Gravidez

Tipos de partos: qual é o ideal para mim e meu bebê?

Parto normal, cesárea, na água, de cócoras, com fórceps. São tantos os tipos de partos que até parece que querem complicar o tema. Mas calma, porque vamos falar tudo sobre o assunto, de maneira que você possa escolher o tipo de parto mais indicado para você e o seu bebê.

Veja qual tipo de parto que você tem mais interesse:

Parto normal

Parto cesárea

Parto na água

Parto de cócoras

Parto com fórceps

Parto Leboyer

Parto pélvico

Parto natural

Parto humanizado

Cesárea humanizada

Antes de qualquer coisa, vale a pena esclarecer que não existe o melhor tipo de parto. Existe apenas o melhor para você e o seu filho, e ele pode ser muito diferente do que foi o melhor para a sua mãe ou amiga.

A princípio, eram considerados apenas 2 tipos de parto: o vaginal (também conhecido como parto normal) e o cirúrgico (mais conhecido como cesárea), no qual o bebê sai por um corte na barriga dentro da sala de cirurgia.

Porém, com o tempo, surgiram descobertas e intervenções médicas que criaram variações desses 2 tipos. Então, cabe à gestante colocar na balança os riscos e os benefícios de cada um deles e decidir com cuidado a melhor opção juntamente com seu médico.

Confira o nosso vídeo especial com nosso especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Mauricio Grillo e saiba tudinho sobre cada tipo de parto para que você possa escolher o parto ideal para você e para seu bebê.

Parto normal

Considerado o mais convencional, no parto normal a mulher entra em trabalho de parto espontaneamente, o que costuma ocorrer entre a 37ª e a 42ª semana de gravidez, e então procura uma maternidade para ter o bebê.

De início, toda gestante sem complicações na gestação, pode ter um parto normal, já que o corpo não precisa ser preparado para isso. O corpo dá sinais de que o bebê está pronto para nascer: são as contrações, que se tornam cada vez mais fortes e dolorosas.

O que fazer durante as contrações

Pare o que estiver fazendo durante a contração e respire calmamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Isso vai ajudá-la a se manter tranquila e a reduzir o desconforto.

Ouça o seu corpo e mude de posição sempre que sentir que ficará mais confortável. Não reprima o seu desejo de chorar ou gritar: a mulher deve ter liberdade para expressar a intensidade do que sente. Aproveite o intervalo entre uma contração e outra para relaxar e descansar.

Não fique parada. Pequenas caminhadas no corredor e o uso de alguns acessórios — como bola e banquinho de parto — ajudam no processo de dilatação. Massagens e banhos com água quente também são excelentes para relaxar a musculatura, reduzindo a dor e acelerando a dilatação.

Em alguns casos, a movimentação do quadril e o andar podem ajudar o bebê a descer e a dilatar o colo do útero.

As contrações, e o esforço feito pela mãe, começam a empurrar o bebê para fora — aquilo que se chama de fase expulsiva do parto. Primeiro, o bebê se encaixa, e em seguida, passa pelo canal vaginal.

A 1ª parte do corpo da criança a sair é a cabeça (na maioria das vezes o bebê está de cabeça para baixo, mas ele pode estar sentado). Após a saída do corpo inteiro, o obstetra corta o cordão umbilical. Depois do nascimento da criança, a placenta também se solta do útero e é expulsa.

Para que o parto normal aconteça de forma mais natural possível, 4 fatores devem ser levados em consideração:

  1. a dilatação do colo do útero: sem a dilatação do colo uterino, não se forma uma abertura suficiente para a passagem da criança, e o nascimento é impossibilitado de acontecer;
  2. a largura da bacia da mãe: o espaço disponível entre os ossos do quadril da mãe deve ser o suficiente para permitir a passagem do bebê durante o trabalho de parto. A avaliação entre a largura da bacia e o tamanho do bebê é feita pelo obstetra por meio do exame de toque vaginal;
  3. o bem-estar do bebê: a saúde da criança também é um ponto fundamental. As condições do bebê são checadas com exames durante todo o trabalho de parto. Mesmo se todas as condições forem favoráveis, algum imprevisto pode acontecer e, caso ele traga algum risco para o bebê, o parto normal é interrompido imediatamente.
  4. contrações uterinas ritmadas: é preciso que haja contrações uterinas ritmadas, durante todo o trabalho de parto para que o bebê possa ser impulsionado através do canal vaginal e possibilite a dilatação do colo uterino progressivamente;

Um receio frequente para as mulheres é o de sentir dor no momento do parto. Porém, é importante lembrar que hoje as dores das contrações podem ser aliviadas pelo uso de anestesias.

