Gravidez

Afinal, quando começam os enjoos da gravidez?

Quando começam os enjoos da gravidez muitas mulheres ainda nem descobriram que estão grávidas. Eles são um dos sintomas clássicos da gestação, acometendo de 70% a 80% das gestantes, em diferentes graus de intensidade e duração. Podem ser um mal-estar leve ou vir acompanhados de vômitos e cansaço, tornando o período em que duram bem penoso.

Neste artigo vamos explicar em que fase da gestação é comum aparecerem os enjoos e também quando eles finalmente vão embora. Vamos falar ainda sobre as causas desse sintoma e quando ele pode ser sinal de que algo não vai bem.

Veja o vídeo abaixo com o Dr. Especialista Luiz Roberto Zitron e continue a leitura para tirar todas as suas dúvidas sobre o enjoo das grávidas!

Quando começam os enjoos da gravidez?

Geralmente as náuseas aparecem bem no início da gestação, por volta da terceira semana, mas, não é uma regra. Algumas mulheres podem começar a se sentir enjoadas e nauseadas já na segunda semana e outras não apresentarem nenhum mal-estar nesse comecinho da gravidez.

Normalmente, as náuseas aparecem pela manhã, quando a mulher passou várias horas sem se alimentar durante a noite — por isso ganhou o nome de enjoos matinais — mas elas podem ocorrer a qualquer hora e mais de uma vez ao longo do dia.

Dica: Conheça 9 alimentos para reduzir o enjoo durante a gravidez

Quando os enjoos terminam?

É comum que as grávidas relatem os enjoos e náuseas durante todo o primeiro trimestre da gravidez, ou seja, até a 12ª semana. Eles costumam ser mais intensos no segundo e terceiro mês, ficando mais leves entre o quarto e quinto mês.

Em geral, com o passar dos dias as náuseas diminuem e também ficam mais espaçadas, até desaparecerem por completo. Algumas mulheres podem sentir o desconforto até a semana 20 e, em casos mais raros e para as menos sortudas, o sintoma pode perdurar por toda a gestação.

Acompanhe cada estágio da sua gravidez com o aplicativo Semanas de Gestação. Clique no banner abaixo e acesse gratuitamente!

Por que as grávidas enjoam?

Não há um consenso científico sobre as razões do enjoo na gravidez, porém, se sabe que o sintoma está relacionado às mudanças hormonais ocorridas após a fecundação do óvulo, especialmente no aumento nos índices do hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana, o famoso HCG — também conhecido como o hormônio da gravidez — e da progesterona.

Quanto mais alto o HCG, maior a possibilidade de náuseas e vômitos. Por isso, mulheres grávidas de gêmeos tendem a ter mais enjoos, por apresentarem índices mais elevados desse hormônio.

Os hormônios típicos da gravidez atuam, ainda, no sistema digestivo, deixando o estômago mais preguiçoso e tornando o processo de digestão mais lento, o que pode levar aos enjoos. Outra razão é que durante a gravidez o olfato e o paladar ficam mais apurados, intensificando o aroma e sabor de alimentos, perfumes, produtos de limpeza e tudo o que solta cheiro, podendo causar náuseas.

Siga nosso perfil no instagram e veja as últimas atualizações sobre gravidez e coronavírus, com o Dr. José Bento e Dra. Débora Tonetti!

Não sentir enjoo é sinal de problemas com a gestação?

De forma alguma. Embora os enjoos sejam um sinal de que a gravidez está indo bem, uma vez que o sintoma está relacionado ao aumento dos hormônios envolvidos na implantação do óvulo no útero e demais mudanças fisiológicas necessárias para o desenvolvimento do feto, o contrário, ou seja, a ausência de náuseas, não é sinal de problemas.

Os enjoos são uma resposta fisiológica às mudanças no organismo e, por isso mesmo, acontecem de forma muito particular para cada mulher e mesmo para cada gestação. Uma grávida que teve muitos enjoos na primeira gravidez pode não ter nenhum na segunda e vice-versa.

