Gravidez

Guia Completo: 19 doenças que são perigosas para sua gravidez

A gestação é uma fase em que a mulher precisa ter grande cautela com a saúde. Nesse período, o sistema imunológico e seu organismo estão passando por diversas transformações. Por isso, ela fica propensa a desenvolver algumas doenças. E algumas são doenças perigosas na gravidez.

Apesar disso, se os cuidados forem corretos, tudo costuma terminar bem. Nosso conteúdo serve apenas para informar e alertar as mulheres sobre os possíveis tipos de alterações e para cuidar da própria saúde e da do bebê da melhor forma possível. Sempre lembrando que ao primeiro sintoma, a futura mamãe deve procurar imediatamente o seu médico.

Neste texto, apresentamos uma lista de doenças que podem ocorrer na gravidez e que merecem muita atenção. Boa leitura!

1. Infecção urinária

Devido ao crescimento da barriga, os órgãos torácicos e abdominais ficam algo comprimidos. A gestante per se, possui uma imunidade mais baixa e, dessa maneira, não é infrequente ocorrer um episódio de infecção urinária durante a gravidez. Apesar de desconfortável, a doença não prejudica o bebê, desde que o diagnóstico seja feito precocemente e a gestante tome a medicação recomendada.

Alguns dos sintomas característicos são:

  • dor, desconforto ou queimação ao urinar;
  • vontade frequente de fazer xixi;
  • sensação de que não conseguiu esvaziar a bexiga;
  • desconforto na região do abdômen;
  • urina turva, com mau cheiro ou presença de sangue;
  •  febre persistente, em alguns casos.

É bom deixar claro que nem todas as mulheres têm todos esses sintomas. A vontade constante de urinar, por exemplo, é comum na gravidez. A gestante não deve se sentir culpada por não ter percebido alguma alteração. Sendo assim, é importante fazer o acompanhamento médico constante.

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A infecção pode acontecer por diversas razões, mas a maioria das vezes é devido à presença de bactérias do trato intestinal dentro da bexiga. Beber pouca água também favorece o desenvolvimento dessa doença.

Ela pode ser evitada por meio de medidas como:

  •  ingerir mais água;
  • fazer xixi após a relação sexual;
  • ao usar o banheiro, fazer a limpeza na direção da vulva ao ânus, e não ao contrário.

O diagnóstico é por exame de urina e de sangue. O tratamento requer o uso de antibiótico, anti-inflamatório e analgésico. Todavia, todos devem ser receitados pelo obstetra, que saberá a melhor medicação para usar na gravidez.

2. Sífilis

Essa doença pode transmitida por meio de relações sexuais sem preservativo com um parceiro infectado, ou por transfusão de sangue. É causada pela bactéria Treponema pallidium. Nos três primeiros meses, o risco de aborto é maior. A partir da segunda metade de gestação, essa chance diminui, mas persiste a possibilidade de parto prematuro.

Alguns dos sintomas são:

  • manchas pelo corpo;
  • lesões na vagina, no períneo e no colo do útero;

A bactéria atravessa a placenta e infecta o bebê, que nasce com a sífilis congênita. A maioria dos recém-nascidos sobrevive, mas alguns adquirem algumas alterações, como o lábio leporino ou malformação cerebral. Pode ocorrer também, de o bebê ser infectado ao nascer, especialmente durante o parto normal.

O diagnóstico é por meio do exame de sangue chamado VDRL, o qual deve ser feito algumas vezes durante o pré-natal. Quanto ao tratamento, ele é feito à base de antibiótico. Se descoberta cedo, é possível que o bebê não seja contaminado.

3. Herpes genital

Assim como a sífilis, existe o risco de transmissão ao bebê e, por isso, a paciente deve ter alguns cuidados. Os sintomas são:

  • coceira;
  • bolhas na região íntima;
  • vermelhidão;
  •  dor.

A transmissão se dá pelo contato com a pele lesionada de alguém, e pode ocorrer durante relações sexuais, durante o compartilhamento de roupa íntima ou toalha de banho, ou ainda por conta do uso do mesmo vaso sanitário. O risco é maior quando acontece no 3º trimestre da gestação. Não há cura, porém existe tratamento específico com antivirais, que são indicados pelo ginecologista. Em alguns casos, se houverem lesões ativas de herpes no momento do parto, pode ser contraindicado o parto normal para evitar contaminação do recémnascido.