Dica: Você sabe como identificar as contrações de Braxton Hicks?

A anestesia

Muitas pessoas não fazem ideia, mas há 2 tipos de anestesia que podem ser utilizadas ao longo do parto normal. São elas: a peridural e a raquidiana. Vamos conhecer melhor cada uma delas?

A peridural

A anestesia peridural é uma boa opção para as mulheres que querem reduzir a dor do trabalho de parto.

O procedimento é feito com a aplicação de uma anestesia local na pele, sobre a coluna lombar, seguido da colocação de um cateter perto da medula espinhal, pelo qual o médico vai pouco a pouco colocando o anestésico, ao longo do trabalho de parto.

Como o anestesista consegue controlar bem a dose do medicamento, a mãe perde a sensação de dor na pelve e nas pernas, mas ainda consegue se movimentar e sentir toques e pressões.

A raquidiana

A anestesia raquidiana é feita com a administração de uma única dose de anestésico no espaço medular. As dores somem rapidamente, mas esse efeito dura pouco tempo. Por isso, esse tipo de anestesia é mais indicado para a cesárea ou para anestesias feitas logo antes do nascimento do bebê.

As anestesias são seguras tanto para a mulher quanto para a criança. Há ainda formas não farmacológicas para reduzir as dores, como água quente, massagem lombar e acupuntura.

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Apesar da anestesia, a maioria das mães continuam sentindo um leve desconforto durante as contrações — o que a ajuda a participar ativamente do parto ao empurrar o bebê nos momentos certos. A mulher geralmente é mantida em posição de litotomia (a mesma dos exames ginecológicos) para facilitar o acesso ao canal vaginal.

Outro fato que preocupa muito as futuras mamães que optam pelo parto normal é o risco do cordão umbilical estar enrolado no pescoço do bebê. No entanto, esse fato não impede que o parto normal aconteça, uma vez que os batimentos do coração do bebê são monitorados.

Caso haja uma queda nesses batimentos, sugerindo que o cordão esteja sendo apertado no momento da passagem pelo canal de parto, prejudicando a circulação e a chegada de sangue da mãe para o bebê, o obstetra pode optar por realizar a cesárea.

Veja todas as orientações para que o seu bebê chegue em um ambiente familiar confortável, organizado e muito seguro. Confira no banner:

A lavagem intestinal, a raspagem dos pelos pubianos, a cateterização (a colocação de um tubo na uretra para coletar a urina), a episiotomia (um corte na região entre a vagina e o ânus para aumentar a abertura) e até o uso de ocitocina durante todo o parto eram práticas comuns no passado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) se posiciona contra o uso rotineiro delas, reconhecendo, no entanto, que elas podem ser necessárias em alguns casos. No caso de bebês grandes, por exemplo, a prática da episiotomia ajuda a prevenir lacerações vaginais.

De uma coisa todos podem estar certos: os benefícios do parto normal tanto para a mãe quanto para o filho são muitos. Para o bebê, ao atravessar o estreito canal vaginal, a compressão no corpo expulsa a água dos pulmões e facilita o início dos reflexos da respiração.

Já para a mulher, o parto normal permite uma recuperação mais rápida e o retorno às atividades cotidianas, além do pós-parto ser praticamente indolor. Além disso, a mãe também tem mais disposição para cuidar do bebê recém-nascido com conforto e qualidade de vida.

Na maternidade, você recebe uma anestesia epidural, que reduz a sensibilidade da cintura para baixo e alivia as dores da contração. Também pode ser aplicada a ocitocina, um hormônio que aumenta a força das contrações e acelera o trabalho de parto.

Apesar da anestesia, a maioria das mães continuam sentindo um leve desconforto durante as contrações — o que a ajuda a participar ativamente do parto ao empurrar o bebê nos momentos certos. A mulher geralmente é mantida em posição de litotomia (a mesma dos exames ginecológicos) para facilitar o acesso ao canal vaginal.

Outro fato que preocupa muito as futuras mamães que optam pelo parto normal é o risco do cordão umbilical estar enrolado no pescoço do bebê. No entanto, esse fato não impede que o parto normal aconteça, uma vez que os batimentos do coração do bebê são monitorados.

