Criança

O que fazer para prevenir e evitar as cólicas nos bebês

A cólica ainda é um mistério para a pediatria, apesar de ser extremamente comum no primeiro trimestre de vida dos pequenos. A maior suspeita é de que as cólicas surjam por uma imaturidade do sistema digestivo do bebê, que provoca movimentos peristálticos desordenados, mas nem todas as crianças sofrem de cólicas e alguns alimentos parecem piorar a situação.

Com o desconforto das cólicas, o bebê pode chorar sem consolo por horas, o que desespera e angustia os pais. Assim, embora não haja uma solução certeira e garantida para o problema, existem diversas medidas que podem ser tomadas para prevenir e aliviar um pouco as cólicas nos bebês.

Quer descobrir que medidas são essas? Continue lendo este post!

Ofereça a amamentação materna exclusiva nos primeiros seis meses

Se a principal teoria por trás das cólicas é a imaturidade intestinal para digerir os alimentos e coordenar a peristalse, a melhor forma de reduzir esse problema é oferecendo ao bebê o único alimento feito especialmente para ele: o leite materno.

Como o leite da mãe é digerido mais facilmente, a chance de um bebê que está sendo amamentado no peito ter cólicas é menor do que a de um bebê que toma leite de vaca ou fórmulas infantis.

Dica: Como amamentar de forma correta?

Corrija erros na pega

A forma como o bebê posiciona sua boca ao mamar — a famosa pega — pode aumentar o risco de cólicas. Se a pega do bebê é ruim e ele engole muito ar durante as mamadas, há uma maior tendência ao intestino ficar cheio de ar e distendido, provocando maior desconforto.

Por isso, durante as mamadas, fique atenta à pega e corrija qualquer erro, garantindo que a a barriga do bebê esteja encostada na barriga da mãe, que a boca do bebê cubra não só o mamilo, mas também quase toda a aréola, que os lábios estejam evertidos e que o bebê esteja realmente sugando o leite e não apenas usando-o como chupeta.

Fique de olho no funcionamento do intestino do bebê

Bebês constipados que passam muitos dias sem evacuar ou demonstram desconforto e esforço na hora da evacuação podem apresentar mais cólicas, já que esta movimentação excessiva do intestino pode ser um mecanismo para facilitar a saída das fezes.

Se você observar que o seu bebê apresenta fezes ressecadas ou esforço na hora da evacuação, converse com o pediatra e descubra o que você pode fazer para melhorar os hábitos intestinais da criança.

Veja algumas dicas sobre essa etapa que se inicia após o primeiro dia de vida do seu bebê, para que você ofereça toda a segurança, carinho e amor para seu filho.

Mude sua alimentação

A ciência ainda não conseguiu comprovar uma relação direta entre a alimentação da mãe e o aparecimento de cólicas nos bebês, mas muitas mulheres observam essa associação no dia a dia.

Os alimentos mais culpados pelas cólicas são os laticínios, o chocolate, a cafeína, as frutas cítricas e os alimentos muito condimentados. Assim, se a mãe evita esses alimentos ou algum outro alimento que ela perceba que provoca cólicas durante o primeiro trimestre de vida do bebê, a chance dele desenvolver cólicas é menor.

Evite amamentar a criança na hora da dor

Apesar da amamentação com leite materno prevenir o surgimento das cólicas, uma vez que as cólicas aparecem, a ingestão de qualquer alimento e o ato de sucção podem piorar a situação ao estimular ainda mais o peristaltismo intestinal. Por isso, recomenda-se não amamentar o bebê antes das cólica melhorarem.

Realize compressas mornas na barriguinha do bebê

O calor ajuda a aliviar as cólicas do bebê, podendo ser oferecido na forma de um pano recém-passado, uma bolsa de água quente, uma bolsa térmica de gel ou mesmo pelo contato pele a pele com a barriga ou o antebraço da mamãe ou do papai.

Agora, se a fonte de calor estiver muito quente, como a bolsa de água, é importante que ela não seja posta em contato direto com a pele do bebê para evitar queimaduras.

Faça massagens na barriga do bebê

Nada mais gostoso do que receber uma massagem na barriguinha na hora das cólicas no bebê para ajudar a aliviar o desconforto. Além de realizar movimentos circulares com as mãos sobre a barriga do bebê, os pais podem usar ainda óleos como o de bétula ou de amêndoa que liberam um pouco de calor sobre o local.

Para tornar a massagem ainda mais relaxante, procure realizá-la em um ambiente calmo, um pouco mais escuro e com uma música tranquila de fundo.

Dica: 6 preocupações que toda mãe tem com a saúde de um recém-nascido

Exercite as pernas do bebê

Com o bebê deitado de costa, flexione suas perninhas sobre o abdome e mexa-as de cima para baixo por alguns minutos. Estes exercícios ajudam o bebê a liberar gases e, portanto, aliviam um pouco o desconforto intestinal.

Dê os remédios prescritos pelo pediatra

Existem alguns remédios para dor e para gases que são seguros para serem usados por bebês de qualquer idade, sendo muitas vezes prescritos pelo pediatra antes mesmo da criança ter alta da maternidade.

Não há por que ter medo de dar os remédios uma vez que eles tenham sido prescritos pelo médico e os pais sigam as orientações específicas em relação à dosagem e à forma de administração. Mas, apesar de serem uma opção na hora da cólica e reduzirem um pouco o desconforto da criança, os medicamentos não previnem o surgimento do problema.

Tenha paciência

As cólicas são piores ao final da tarde e início da noite, quando os pais já estão mais cansados e estressados, o que parece ser um dos fatores desencadeantes das cólicas. Quando o ambiente está mais relaxado, os pais conversam com a voz baixa e evitam discussões, o bebê se sente mais seguro e menos estressado, o que o deixaria menos propenso a ter os problemas de digestão associados à cólica.

Além disso, por pior que as cólicas sejam, elas são um problema temporário que vai desaparecendo à medida que o intestino do bebê vai amadurecendo. O mais comum é que no segundo mês o desconforto já comece a ficar menor, desaparecendo ao final do primeiro trimestre, e trazendo mais tranquilidade aos pais.

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    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    Dra. Mariana Mader Pires de Castro

    (CRM: 876879RJ)
    Graduação em Medicina pela Universidade Estácio de Sá;
    Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Residência Médica em Endocrinologia Pediátrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
    Certificado de Atuação na Área de Endocrinologia Pediátrica (CAAEP)- RJ; Mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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