Dica: Sangramento na gravidez: quando ele pode ser considerado normal?

4. Catapora

Essa doença é causada pelo vírus da mesma família da herpes, o varicela-zóster. Assim como as demais doenças infantis causadas por vírus, o contágio se dá por meio do contato com alguém infectado.

Para a prevenção, é necessário evitar ficar perto de pessoas que estejam com a doença, uma vez que a essa vacina não é recomendada durante a gestação. Alguns dos sintomas são:

  • coceira pelo corpo;
  • dor de cabeça;
  • febre baixa;
  • vômitos;
  • diarreia;
  • mal-estar;
  • manchas vermelhas.

A gestante que descobrir a catapora deve entrar em contato com seu médico de confiança, a fim de começar logo o tratamento adequado, que é apenas sintomático.

5. Zika

A doença Zika é causada pela picada do mosquito Aedes aegypt, transmissor do vírus. Ainda não se sabe como ele consegue atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento neurológico do feto.

A prevenção deve ser feita através do uso de repelentes específicos para gestantes, principalmente em áreas endêmicas e regiões de clima quente, como Norte e Nordeste do país. Ainda não existe vacina para a doença. Após a picada, a pessoa demora de 3 a 12 dias para desenvolver os sintomas, que podem ser:

  • febre baixa;
  • dores nas articulações;
  • dor muscular;
  •  dor de cabeça e atrás dos olhos;
  • conjuntivite;
  • erupções na pele e coceira;
  • diarreia ou intestino preso.

O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue e pelos sintomas relatados. Não existe tratamento específico, apenas para o alívio dos sintomas.

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6. Febre Amarela

Da mesma forma que a Zika, ela é transmitida pelo vírus através da picada do mosquito Aedes aegypt. No entanto, ao contrário dela, a febre amarela não costuma causar má-formação fetal.

Os principais sintomas são:

  • febre baixa;
  • calafrios;
  • náuseas;
  • tonturas;
  • peles e olhos amarelados.

Não é recomendada a vacinação durante a gravidez, porém, em épocas de surto, alguns médicos acham que ela traz mais ganhos que perdas. Assim, é importante verificar a opinião do seu obstetra. O diagnóstico é clínico (sinais e sintomas) e laboratorial (exames de sangue). Quanto ao tratamento, não há um específico para combater o vírus, apenas para diminuir os sintomas.

7. Doença periodontal

Também chamada de periodontite, é uma infecção causada por uma inflamação da membrana que envolve o dente e ocasiona o crescimento de placa bacteriana. Os sintomas são bem específicos à região bucal, como gengiva vermelha, inchada, dolorida, com sangramento e mau cheiro. Se não houver cuidados, há o risco de a mulher perder os dentes.

Outra possibilidade, caso não seja feito tratamento adequado, é da infecção tornar-se generalizada e desencadear um trabalho de parto prematuro. Dessa maneira, a gestante deve procurar logo um periodontista e avisá-lo de sua gravidez.

Entre as principais causas estão:

  • alteração hormonal na gravidez;
  • falta de higiene;
  • tendência a essa manifestação bucal.

A visita ao dentista deve fazer parte dos cuidados do pré-natal, para prevenir o aparecimento dessa condição.

Dica: O que é preciso saber sobre a saúde bucal da gestante?

8. Vaginose bacteriana

Essa é uma doença ginecológica causada pela bactéria Gardnerella vaginalis, devido a alteração da flora vaginal. Por se tratar de um período em que a imunidade costuma baixar, muitas mulheres podem desenvolvê-la no decorrer na gestação. Os sintomas são:

  • desconforto na região vaginal pelo excesso de secreção;
  • mau cheiro na calcinha;
  • corrimento branco pastoso.

Ela não é considerada uma DST, sendo assim não é necessário o tratamento do parceiro. Na mulher, pode ser tratada de forma fácil, com uso de antibiótico. Já o diagnóstico é realizado nos exames pré-natais, pela coleta de material na consulta. É importante o cuidado, pois a falta de intervenção pode aumentar o risco de parto prematuro, mas não afeta o desenvolvimento do bebê.