Dica: Saiba identificar os sinais de que você entrou em trabalho de parto

Caso haja uma queda nesses batimentos, sugerindo que o cordão esteja sendo apertado no momento da passagem pelo canal de parto, prejudicando a circulação e a chegada de sangue da mãe para o bebê, o obstetra pode optar por realizar a cesárea.

A lavagem intestinal, a raspagem dos pelos pubianos, a cateterização (a colocação de um tubo na uretra para coletar a urina), a episiotomia (um corte na região entre a vagina e o ânus para aumentar a abertura) e até o uso de ocitocina durante todo o parto eram práticas comuns no passado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) se posiciona contra o uso rotineiro delas, reconhecendo, no entanto, que elas podem ser necessárias em alguns casos. No caso de bebês grandes, por exemplo, a prática da episiotomia ajuda a prevenir lacerações vaginais.

De uma coisa todos podem estar certos: os benefícios do parto normal tanto para a mãe quanto para o filho são muitos. Para o bebê, ao atravessar o estreito canal vaginal, a compressão no corpo expulsa a água dos pulmões e facilita o início dos reflexos da respiração.

Já para a mulher, o parto normal permite uma recuperação mais rápida e o retorno às atividades cotidianas, além do pós-parto ser praticamente indolor. Além disso, a mãe também tem mais disposição para cuidar do bebê recém-nascido com conforto e qualidade de vida.

Dica: Saiba identificar os sinais de que você entrou em trabalho de parto

Parto cesárea

O parto cesariano é uma cirurgia feita para dar à luz nos casos em que o parto normal não é possível. A estimativa da OMS é que 15% dos partos tenham que ser via cesárea, seja por complicações durante o parto normal, seja no caso de uma gravidez de risco.

Os dados indicam que a taxa pulou de 52,3% para 55% entre 2010 e 2014.

Nos serviços privados e públicos, os números chegam a 84,6% e 40%, respectivamente, do total de partos realizados, mas a recomendação é que a taxa fique sempre em torno de 10-15%.

Ainda assim, a OMS declarou que a cesárea é eficiente para salvar a vida da mãe e de seu filho, desde que tenha boa indicação e seja feita em ambiente adequado e seguro.

A incisão é feita na região mais baixa da barriga, e pode variar de 10 a 12 centímetros de comprimento.

Procedimentos pré-operatórios

Como em qualquer outra cirurgia, antes da realização da cesárea é preciso que a mulher faça um jejum de alimentos sólidos para evitar o surgimento de náuseas durante o procedimento. Também é necessária a retirada de todos os pelos — tricotomia — do local onde será feita a incisão, a fim de evitar contaminações ou infecções.

Dica: Conheça 9 alimentos para reduzir o enjoo durante a gravidez

O parto cesariana acontece em um bloco cirúrgico sob utilização de anestesia, a qual é aplicada na região lombar, entre duas vértebras da coluna espinhal.

Existem três opções de anestesia raquidiana, peridural ou duplo bloqueio —, que deve ser escolhida de acordo com o quadro clínico da gestante e do bebê. Todas elas permitem que a grávida permaneça acordada do início até o fim do parto. Dessa forma, ela pode presenciar o momento de nascimento do seu filho.

Procedimentos cirúrgicos

Assim que iniciado o efeito da anestesia, o obstetra faz um corte transversal de aproximadamente 10 cm de comprimento na pele, no músculo e nos outros tecidos que se localizam na região do baixo ventre.

Depois, é realizada uma nova incisão, mas, dessa vez, na parede do útero, a fim de se ter acesso aos anexos embrionários — placenta, cordão umbilical e bolsa amniótica — e ao bebê.

Após o corte da bolsa, a criança é retirada e avaliada em relação à oxigenação. O cordão umbilical é cortado e o recém-nascido é examinado por um médico neonatologista. Em seguida, a mãe é apresentada ao seu filho. Enquanto isso, o obstetra retira a placenta dequitação — e faz a sutura do útero e da pele.

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Vantagens e desvantagens do parto cesariana

Ao planejar o nascimento de uma criança, é comum que a mãe priorize o método de parto que seja o mais seguro possível, tanto para ela mesma, quanto para o bebê.

Apesar de a cesariana não ser a opção normalmente recomendada às gestantes, essa alternativa ainda pode proporcionar algumas vantagens e, até mesmo, comodidades antes, durante e após a mulher dar à luz. Quer saber quais são elas? Veja a seguir.

Escolher a data de nascimento do bebê

Uma das grandes vantagens do parto cesariana está na possibilidade de escolher a data do nascimento do bebê. Ou seja: imagine que há grandes chances do nascimento do seu filho ser em épocas conturbadas do calendário, como é o Natal ou Ano-Novo.

