoce pode assustar, mas é fundamental para corrigir e tratar problemas que possam ser resolvidos ou atenuados ainda na vida intrauterina, garantindo mais saúde para o seu filho.
Para os casos que só podem ser tratados após o nascimento, saber desta condição previamente ajuda a antecipar os preparativos futuros. Mães, pais e médicos conscientes de alguma possível alteração na saúde do bebê conseguem se preparar melhor para receber a criança e dar todo o acompanhamento necessário desde o momento do parto até o seu crescimento.
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Quais outros ultrassons são recomendados durante a gravidez?
Como já vimos no tópico acima, existem outros ultrassons que podem ser realizados durante a gestação. Além do ultrassom morfológico, também existem o ultrassom intravaginal, o ultrassom obstétrico e o ecocardiograma.
- Ultrassom intravaginal
Logo que a mulher descobre a gravidez, pode ser mais difícil enxergar o feto em um exame de imagem tradicional.
Para tentar facilitar a observação e análise de um bebê ainda tão pequeno, uma das opções consiste no ultrassom intravaginal (também conhecido como ultrassom endovaginal ou ultrassom transvaginal), que pode ser realizado a partir de 6 semanas de gestação.
Nesse ultrassom, ao invés do médico observar o feto através da sua barriga e pélvis, o exame será realizado pela via vaginal. Apesar de parecer doloroso, esse exame não costuma causar um grande desconforto, pode ficar tranquila!
Com ele, é possível avaliar a implementação do embrião no útero, se a gravidez é única ou gemelar, o tempo de gestação e diagnosticar se vai tudo certo com a placenta. Além disso, ele também serve para checar a saúde dos órgãos pélvicos femininos.
- Ultrassom obstétrico
O ultrassom obstétrico, também chamado de ultrassom comum, é uma versão menos detalhada do ultrassom morfológico. Diferente do ultrassom intravaginal, esse exame de imagem é realizado na barriga e região pélvica da gestante. Seu objetivo, entretanto, é o mesmo: fornecer informações importantes sobre a gestação.
Com ele, conseguimos diagnosticar a idade gestacional, o sexo, o batimento cardíaco e inclusive a existência de complicações, como deslocamento de placenta, alterações cardíacas e problemas cromossômicos.
- Ecocardiograma
O ecocardiograma é um ultrassom específico para avaliar o coração. Durante a gestação, ele pode ser realizado entre a 18ª e a 28ª semana de gestação, período em que já é possível ter uma visualização mais nítida das estruturas e funções do coração do feto.
Através desse exame é possível observar os músculos e as válvulas cardíacas do coração e, assim, avaliar se o desenvolvimento do órgão está ocorrendo da maneira que se espera.
Nem todos os médicos solicitam esse exame, mas a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que ele seja realizado durante o pré-natal. Este exame, apesar de não ser obrigatório, é de extrema ajuda principalmente quando for detectada, durante os exames de rotina, alguma malformação ou alteração no coração do bebê. Se você tiver alguma dúvida, fale com o seu médico!
Se você gostou desse texto sobre o ultrassom morfológico, não deixe de conferir e acompanhar os outros conteúdos do nosso blog!
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Categorias: Gravidez
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