A gravidez é uma fase mágica e muito especial na vida de uma mulher. Mas, ao mesmo tempo, gera muitas dúvidas nas futuras mamães, devido à grande quantidade de histórias e mitos que giram em torno dela.
Há muitas informações verdadeiras, mas também existem muitas lendas, mitos e superstições antigas, passadas de geração para geração, pois, há algum tempo, não existia muita informação sobre isso. Então eram criadas diversas teorias para tentar justificar e entender alguns acontecimentos.
Hoje em dia, a ciência evoluiu — felizmente! — e há muito que falar e comprovar sobre o assunto.
Por isso, apresentaremos e desvendaremos alguns desses mitos da gravidez que já ouvimos muito de nossas avós, mães, tias e conhecidas, e explicaremos a razão de não serem verdadeiros.
Confira a seguir!
Mitos da gravidez
O sexo é prejudicial ao bebê
Negativo! O sexo não prejudica o bebê, pois ele está envolvido e muito bem protegido pelo saco amniótico e por uma membrana que sela completamente o cérvix da mulher, isolando-o do canal vaginal.
Se não houver nenhum problema com a mãe, e o médico não indicar nenhuma condição preocupante com a gestação, como pressão alta ou deslocamento de placenta, o sexo está liberado.
As endorfinas produzidas a partir do orgasmo, além de trazerem muitos benefícios físicos e emocionais para a mulher, ainda causam o aumento do fluxo sanguíneo da bacia, melhorando a oxigenação e dando sensação de bem-estar ao bebê.
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O café não deve ser consumido
O excesso de cafeína ultrapassa a barreira da placenta e prejudica a absorção de cálcio e ferro.
Mesmo assim, é permitido o consumo com moderação — no máximo, duas xícaras por dia.
Isso vale também para a amamentação, pois, em excesso, o bebê pode receber esse estimulante pelo leite. Nessa situação, também é bom evitar chá-verde e refrigerantes a base de cola.
A barriga larga e espalhada indica menina, e a pontiaguda, menino
Às vezes, essas informações podem se encaixar por simples coincidência.
No entanto, a barriga se desenvolve de acordo com o biótipo do corpo da mãe, e seu formato não tem relação nenhuma com o sexo do bebê.
A gestante deve ficar em jejum para evitar enjoos
Isso é uma grande mentira! Gestantes não podem ficar sem comer de jeito nenhum, pois o estômago vazio gera o efeito contrário, liberando uma grande quantidade de ácido e aumentando a azia e os enjoos.
Há também o grande risco de hipoglicemia, que pode levá-las a desenvolver diabete gestacional.
Fora outros sintomas negativos, como mal-estar, tonturas, calafrios e suor intenso, que podem prejudicar o bebê.
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O consumo de mariscos e frutos-do-mar é proibido
É permitido consumir a maioria dos peixes e frutos-do-mar, desde que sejam bem cozidos.
O que não é permitido é que sejam consumidos crus, pois podem conter parasitas, e o risco de contrair uma infecção alimentar na gravidez é bem maior, já que o sistema imunológico da mulher fica em baixa nesse período.
A ingestão de chocolate antes da ultrassonografia ajuda a descobrir o sexo do bebê
Não há evidências de que seja mais fácil ver o sexo do bebê durante o exame se a gestante comer chocolate especificamente.
O consumo de algum alimento doce, um tempo antes de realizar o exame, transferirá a glicose e a energia para o feto, fazendo-o se movimentar mais dentro do útero, o que pode ou não facilitar a identificação e a visualização do sexo.
A gestante deve se alimentar “por dois”
Essa informação está totalmente equivocada.
A mulher deve se alimentar de forma saudável, balanceada e completa, para que se mantenha sem um grande aumento de peso durante esse período, permitindo que a gravidez não enfrente muitos riscos e o bebê tenha um bom desenvolvimento.
O consumo de cerveja preta aumenta a produção de leite
Contrariando um dos mitos mais famosos da época de nossas avós, o álcool não é indicado, podendo causar ao feto a síndrome do alcoolismo fetal — uma doença que causa danos quando há grande ingestão de bebidas alcoólicas pela mãe durante a gravidez — e, até mesmo, o deslocamento prematuro da placenta.
Para aumentar a produção de leite, é indicado o consumo de, no mínimo, três litros de líquidos por dia — de preferência água — e uma alimentação saudável e balanceada.
Também é indicado amamentar o bebê em livre demanda, em qualquer horário e várias vezes por dia, pois é o estímulo da sucção que aumenta a produção de leite.
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O bebê terá bastante cabelo se a mãe sentir muita azia
A progesterona, hormônio produzido pela placenta na gravidez, não só relaxa os músculos do útero, como também a válvula que separa o esôfago do estômago, causando um grande refluxo do ácido existente nele e deixando a digestão mais lenta, gerando essa sensação tão desconfortável de azia.
Isso se agrava no final da gravidez, pois, com o crescimento do bebê, o abdômen da mulher acaba ficando mais apertado. O intestino e o estômago são empurrados, reduzindo o ritmo da digestão e levando os ácidos gástricos diretamente para a garganta.
Portanto, ao contrário do que dizem, ter azia não significa que o bebê será cabeludo ou não. O que definirá esse fator é a genética.
Os desejos da grávida que não forem supridos podem desencadear o surgimento de sinais na pele do bebê
Os desejos acontecem normalmente devido às necessidades do organismo da grávida, ou, até mesmo, devido aos hormônios.
As mamães podem ficar tranquilas, pois o bebê não nascerá com um sinal ou marca na pele de algum alimento correspondente à sua vontade.
Vale lembrar também que, pela variação de hormônios de mulher para mulher, nem todas sentem desejos na gravidez.
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Os exercícios físicos são extremamente prejudiciais
Alguns exercícios físicos supervisionados por um profissional não fazem mal algum. Muito pelo contrário, são altamente recomendados.
É claro que não se deve realizar os mesmos de antes da gravidez, mas exercícios de baixo impacto, como hidroginástica, caminhada e pilates, podem ser feitos pela futura mãe sem nenhuma preocupação.
Esses foram alguns dos mitos da gravidez que tanto atrapalham e confundem a cabeça das futuras mamães.
Esperamos que você tenha conseguido tirar as suas dúvidas para que possa ter um período tranquilo e sem preocupações desnecessárias.
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