Nesse caso, é possível programar o parto para que seja realizado antes ou depois do período. Há ainda a possibilidade de agendar o parto conforme os dias e horários mais convenientes para o médico e para a paciente, oferecendo, assim, mais comodidade e tranquilidade para toda a família.

Trabalho de parto curto

Outra grande vantagem da cesariana está no tempo de duração do procedimento. Diferentemente do parto normal, que pode contar com até 15 horas de trabalho de parto, a cesárea tende a ser muito mais rápida. Em geral, a cirurgia apresenta duração que pode variar de 30 minutos a 1 hora.

Reduz o estresse materno

Por ser mais longo e demorado, o parto normal costuma intensificar a sensação de ansiedade e estresse para a mãe. Isso faz com que muitas mulheres fiquem estressadas no período pós-parto, desencadeando uma série de problemas emocionais.

Dentre as complicações mais constantes causadas pelo estresse, podemos destacar: irritabilidade, tristeza e choro fácil. Optando pela cesárea, as chances do surgimento desses sintomas diminuem e a mulher fica menos exausta ao dar à luz.

Como podemos notar até aqui, o parto cesariana proporciona uma série de benefícios para a mãe. Por outro lado, nem tudo são flores e esse método também conta com alguns riscos e possíveis complicações, conforme mostraremos a seguir.

Dica: Como descobrir a provável data do nascimento do bebê?

Maior risco de infecções e hemorragias

Para controlar o problema, o médico receita o uso de antibióticos por via intravenosa. Em alguns casos e, para evitar esse tipo de complicação, existe a possibilidade de que o especialista prescreva o medicamento pouco antes da cirurgia. Esse cuidado é ideal para prevenir o surgimento de infecções do útero e outras áreas próximas.

Pós-operatório mais longo e doloroso

Após o parto cesárea, a paciente deverá ter muito cuidado e seguir uma série de restrições — muito maiores do que acontece no pós-parto normal. Lembre-se: a cesariana é um método invasivo e, portanto, o tempo de recuperação é mais lento e doloroso.

O recomendado é permanecer na cama por algumas horas, já que, assim que o efeito da anestesia diminuir, é possível sentir um certo desconforto ao tossir ou espirrar.

Durante o período, a mulher precisará de ajuda para tomar banho e, nas primeiras horas, é possível que ainda haja uma sonda para urinar — que é retirada assim que a paciente se levanta da cama para caminhar ou ir ao banheiro.

As mulheres que passam pela cesariana podem ficar internadas no hospital por até três dias, até o médico constatar que o intestino está funcionando bem e não há sinais de infecções ou outras complicações. Já o repouso em casa deve ser mantido por, no mínimo, 15 dias.

Cicatrização demorada

Assim como toda e qualquer cirurgia, a cicatrização da incisão da cesariana é demorada e requer cuidados especiais.

Como a barriga da gestante é aberta até alcançar o útero, os pontos são retirados apenas entre o sétimo ou décimo dia após o parto. Ainda assim, é preciso que a mulher mantenha os cuidados de higiene e evite carregar peso ou praticar atividades intensas.

A cicatrização total do abdômen acontece, aproximadamente, sete dias após a remoção dos pontos. Caso as feridas não cicatrizem completamente, há chances de que se formem abcessos, que podem causar pus e devem ser drenados cirurgicamente.

Dica: Depressão na gestação e no pós-parto: entenda tudo sobre o assunto

Quando a cesariana é indicada?

A cesariana deve ser feita apenas nos casos em que o parto normal oferece risco para a saúde da gestante e do bebê.

Isso ocorre porque a cesárea é uma cirurgia e, como tal, tem diversos riscos intrínsecos que podem expor a mãe e a criança a complicações — como infecções, intercorrências hemorrágicas ou aquelas inerentes ao uso da anestesia.

Além disso, a recuperação é significativamente mais demorada e dolorosa e requer maior tempo de internação hospitalar.

Por sua vez, o parto normal proporciona maior vínculo inicial entre a mãe e o seu filho e pode facilitar a amamentação, já que o leite desce um pouco mais rapidamente, sendo também a forma mais natural de dar à luz.

Condições em que a cesárea é indicada

Diferentes são as situações que podem fazer da cesárea uma opção mais segura, sendo que elas podem estar ligadas a problemas maternos ou relacionados à gravidez ou ao bebê.

