Ao descobrir uma gravidez, cabe ao casal se preparar para as muitas mudanças que virão nos próximos nove meses e para a chegada do bebê. A saúde da mulher durante a gestação, com a manutenção de hábitos saudáveis, tem grande impacto no desenvolvimento do bebê, em possíveis complicações da gravidez, no momento do parto e até no resto da vida da criança.
O primeiro trimestre, com as náuseas, confirma para o casal que a partir de agora nada mais será como antes. O segundo trimestre, com a barriga ainda não tão grande e o corpo já adaptado às alterações hormonais, no entanto, é considerado a melhor fase da gravidez. O terceiro trimestre traz de volta o desconforto e o cansaço, preparando a mulher para o parto.
Saiba mais sobre o que esperar de cada trimestre da gravidez e ter tudo planejado com cuidado!
Primeiro trimestre
Mudanças à vista
É nesse trimestre que as mudanças da gravidez impactam mais o casal, com mudanças tanto físicas quanto psicológicas. Os hormônios já começam a atuar, provocando o aumento dos seios, aumento da frequência urinária, alterações no padrão intestinal, fadiga, sonolência e a famosa dupla de náuseas e vômitos pelas manhãs. As alterações de paladar também chegam e são comuns os desejos bizarros e as rejeições a alimentos antes usuais.
A mulher já se sente mais cansada ao mesmo tempo em que está ansiosa e se preocupa mais com a própria saúde. Ao parceiro e ao restante da família cabe oferecer todo o apoio necessário e ajuda nas tarefas do dia a dia — além de ter muita sensibilidade para lidar com a montanha-russa emocional que é natural da gravidez.
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Importância do pré-natal
O primeiro trimestre é o período no qual todos os principais órgãos do bebê se formam, apesar de ao final do período ele ainda medir menos de 10 centímetros de comprimento.
Para acompanhar esse desenvolvimento e garantir que a gestação corra bem para o bebê e para a mãe, a realização do pré-natal é essencial. O Ministério da Saúde recomenda um mínimo de seis consultas nessa fase.
O pré-natal irá monitorar o ganho de peso tanto da mãe como do bebê, a altura do útero, os batimentos cardíacos do bebê e seu crescimento, além de verificar a saúde da mulher por meio das frequências cardíaca e respiratória e da aferição da pressão arterial.
Durante a primeira consulta, é importante que a mãe tire suas dúvidas sobre a gravidez e informe ao médico qualquer doença que tenha atualmente ou no passado, bem como qualquer medicamento que utilize para que o tratamento não cause mal ao bebê. É essencial que o parceiro acompanhe todo o processo, participando das consultas, tirando suas próprias dúvidas, oferecendo apoio emocional e ajudando nas decisões a serem tomadas.
Alimentação: verdades e mitos
A alimentação é uma das grandes preocupações das grávidas. A verdade é que, caso a mulher esteja tendo uma gravidez sem complicações e não apresente outras doenças, qualquer restrição alimentar durante a gestação é baseada em mitos — claro, com exceção da ingestão de álcool e uma atenção especial às carnes cruas. O segredo é ter uma alimentação saudável oferecendo ao bebê todos os nutrientes que ele precisa para crescer.
A recomendação é de uma dieta no estilo mediterrâneo, rica em grãos, peixes e vegetais e pobre em açúcar e gorduras. O ideal é que a mulher coma a cada 3 horas e dê preferência a cereais integrais, frutas, legumes, verduras e carnes magras, não se esquecendo também de ingerir muita água, sucos naturais e outros líquidos para manter o corpo bem hidratado. Produtos industrializados, ricos em açúcar e gordura trans, muito calóricos, porém pouco nutritivos, devem ser evitados.
Moderação também é essencial. O gasto energético com a gravidez nessa fase é tão pequeno que basta aumentar o consumo diário em cerca de 200-300 calorias a partir do segundo trimestre (o equivalente a meio cheeseburger ou 400g de maçã). Evitar o sobrepeso durante a gravidez, além de reduzir as complicações durante a gestação e o parto, também influencia a saúde do bebê.
Mães acima do peso ou que engordam mais de 24 Kg durante a gravidez têm maiores chances de ter um bebê com mais de 4 Kg. E crianças obesas nos dois primeiros anos de vida tendem a se tornar adolescentes e adultos obesos.
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Principais exames
O primeiro ultrassom transvaginal, além de confirmar a gravidez e que o desenvolvimento do bebê está ocorrendo no lugar certo, é o melhor método para calcular a idade gestacional e prever a data do parto.
Os exames de sangue iniciais vão verificar o tipo sanguíneo da gestante, para prevenção da doença hemolítica do recém-nascido, irão descrever o funcionamento da tireoide, a medida da glicose no sangue, a existência de anemia e de algumas infecções que podem atrapalhar o desenvolvimento do bebê, como sífilis, hepatite B, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e HIV.
O exame de urina também costuma ser pedido, já que as infecções do trato urinário são comuns durante a gravidez e, se não tratadas, podem induzir ao parto prematuro. Entre a 11a e a 14a semana, o ultrassom irá avaliar o desenvolvimento do bebê e avaliar o tamanho da região da nuca com o exame de translucência nucal que identifica sinais de possíveis síndromes cromossômicas, como a síndrome de Down.
Nesse ultrassom, o médico também já pode tentar descobrir sexo do bebê, com uma chance de 80% de acerto.
A gravidez é uma fase maravilhosa e cheia de mudanças, que pode trazer algumas inseguranças para os novos pais. Estar disposto a aprender, buscar informações e tirar todas as dúvidas é muito importante para que as decisões sejam tomadas da melhor forma, sempre trazendo conforto e benefícios para a mãe e o bebê.
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