9. Rubéola

A rubéola é causada pelo vírus Rubivirus. Pode ser transmitida por meio de secreções como a saliva. O ideal é que a vacina seja tomada na infância ou antes da mulher pensar em engravidar. Apesar de não termos estudos suficientes que comprovem problemas ao feto, a recomendação é que a vacina seja administrada 3 meses antes da gravidez. Os sintomas, em alguns casos, chegam a demorar 21 dias após a transmissão para aparecerem. Alguns deles são:

  • febre baixa;
  • dor de cabeça;
  • dor muscular;
  •  tosse;
  • manchas avermelhadas no corpo;
  • gânglios próximos ao pescoço;
  • dores nas articulações.

O diagnóstico é feito por meio do exame de sangue, que confirma a presença de imunoglubolinas IgM. O risco de transmissão ao bebê é maior nos primeiros 3 meses e algumas consequências podem ser:

  • microcefalia;
  • surdez;
  • problemas cardíacos;
  • cegueira ou catarata;
  • anemia.

O ultrassom morfológico pode verificar se o bebê foi infectado. Ele é realizado entre a 18ª e a 22ª semana. Não existe um tratamento específico para a grávida, apenas com relação aos sintomas.

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10. Toxoplasmose

A toxoplasmose é causada pelo contato com água, solo, alimentos e fezes de animais contaminados. Ficou popular como a “doença do gato”, pois o felino é hospedeiro do protozoário toxoplasma. No entanto, não é necessário que a mulher se desfaça dos seus pets, basta tomar alguns cuidados como o de não entrar em contato com os dejetos do animal.

Ainda assim, muitas são imunes ou desenvolvem a imunidade ao longo de suas vidas. Para essa descoberta, é só realizar o exame de sangue para verificar se já houve contato com o T. Gondi. A doença pode ser assintomática, mas, em alguns casos, pode acontecer:

  • mal-estar;
  • febre baixa;
  • aumento de gânglios.

Caso a mulher adquira a doença durante a gestação, será preciso um exame chamado aminiocentese, que analisa se o bebê também foi contaminado, com objetivo de iniciar o tratamento adequado para ambos. A ultrassonografia será o complementar nesses cuidados, a fim de investigar o possível aparecimento de problemas no bebê.

Quanto à prevenção, alguns cuidados básicos são:

  • lavar bem as frutas, legumes e verduras antes do consumo;
  • evitar comer salada em restaurantes;
  • lavar as mãos depois de limpar a caixa de areia do gato;
  •  evitar carnes mal passadas;
  • não usar a mesma tábua que cortou a carne para preparar outros alimentos.

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11. Citomegalovírus

Esse vírus pertence à família da herpes e pode contaminar muitas pessoas, sem que elas percebam, já que muitas vezes ele não apresenta sintomas. Apesar disso, ele pode ser mais sério para pessoas com o sistema imunológico mais baixo, como as gestantes.

Entre suas formas de contágio, temos a relação sexual desprotegida e o contato com secreção de pessoas infectadas, como tosse, espirro ou mesmo o uso de copos e talheres. É possível que a pessoa seja infectada, mas só manifeste os sintomas depois de anos, em um momento em que esteja com o sistema imunológico mais baixo. Quando eles aparecem podem ser os seguintes:

  • fadiga;
  • febre;
  • dor de garganta;
  • mal estar;
  • perda de apetite;
  • gânglios aumentados.

O diagnóstico na gravidez pode ser descoberto por meio de exame de sangue CMV – imunoglobulina IgM. Se o resultado for positivo, o bebê pode ser investigado por meio da colheita de líquido amniótico a partir do 5º mês. Não há tratamento específico durante a gravidez.

12. Hepatite B

A hepatite B é causada por vírus e atinge o fígado, causando inflamação. O contágio acontece, na maioria das vezes, por meio de relações sexuais. Porém, também é transmissível pelo contato com o sangue e com o leite materno. Alguns dos sintomas são:

  • febre;
  • dor nas articulações;
  • pele amarelada;
  • urina escura;
  • vômitos.