Conheça algumas:

  • infecções genitais ativas, como o herpes, devido ao risco de contaminação da criança durante a passagem no canal vaginal;
  • presença de complicações da gestação, como pré-eclâmpsia, eclâmpsia, deslocamento prematuro da placenta e placenta prévia — condição em que a placenta se insere em posição inadequada no útero, tornando a gravidez arriscada;
  • quando o bebê se encontra sentado ou em posição pélvica no útero, dificultando a sua passagem pelo canal vaginal;
  • em doenças preexistentes e não controladas durante a gravidez, como o diabetes, a hipertensão, as doenças cardíacas, a insuficiência renal e o lúpus;
  • quando o cordão umbilical se enrola no pescoço do bebê, o que aumenta o risco de asfixia durante o parto normal(lembrando que o cordão enrolado isoladamente não é uma indicação absoluta de cesariana, apenas quando essa condição mostra intercorrências durante o trabalho de parto);
  • quando o comprimento do cordão umbilical é muito curto, ou seja, insuficiente para permitir a passagem do bebê pelo canal vaginal sem que haja a diminuição da oxigenação;
  • quando a mulher já fez mais de uma cesariana nos partos anteriores, visto que a parede do útero se torna mais frágil e pode se romper durante a passagem do bebê;
  • em caso de prolapso do cordão umbilical, condição em que o cordão se desloca para o canal vaginal, para a frente da cabeça ou de outras estruturas do bebê. Nessa situação, o parto normal pode levar à sua compressão e diminuir a oxigenação do bebê;
  • quando há sofrimento fetal, de forma que é arriscada a sua permanência no útero por mais tempo;
  • em presença de infecção materna pelo vírus HIV.

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Parto na água

Dos vários tipos de partos que existem, o parto na água tem sido amplamente procurado por várias mulheres.

O parto vaginal na água é considerado menos traumático para a criança, pois ela sai do líquido amniótico dentro do útero direto para a água morna, ou seja, 2 líquidos a uma mesma temperatura.

Para a mulher, a água promove:

  • uma melhor irrigação sanguínea;
  • um relaxamento muscular;
  • uma maior flexibilidade do períneo;
  • uma maior dilatação do colo uterino, o que ajuda a aliviar as dores da contração, acelera o parto e gera uma sensação maior de bem-estar.

Se para a mãe há inúmeras vantagens, para o bebê não é diferente! Os fatores benéficos para a criança incluem um nascimento menos traumático, com menos luz e ruídos externos.

O ideal é que, ao optar por esse tipo de parto, a gestante procure uma maternidade que ofereça esse tipo de atendimento para que o parto aconteça sob assistência médica.

Algumas opções que os hospitais oferecem são a utilização de uma piscina de plástico ou uma banheira. O local deverá ser previamente higienizado e a água precisará estar morna (aproximadamente 36 graus) durante todo o tempo, para garantir conforto para o bebê.

Caso haja alguma complicação, no entanto, o parto na água pode ser interrompido pelo médico.

Parto de cócoras

Em vez da posição ginecológica, a mulher adota a posição de cócoras (agachada) na hora do nascimento vaginal.

O parto de cócoras normalmente ocorre mais rápido do que os outros tipos de parto, porque essa posição aumenta a abertura do períneo, relaxa a musculatura da pelve e do abdômen e conta com a ajuda da gravidade, o que facilita a saída do bebê.

Para as gestantes que planejam ter um parto de cócoras, a recomendação é ir praticando ao longo da gravidez, para já ir se habituando com a posição, preparando os músculos e aumentando a largura da bacia gradativamente.

Este tipo de parto tem a vantagem de ocorrer mais rapidamente, reduzindo o estresse para a mãe e para o bebê. Também permite uma maior movimentação da mãe, além de reduzir a compressão dos vasos sanguíneos abdominais, o que melhora ainda mais a irrigação do bebê, que pode ser dificultada pelo peso da barriga quando a mãe está deitada de costas.

No entanto, para que o parto de cócoras seja realizado com sucesso, alguns cuidados devem ser tomados. É preciso verificar se o bebê:

  • está posicionado com a cabeça para baixo;
  • a mãe apresenta a dilatação necessária (10 centímetros);
  • o bebê não é muito grande (até cerca de 4 quilos).

Todos esses fatores podem dificultar o trabalho de parto nessa posição e gerar riscos para mãe e filho. Além disso, é importante que a mãe tenha passado por uma gestação saudável e tenha condicionamento físico para se manter agachada pelo tempo necessário.

