Gravidez

Saiba identificar os sinais de que você entrou em trabalho de parto

Durante a gravidez, a gestante experimenta uma infinidade de sentimentos que se misturam uns aos outros, passando pelo medo, a ansiedade e uma felicidade extrema. Quando esse período da sua vida começa a chegar ao fim, em que a chegada do seu filho se aproxima mais e mais, a ansiedade aumenta e novos sentimentos aparecem.

Nessa etapa final, é comum que a gestante comece a se preocupar com os sinais de trabalho de parto. Muitas dúvidas surgem: como vou saber que meu filho está nascendo? O que fazer quando entrar em trabalho de parto?

Para lhe ajudar nessa etapa final da gravidez, trouxemos os sinais de trabalho de parto mais comum, para que você possa identificá-los com facilidade. Venha conferir!

Sinais de trabalho de parto

Em um parto a termo, ou seja, naquele em que a criança nasce dentro dos nove meses esperados, os sinais começam a aparecer após 37 semanas de gestação. No entanto, quando os sinais surgem antes disso — entre 20 e 37 semanas —, é provável que a criança nasça prematura e, nesses casos, deve-se procurar imediatamente o seu médico obstetra.

Dentre os sinais de trabalho de parto mais comuns, podem ser citados a expulsão do tampão mucoso, a ruptura da bolsa de líquido amniótico, as contrações ritmadas e a dilatação do colo uterino. Confira, a seguir, as principais características de cada um deles:

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Perda do tampão mucoso

A perda do rolhão ou tampão mucoso — material que fecha o colo do útero, protegendo-o durante a gravidez — é observada pela saída de uma secreção espessa, gelatinosa e esbranquiçada pelo canal vaginal.

É comum que essa secreção contenha vestígios de sangue, decorrente da ruptura de pequenos vasos sanguíneos. Nesses casos, ela adquire uma cor marrom, vermelha ou rosada. Se o volume de sangue for grande, é preciso que ela procure imediatamente o médico.

Geralmente, o tampão é liberado em até duas semanas antes do nascimento e, portanto, é um dos primeiros sinais de trabalho de parto. A sua saída indica que o parto está próximo de acontecer, mesmo que o bebê ainda demore mais alguns dias para nascer. Assim, a expulsão não significa que o parto ocorrerá naquele momento e, geralmente, não há necessidade de ida ao hospital.

Essa saída é fruto do afinamento e da dilatação do colo do útero no final da gravidez, que acaba por expulsar o tampão. Após a sua saída, é preciso que a gestante esteja atenta aos demais sinais de trabalho de parto, como o rompimento da bolsa e as contrações regulares e ritmadas.

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Rompimento da bolsa

A ruptura da bolsa de líquido amniótico geralmente é notada quando a gestante vai ao banheiro e percebe o escorrimento de um fluido claro, que sai sem que a gestante possa controlá-lo. Essa secreção, que é o próprio líquido amniótico, tem coloração amarela clara, turva ou transparente, pode conter alguns traços esbranquiçados e não possui cheiro.

Depois do rompimento da bolsa — até cerca de 48h após —, a gestante começará a sentir as contrações do parto. O indicado é que ela se dirija à maternidade em até 6h, visto que a ruptura da bolsa pode abrir caminho para a entrada de microrganismos, aumentando os riscos de infeção para a mamãe e seu filho.

A quantidade de líquido que escorre varia de acordo com a extensão do rompimento da bolsa. Por isso, a mulher pode notar um grande volume ou pequenas quantidades de secreção. A velocidade de escorrimento também varia, podendo ser lenta ou muito rápida. Quando a secreção é volumosa e desce de repente pelas pernas, é preciso que a mulher vá imediatamente para a maternidade.

Caso o líquido apresente coloração escura, amarronzada, conhecida como mecônio, deve-se procurar a maternidade imediatamente, já que este pode ser um sinal de sofrimento fetal.

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Contrações ritmadas

As contrações ritmadas são, sem dúvida, um dos mais característicos e importantes sinais de trabalho de parto e, normalmente, iniciam-se antes do rompimento da bolsa, mas pode acontecer depois deste rompimento também. Em geral, após este, elas ficam mais frequentes e intensas.  As contrações possuem a função de dilatar o colo do útero, facilitando a passagem do bebê, e de indicar que a gestante, de fato, entrou no trabalho de parto.

Esse tipo de contração tem a sua frequência e intensidade aumentadas ao longo das horas, sendo acompanhado por cólicas bastante dolorosas, que não melhoram com o repouso. A dor inicia-se nas costas, passando para o baixo ventre e a região da virilha e deixam a barriga endurecida.

As contrações iniciam-se espaçadas e com dor de intensidade moderada. Com o passar dos minutos, o intervalo entre uma e outra torna-se cada vez mais curto. Ao mesmo tempo, a duração da contração aumenta – permanecem por 30 e 45 segundos -, assim como a intensidade da dor.

Portanto, elas são regulares — seguem um padrão ritmado e previsível de frequência — e progressivas, visto que se tornam cada vez mais próximas, demoradas e fortes. Geralmente, começam em intervalos de 20 a 30 minutos, aumentando a frequência para 10 a 15, até que a gestante passe a senti-las a cada 3 ou 5 minutos entre uma e outra.

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Quando o intervalo chega nos 10 minutos, é sinal de que o nascimento acontecerá em breve e, por isso, a gestante deve ir imediatamente para a maternidade. Dessa forma, é importante que a grávida, seu companheiro ou algum familiar cronometre a frequência das contrações.

Dilatação do colo uterino

No final da gravidez, o colo uterino começa a se dilatar lentamente e a ficar mais fino, com o objetivo de preparar o útero para o parto. Mas, é somente com as contrações ritmadas que o colo efetivamente se alarga.

À medida que as contrações acontecem, o colo uterino vai se dilatando. Nesse período, o colo pode aumentar em cerca de 10 centímetros de largura, possibilitando a passagem do bebê e facilitando a ocorrência do parto normal.

Apesar de ser expressivo, esse é um dos poucos sinais de trabalho de parto que só pode ser observado pelo médico, através da realização do exame de toque. Portanto, normalmente, a gestante não percebe que o seu colo uterino dilatou.

Ficou claro que o finalzinho da gravidez não é um bicho de sete cabeças, desde que você saiba identificar que está prestes a dar à luz ao seu bebê tão esperado, certo?

Agora que você já conhece os principais sinais de trabalho de parto, compartilhe o nosso artigo nas suas redes sociais e ajude outros gestantes que também estão no final da gravidez!

Categorias: Gravidez , Terceiro trimestre de gravidez

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

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