A doença é classificada em dois tipos: aguda e crônica. Na hepatite aguda, os sintomas duram apenas poucos dias e o organismo consegue combater o vírus em até 6 meses. A hepatite crônica é mais rara e acontece quando o corpo não consegue reagir ao vírus, o que acaba afetando ainda mais o fígado e chegando a causar cirrose ou câncer.

A doença é diagnosticada por meio de exame de sangue, que faz parte da rotina do pré-natal. A descoberta é essencial para que a gestante tome as medidas recomendadas pelo médico. O tratamento é feito com hidratação, alimentação com pouca gordura, além de vacinas e imunoglobulinas.

Quanto à prevenção, se a mulher não tiver com a vacina em dia, não há problema de ser tomada durante a gravidez, desde que seja a partir da 13ª semana.

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 13. Aids

Também chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids é uma doença crônica que precisa de muito acompanhamento e cuidado. A principal manifestação do vírus é a de atacar o sistema imune e deixar a pessoa propensa a adquirir várias outras doenças. Isso também deixa o organismo com mais dificuldade em combater diversas infecções.

Trata-se de uma doença sexualmente transmissível, mas que também pode ser passada pelo contato com o sangue. Pode ser transmitida ao bebê durante a gravidez ou pela amamentação. É possível que a pessoa tenha o contato com o vírus e só manifeste os anticorpos depois de 60 dias. Também pode acontecer de a pessoa ser soropositiva e viver a vida inteira sem Aids. Isso quer dizer que ela tem o vírus no organismo, no entanto ele ainda não se manifestou.

O diagnóstico é por meio de exame de sangue e precisa ser descoberto logo para evitar o contágio do bebê. Mães que têm o vírus não podem amamentar, para que ele não seja passado à criança. Alguns dos sintomas são:

  • emagrecimento rápido e sem motivo aparente;
  • fadiga persistente;
  • aumento de gânglios;
  • febre;
  • sudorese noturna;
  • manchas brancas na língua;
  • visão turva;
  • diarreia.

O tratamento é feito com o auxílio de um infectologista. Com as medicações corretas, a gestante tem condições de gerar seu filho saudável e sem a transmissão da patologia.

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14. Candidíase

Essa é uma doença causada pelo fungo Candida. Na maioria das vezes, o fungo afeta a vagina, mas pode se manifestar, também, na garganta ou na boca. Os sintomas são:

  • coceira e corrimento vaginal;
  • dor nas relações sexuais;

A contaminação é, na verdade, um desequilíbrio na flora vaginal. É que esse fungo já existe no organismo em uma quantidade adequada. A gestação, o aumento do hormônio estrogênio, a imunidade mais baixa e o uso de antibióticos podem fazer com que haja alteração da flora, propiciando o desenvolvimento da candidíase

O diagnóstico depende do local da manifestação. Na vagina, que é o mais comum de todos, é realizado por amostra, que o ginecologista colhe na consulta, com a ajuda de um cotonete.

O tratamento é feito por antifúgicos. Grávidas devem evitar tomar os orais, mas podem utilizar a pomada local.

15. Anemia

A anemia é uma das doenças do sangue, que faz com que o conteúdo da hemoglobina fique abaixo do normal. O tipo mais comum acontece pela deficiência de ferro, mas pode se dar, também, pela ausência de vitamina B12 e ácido fólico.

O ferro é muito importante, principalmente na gestação, por ser responsável por fabricar as células vermelhas e transportar oxigênio para todas as células. A ausência causa alguns sintomas como:

  • cansaço;
  • perda de apetite;
  • pele pálida;
  • falta de ar;
  • tonturas;
  • dor de cabeça.

O diagnóstico é feito com um exame de hemograma, no qual se pode verificar a quantidade de hemoglobina existente e, também, de diversos nutrientes. O tratamento é feito com o aumento no consumo do nutriente que está deficiente, além de suplementos alimentares. Muitas vezes, esses já são receitados, como forma de prevenção.

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16. Diabetes gestacional

Muitas vezes, essa patologia surge durante o 3º trimestre da gravidez. A resistência à insulina, provocada pelos hormônios dessa fase, é a sua causa. Isso pode ser influenciado pela predisposição genética ou pelo estilo de vida da mulher, como o sedentarismo e uma dieta com elevado consumo de carboidratos de alto índice glicêmico.