Vale lembrar que neste tipo de parto, não é possível receber anestesia epidural, já que a paciente precisar ter o controle muscular completo para se manter por todo o tempo nesta posição.

Dica: Quais os efeitos da anestesia durante e após o parto? Existem riscos?

Parto com fórceps

O fórceps atualmente é usado apenas no finalzinho do parto para dar uma ajudinha ao bebê. Trata-se de um equipamento semelhante a duas colheres, que envolvem a cabeça do bebê e puxam ele pra fora. O uso é recomendado para aliviar a mãe e a criança em momentos em que o bebê já está dando sinais de sofrimento.

Esse tipo de parto era muito utilizado nos anos 60 e 70 porém hoje em dia é recomendado apenas em partos de risco, em momentos em que o bebê já está apresentando sinais de sofrimento ou quando a mãe já não possui mais forças para empurrar a criança para fora.

Vale lembrar que o fórceps, quando bem utilizado, por um médico treinado para tal intervenção, pode salvar a vida do bebê e evitar lesões cerebrais por falta de oxigenação durante o nascimento.

Parto Leboyer

Elaborado por um médico francês na década de 70, o parto Leboyer — também conhecido como “parto sem violência” — procura não estressar o bebê e tornar o seu 1° contato com o mundo menos traumático.

Todo o parto é conduzido pela mãe, sem interferências. Depois que nasce, o cordão umbilical só é cortado quando para de pulsar.

Esse tipo de parto conta com um ambiente silencioso, de pouca luz, imersão em água morna, entre outras estratégias que são tomadas para suavizar a transição do bebê para o mundo na hora do nascimento. Dessa forma, acredita-se que a criança possa crescer mais segura, independente e emocionalmente mais equilibrada.

Dica: O que acontece com o cordão umbilical após o parto?

É importante saber que o parto Leboyer não é um método rigoroso. O trabalho de parto deverá evoluir de forma natural, levando em consideração todos os critérios e cuidados recomendados, além de uma boa assistência obstétrica.

Independentemente de qual via aconteça o parto ou o local do nascimento, o parto pode ocorrer sem adaptações específicas.

Mesmo que a ideia do parto Leboyer seja muito simples, infelizmente nem todos os hospitais e maternidades possuem uma equipe capacitada para realizar esse tipo de acompanhamento.

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Parto pélvico

Quando chega o momento tão esperado do nascimento, os bebês geralmente se encontram de cabeça para baixo, posição mais adequada para a passagem no canal do parto.

Entretanto, não é sempre que isso acontece! Em alguns casos, o bebê permanece sentado na barriga da gestante, o que é chamado de posição pélvica. Assim, em vez de nascer pela cabeça, a criança nasce pelo quadril.

Cerca de 3 a 4% dos nascimentos ocorrem com o bebê na posição pélvica. E em cerca de 0,5% dos casos o processo é iniciado mas é interrompido pela metade, o que determina a posição atravessada do feto.

Saiba as causas do parto pélvico

Atualmente, ainda não são conhecidas as causas exatas para o bebê permanecer sentado e não virar de posição no momento do parto. Entretanto, acredita-se que fatores genéticos podem predispor a esse tipo de parto. Segundo dados de um estudo realizado na Noruega, bebês de pais que nasceram sentados têm chance duas vezes maior de também nascer nessa posição.

Além disso, diversos fatores foram apontados por pesquisadores como causadores da falha no mecanismo fetal de adaptação ao útero, como é o caso do parto prematuro, da quantidade inadequada de líquido amniótico, da gravidez múltipla, da presença de miomas e de anomalias no comprimento do cordão umbilical, no tamanho e na estrutura do útero, anomalias estruturais congênitas uterinas.

Conheça os riscos do parto pélvico

No parto pélvico, em primeiro lugar saem os quadris e ombros do bebê e por último a cabeça. Mesmo sendo um processo mais rápido se comparado ao parto cefálico, é preciso que o obstetra tome alguns cuidados, afinal é preciso ter certeza que a cabeça do bebê pode passar pela cavidade da pelve materna, após a passagem de seus ombros e quadril.

Assim, antes do parto vaginal, e no instante que a incompatibilidade entre o diâmetro da cabeça do bebê e o diâmetro da pelve materna é constatada, o médico deve optar por uma cesárea. Afinal, pode trazer riscos para a criança, tal qual o sofrimento fetal, principalmente em partos de primíparas.