Os enjoos trazem riscos para o bebê?

Em geral, os enjoos trazem apenas desconforto para a futura mamãe, não acarretando riscos para a saúde do pequeno. No entanto, quando eles são muito intensos e impedem a grávida de se alimentar corretamente, podem causar perda de peso e baixa absorção de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do feto.

Quando são acompanhados de vômitos intensos, há também o risco de desidratação materna, podendo trazer prejuízos à saúde da mulher e do bebê.

Há uma condição pouco comum, conhecida como hiperêmese gravídica que se caracteriza por enjoos e vômitos severos que exigem que a gestante fique internada para receber soro e alimentação por via venosa, para impedir a desidratação e a perda excessiva de peso, o que coloca a gestação em risco.

Quando é diagnosticada com essa condição, a mulher fica no hospital até que os eventos de náuseas e vômitos intensos passem ou ao menos não impeçam a alimentação e hidratação adequada por via oral.

Dica: Entenda por que grávidas têm enjoos e desejos por algumas comidas

Quando procurar ajuda médica?

Os enjoos da gravidez podem ou não ser acompanhados por vômitos, mas não trazem consigo nenhum outro sintoma como febre, diarreia ou dores pelo corpo. Se você apresentar qualquer um desses sinais junto com as náuseas, fale com seu médico, pois você pode estar com alguma doença ou desarranjo gastrointestinal ou quadro viral que pode exigir um maior acompanhamento.

Outro motivo para falar com o obstetra é se os enjoos impedirem que você se alimente ou beba água. Se houver uma perda de peso de mais de dois quilos, pode ser sinal de hiperêmese gravídica e você vai precisar de uma atenção especial.

Como evitar e aliviar os enjoos da gravidez?

Como estão relacionados às mudanças hormonais próprias da gestação, não é possível evitar os enjoos nessa fase. Porém, pode-se amenizar o problema e reduzir o desconforto com algumas medidas bem simples. Veja algumas dicas:

  • tenha sempre um biscoito salgado na bolsa e/ou na cabeceira da cama — é comum que as náuseas apareçam após longos períodos sem se alimentar, especialmente logo ao acordar. Ter um biscoito à mão ajuda a reduzir o desconforto;
  • se alimente a cada três horas e em pequenas porções — dessa forma você evita ficar com o estômago vazio por muito tempo e também não come demais em uma única refeição, ajudando a digestão e prevenindo as náuseas;
  • coma frutas cítricas — laranja, limão, abacaxi, acerola são excelentes para diminuir os enjoos, além de serem fontes de vitaminas importantes para o sistema imunológico, que fica mais sensível na gravidez;
  • evite líquidos durante a refeição — ingerir água, suco ou outros líquidos junto com a comida torna a digestão ainda mais lenta, favorecendo as náuseas e o mal-estar;
  • não se deite logo após se alimentar — apesar do excesso de sono, que coincide com a fase dos enjoos, é bom evitar se deitar logo após fazer uma refeição para prevenir refluxos que, além das náuseas, podem causar azia.

Alguns hábitos e atitudes podem proporcionar uma experiência mais gostosa e segura tanto para você quanto para o seu bebê. Confira no banner abaixo:

Com uma boa alimentação e dieta balanceada é possível ter mais tranquilidade, mesmo quando começam os enjoos da gravidez. Lembre-se de falar com seu médico se o desconforto for muito grande e dificultar a alimentação ou se aparecerem outros sintomas que possam indicar problemas de saúde.

E é sempre bom dizer: nunca tome nenhum medicamento para reduzir os enjoos sem consultar um médico. A gravidez é um período em que é preciso ser ainda mais cuidadosa em relação ao uso de remédios.

Continue acompanhando nossos conteúdos no blog da CordVida e nas redes sociais para saber mais sobre gravidez saudável. Até mais!

Categorias: Gravidez

Mais de 100.000 mães acompanham nosso conteúdo!

    Cadastre seu e-mail e junte-se a elas

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

    Caro Leitor,

    A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.