Pode se apresentar de forma assintomática ou apresentar alguns dos sintomas são:

  •  vontade constante de urinar;
  •  fome e sede excessivas;
  • ganho de peso;
  • cansaço;
  • candidíase ou infecção urinária frequente.

O diagnóstico é realizado pelo exame de sangue, que deve ser feito em jejum, para analisar a quantidade de glicose no sangue ou através de um teste específico TOTG (teste de tolerância à glicose). O tratamento é feito com alteração da dieta alimentar, que deve ser saudável, evitando açúcares e substituindo os carboidratos de alto índice pelos de baixo índice glicêmico. A atividade física também é recomendada, mas é preciso ter o aval do médico, que indica o que é melhor em cada caso.

 Se a doença for tratada adequadamente, o bebê nasce saudável e ela pode desaparecer após o parto. Algumas complicações para a gestante podem ter:

  • parto prematuro;
  • maior risco de pré-eclâmpsia.

Já para o bebê:

  • dificuldade de respirar ao nascer;
  • macrossomia (bebê acima do peso adequado);
  • doenças cardíacas;
  • icterícia;
  • hipoglicemia.

Para evitá-la, a gestante deve fazer todo o pré-natal, manter boa alimentação e evitar o sedentarismo.

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17. Pneumonia

Muitas vezes, essa é uma das doenças de inverno e acontece depois de uma gripe. A infecção chega aos pulmões e precisa ser combatida com o uso de antibiótico. Os sintomas são:

  • tosse com catarro ou seca;
  •  falta de ar;
  • dor no peito e nas costas;
  • febre.

O diagnóstico é realizado com exame clínico, laboratorial e de imagem (raio X). As consequências costumam ser piores para a gestante, já que a imunidade é mais baixa. Nas situações mais graves, a mulher precisa de internação hospitalar, para um acompanhamento de perto.

18. Trombose

A trombose está na lista das doenças perigosas e acontece devido a um coágulo, que impede o sangue de passar pela veia ou artéria.

As causas são várias, como:

  • predisposição genética;
  • uso prolongado de anticoncepcionais
  • tabagismo
  • sedentarismo;
  • hereditariedade da trombofilia (condição na qual a pessoa tem uma deficiência das proteínas anticoagulantes).

A doença pode aparecer em qualquer época da vida, principalmente a de causa hereditária, mesmo em pessoas saudáveis, jovens e que pratiquem atividades físicas. A gravidez tende a influenciar no seu surgimento, pois é uma fase em que há alteração da coagulação.

Os sintomas mais comuns são:

  • inchaço em uma das pernas/braços (geralmente panturrilhas);
  • dor e vermelhidão no local.

Em algumas situações, os trombos podem se deslocar e chegar aos pulmões, ocasionando falta de ar e fortes dores com espasmos nas costas.

O diagnóstico é realizado por meio do ultrassom com Doppler, que verifica o fluxo de sangue e a presença de coágulos. O tratamento é feito com anticoagulante, que a gestante toma todos os dias da gravidez até 40 dias após o parto. Meias de compressão também fazem parte do tratamento. Se descoberta ainda no início e a gestante seguir todas as recomendações, ela e o bebê podem ter uma gravidez saudável.

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19. Eritroblastose fetal

Essa é uma condição que ocorre em gestantes com sangue RH negativo e que geram uma criança RH positiva. A eritroblastose fetal ocorre apenas na segunda gravidez. Isso porque durante o parto do primeiro filho, o contato com o sangue do bebê faz o organismo da mãe gerar anticorpos anti-RH. Na segunda gravidez, os anticorpos da mãe, ao atravessar a placenta, entram em contato com as hemácias RH positivas do feto, e as percebem como corpos estranhos, tendendo a destruí-las.

Para evitar que isso ocorra, é importante que durante o pré-natal o médico solicite os exames específicos e que a mulher, que tenha o sangue RH negativo, faça aplicação intramuscular de um antissoro anti-RH.

Todas essas condições apresentadas podem surgir em qualquer época da vida mulher. Todavia, a gestação, por ser um período mais delicado, precisa de mais atenção. Caso você apresente algumas dessas doenças perigosas na gravidez, não se apavore e procure um médico de confiança. Ele é a melhor pessoa para dizer o que pode e o que não pode ser feito.

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

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    A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.