Dessa forma, o parto pélvico é trabalhoso e tem riscos maiores de apresentar complicações quando comparado aos partos em que o bebê se encontra com a cabeça para baixo — posição cefálica. Assim, as taxas de mortalidade e de problemas de saúde no período perinatal são maiores nos nascimentos que ocorrem com o bebê sentado. Dentre as possíveis complicações, as mais frequentes são as respiratórias.

Mas não há motivos para medo ou apreensão! Se a gestante estiver fazendo um acompanhamento pré-natal de qualidade e com um médico de confiança, a probabilidade da ocorrência de complicações no parto pélvico pode ser bastante reduzida. A opção de cesariana deve ser sempre considerada.

Saiba as possibilidades de parto para o bebê pélvico

Atualmente, há um consenso de que a cesárea pode diminuir os riscos quando os bebês se encontram na posição pélvica no momento do parto, principalmente nas pacientes primigestas, ou seja, gestantes que estão tendo seu primeiro parto.

Nos últimos anos, essa conduta tem sido questionada por pesquisadores, obstetras e outros profissionais da saúde, que preferem realizar o parto vaginal mesmo quando os bebês estão sentados, desde que as condições da gravidez favoreçam esse tipo de nascimento.

Assim, a opção entre o parto cesáreo ou vaginal deverá ser fruto de muita conversa entre os pais e o obstetra, de forma a ser tomada a decisão mais segura possível. Além disso, deve ser feita a avaliação da relação entre os riscos e os benefícios de cada parto, analisando-se diversos fatores relacionados tanto ao bebê quanto à gestante.

Parto natural

Existem muitas dúvidas a respeito da diferença entre os termos “parto normal” e o “parto natural”. Ambos os termos são usados para descrever parto vaginal. No entanto, o parto natural ocorre com o mínimo de intervenções médicas possíveis.

Como o nome sugere, o parto natural ocorre naturalmente, isto é, conforme os comandos do corpo. A mulher tem espaço e tempo para fazer o que quiser a fim de se sentir mais confortável no trabalho de parto. Além disso, a mãe é responsável e tem participação ativa no momento do nascimento do seu bebê.

Não há o uso de anestesias ou de fórceps nem a realização de episiotomia. A mãe pode contar com formas não farmacológicas para o alívio da dor das contrações, como banhos mornos, controle da respiração, meditação, música e massagens.

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Nos dias atuais, muitas maternidades apoiam o parto natural e oferecem suporte e um ambiente adequado para que as gestantes possam dar à luz dessa forma. No entanto, esse tipo de parto pode acontecer também em casa — mas sempre, contando com o acompanhamento de pessoas especializadas, preferencialmente um obstetra.

Os riscos nesse tipo de parto podem acontecer em decorrência de algum imprevisto durante o próprio trabalho de parto, algo que afete a saúde da criança ou da mãe. Nunca é demais lembrar que todo trabalho de parto envolve riscos. Portanto, partos em casa, necessitariam de uma estrutura pronta para uma intercorrência e remoção da mãe para um hospital próximo afim de atendê-la emergencialmente. O ideal é que o parto natural seja realizado no ambiente hospitalar para evitar risco para a mãe e o bebê, nestes casos.

Por isso, caso a gestante opte por ter um parto natural, é importante procurar um especialista que a apoie nessa escolha, além de definir um local adequado e toda a assistência que lhe for necessária. Pode ser necessário, em caso de complicações converter este tipo de parto em cesariana de emergência, por exemplo. Portanto, é importante ter um obstetra experiente acompanhando o processo e uma equipe hospitalar preparada para qualquer problema.

Parto humanizado

A humanização do parto não significa uma nova técnica, mas sim o respeito à fisiologia do parto e a mulher. Humanizar o parto consiste em dar autonomia à mulher, respeitar as suas escolhas e oferecer uma assistência que leve em conta a sua necessidade e não mitos, crenças e conveniências.

A ciência vem nos mostrando que o excesso de intervenções médicas podem ser desnecessárias em partos de baixo risco e este tipo de parto tem a vantagem de ser feito de forma mais natural, com menos estresse para a mãe e para bebê. O acompanhamento de um membro da família faz parte do processo, fato que deixa a mulher mais tranquila, permitindo que o parto aconteça de forma mais segura.

Constatou-se, ainda, que as equipes especializadas dos hospitais têm dificuldade em oferecer à mulher o suporte emocional que ela precisa. Dessa forma, no parto humanizado, a mulher pode participar da decisão de:

  • onde quer ter o bebê;
  • quem deve ser o acompanhante;
  • qual deve ser a melhor posição para o processo.

