Nas primeiras 4 semanas de gravidez, é possível identificar o primeiro sinal: o atraso da menstruação. Logo depois começam os enjoos, as tonturas, o excesso de sono, a fome descontrolada, as cólicas e as variações de humor — que são facilmente confundidas com os sintomas da TPM. Os testes de gravidez também são indicados já neste período.
Pode-se dizer que foi dada a largada para a gravidez desde que o óvulo foi implantado no útero e se dividiu em duas partes: a placenta, que inicia suas funções imediatamente, e o bebê, que já é oficialmente um embrião.
Quer saber mais sobre o que acontece na 4ª semana de gravidez, os sintomas da futura mãe, a evolução do bebê e os cuidados que devem ser tomados nesta fase tão mágica? Continue lendo!
A evolução do bebê nas primeiras 4 semanas de gravidez
O bebê se encontra na parte superior do útero e envolvido pelo saco gestacional — uma bolsa cheia de líquido amniótico —, que o protegerá de infecções e traumas até a 12ª semana de gestação.
Por ainda ser muito pequeno e medir menos que 1 mm, não pode ser visualizado no ultrassom e começa a se dividir em três camadas, conhecidas como folhetos embrionários, cuja evolução dará origem às diferentes partes de seu corpo:
- folheto interno (endoderma), que vai dar forma à bexiga, o fígado, a tireoide, o pâncreas, os pulmões e o sistema digestivo;
- folheto intermediário (mesoderma), que formará os músculos, os ossos, os rins, as cartilagens, os vasos sanguíneos e o coração;
- folheto externo (ectoderma), que dará origem à formação do cérebro, do sistema nervoso, dos cabelos, dos olhos, da pele e do esmalte dos dentes.
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Além disso, começa a formação do cordão umbilical, do cérebro e da placenta — que já está ligada ao embrião e imediatamente inicia as primeiras trocas com o sangue materno, o transporte de nutrientes e oxigênio, e a produção de estrogênio e progesterona, principais hormônios da gravidez.
Os sintomas da futura mãe
Na altura das primeiras 4 semanas de gravidez, a menstruação provavelmente estará atrasada e a gestante começará a perceber os primeiros sintomas, que se confundem com os da TPM (tensão pré-menstrual), por culpa da progesterona. Os mais comuns são:
- enjoos;
- cólicas;
- endurecimento da barriga;
- dores de cabeça e enxaquecas;
- desconforto e fisgadas nos seios;
- fome descontrolada;
- tonturas;
- muita salivação;
- baixa da pressão arterial;
- variações de humor;
- excesso de sono.
Após a fecundação, à medida que o óvulo se implanta no útero para a formação da placenta, algumas veias podem acabar se rompendo. Esse processo é normal, e acaba causando um pequeno sangramento de implantação (nidação), o qual algumas mulheres acabam confundindo com a menstruação. Geralmente, não há motivos para se preocupar, mas caso ele venha a se tornar mais intenso e constante, não deixe de procurar um médico imediatamente.
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Para distinguir os sintomas do período pré-menstrual dos da gestação, você deve conhecer muito bem o seu corpo, e se ainda houver dúvidas, é recomendado realizar um teste de farmácia, que procura rastros do hormônio liberado pela placenta (HCG) na urina.
Ele pode ser feito já no primeiro dia de atraso da menstruação e de preferência com a primeira urina do dia, na qual há maior concentração do hormônio HCG. É bem confiável e funciona em 99% dos casos, mas pode apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos. Caso isso ocorra e sua menstruação continuar em atraso, você deverá confirmar se realmente está grávida por meio de um exame de sangue feito em laboratório.
Os cuidados que devem ser tomados nesta fase
Assim que confirmar a gravidez, agende uma consulta com um obstetra para iniciar imediatamente o pré-natal, que nada mais é que um acompanhamento de rotina por meio de exames que avaliam e monitoram o desenvolvimento da gestação.
É uma ótima oportunidade para esclarecer dúvidas com o seu obstetra. Ele vai medir a sua pressão sanguínea, calcular a fase gestacional e a data provável para o nascimento do bebê, e também checará seu peso e confirmará se você está acima ou abaixo do limite considerado saudável, para saber o quanto pode engordar até o fim da gestação.
As primeiras 4 semanas de gravidez também são um bom momento para começar a praticar alguma atividade física para aumentar o tônus muscular, que ajudará a sustentar o peso extra que vem acompanhado da gestação e evitar engordar mais do que o necessário — além de deixar você em forma para o trabalho de parto e ajudar a recuperar mais rapidamente o corpo que tinha antes de engravidar.
Escolha exercícios mais leves, como caminhada, hidroginástica ou natação, e lembre-se sempre de consultar o seu médico antes de iniciar qualquer atividade física.
O bebê cresce e se desenvolve desde que o óvulo fecundado se aloja no útero, e tudo o que você comer influenciará diretamente nisto. Portanto, inicie já uma dieta saudável e equilibrada, com carnes magras, cereais integrais, frutas, verduras e legumes, e evite gorduras, alimentos processados e doces — que provocam, inclusive, a diabetes gestacional.
Certifique-se também de tomar diariamente o suplemento vitamínico pré-natal, que provavelmente será receitado pelo médico, como o ácido fólico, cálcio, ferro e as vitaminas B12, C, D e E, que além de beneficiarem a sua saúde e o desenvolvimento geral do feto ainda previnem problemas no tubo neural (que promove a ligação do cérebro com a medula espinhal).
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Nas primeiras 4 semanas de gravidez, devido ao início da formação dos órgãos do bebê e a barreira placentária ainda não existir, é primordial evitar o consumo de álcool, café e cigarros, para que esses elementos químicos não cheguem até ele. Também é importante não tomar nenhuma medicação sem antes consultar o seu obstetra.
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Categorias: Gravidez , Primeiro trimestre de gravidez
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