É ela quem decide se quer a luz acesa ou apagada, se quer usar a banheira ou não, se quer dar à luz agachada, deitada, em pé ou em qualquer outra posição.

É ela pode opinar se aceita a realização da episiotomia, se quer um anestésico ou mesmo se quer comer alguma coisa durante o trabalho de parto. Além disso, é a mãe quem decide se ela quer amamentar logo após o nascimento ou não.

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Vale lembrar que o obstetra deve estar presente em todo o processo, para avaliar se todas as solicitações da gestante são possíveis de se realizar de acordo com o andamento do trabalho de parto e o bem estar do bebê.

As dores das contrações são compreendidas como sendo naturais e parte do processo, podendo ser suavizadas com medidas não farmacológicas. No entanto, isso não significa que a mulher não possa optar pela utilização de medicamento; quer dizer que a escolha é dela!

Contudo, isso não sinaliza que a cesárea ou o parto com intervenções não possam ser humanizados ou que não devam ser considerados em hipótese alguma. Esses procedimentos são essenciais para salvar vidas em casos de complicações. Por isso, mesmo nos partos humanizados, a presença de especialistas é fundamental.

Cesárea humanizada

Na cesárea humanizada, o nascimento ocorre pela via cirúrgica. No entanto, tenta-se simular um parto vaginal humanizado, isto é, o ideal é que o procedimento chegue o mais perto possível do conceito de um parto normal.

Diferentemente da cesárea tradicional, a mulher é mais valorizada e participativa no momento. O ambiente da sala é o mais confortável possível, com redução da luminosidade (com exceção do campo operatório) e do ar-condicionado.

Também é permitida a presença do pai ou do acompanhante, música e, às vezes, até a retirada do campo cirúrgico para a mulher possa ver o nascimento do bebê. Além disso, o médico também pode narrar tudo o que está acontecendo para que a mãe possa entender o processo do início ao fim.

O corte feito é de aproximadamente 10 centímetros, e o bebê é retirado mais lentamente, simulando a saída pelo canal vaginal. Já o cordão umbilical não é cortado imediatamente, somente após a pulsação cessar.

Uma das principais vantagens desse tipo de parto é a possibilidade de o bebê ser colocado junto da mãe logo após o nascimento. Então, há o estímulo para que a amamentação possa acontecer o quanto antes (desde que não haja contraindicações, o ideal é que aconteça na 1ª hora).

A cesárea oferece riscos como toda cirurgia, além de um pós-parto mais longo. Mesmo que seja realizado de forma humanizada, a cesariana deve ser considerada somente em casos de real necessidade, ou seja, quando o parto feito de forma natural oferece algum risco para a mãe ou filho.

O parto ideal para mim

É importante dizer que a escolha do tipo de parto deve ser feita pela gestante em conjunto com seu médico obstetra, que vai orientá-la sobre as suas condições clínicas e as da criança. É importante é que você receba todas as informações necessárias para se sentir confiante na sua decisão e ter um parto seguro e o mais tranquilo possível, curtindo ao máximo a chegada do seu recém-nascido.

E, lembre-se mesmo depois de todas essas informações e considerações, o que importa é a saúde de quem você ama. Conheça o método que ajuda a preservar o futuro da sua família e oferece possibilidades de tratamentos para seu filho, acesse o material gratuito Tudo sobre células-tronco do cordão umbilical e veja como podemos ajudá-lo a tomar a melhor decisão.

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Categorias: Gravidez , Tipos de parto / Pós parto

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    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    Dra. Juliana Torres Alzuguir Snel Corrêa

    (CRM: 5279398-1)
    Residência Médica em Ultrassonografia Obstétrica e Geral;
    Ginecologia Infanto Puberal (criança e adolescente);
    Atua como ginecologista obstetra há 12 anos.

    Caro Leitor,

    A CordVida produz o conteúdo desse blog com muito carinho e com o objetivo de divulgar informações relevantes para as futuras mães e pais sobre assuntos que rondam o universo da gravidez. Todos os artigos são constituídos por informações de caráter geral, experiências de outros pais, opiniões médicas e por nosso conhecimento científico de temas relacionados às células-tronco. Os dados e estudos mencionados nos artigos são suportados por referências bibliográficas públicas. A CordVida não tem como objetivo a divulgação de um blog exaustivo e completo que faça recomendações médicas. O juízo de valor final sobre os temas levantados nesse blog deve ser estabelecido por você em conjunto com seus médicos e especialistas.